Era uma vez
Era uma vez
Por: Natália Barros
Capitulo 1

-Você só podem estar de brincadeira com a minha cara-disse andando de um lado para o outro.

-Kamilah ... não é só você que vai, todas do mundo vão também-disse meu pai na maior tranquilidade.

-Nossa pai serio? Fico tão aliviada em saber que não vou ser a única a me casar com um desconhecido-disse irônica e ele suspirou.

-Kamilah pelo amor de deus, tente entender é pela paz mundial-disse eu olhei com cara de "Meu deus do céu serio?"

-Onde eu tenho a ver com a paz mundial? Claro os rebeldes vão pensar, "O santa mãe eles se casaram, vamos ficar em paz agora"-disse e meu pai riu, não via graça na situação.

-Você é igualzinha à sua mãe-disse ele e eu me sentei na sua frente.

-Pai ... se sabe que sou igualzinha ela, sabe muito bem que ela não concordaria com isso, ela mesmo me dizia quando eu era pequena que se fosse me casar que fosse por amor-disse e ele segurou minhas mãos.

-Sabe que sua mãe e eu nos casamos nem nós conhecíamos e criamos uma linda história de amor mesmo assim-disse e eu suspirei.

-Minha mãe era uma eterna romântica, ela era apaixonada por você antes, tudo bem que era platônico, isso não conta pai-disse para ele sorriu alisando meu rosto.

-Ama seu país?-perguntou ele e eu suspirei.

-Claro pai-disse para ele.

-Então faça por amor ao seu país, precisamos desse vinculo, Kamilah você não entende a gravidade do assunto-disse ele e eu olhei para o chão e suspirei.

-Vou para o meu quarto, com licença-disse e sai antes mesmo de ouvir uma resposta, abri a porta do meu quarto, sim era igual a todas as princesas, aquela cama no meio do quarto, guarda roupas de madeira cara, em volta da minha cama tinha aquelas pilastras de madeira em volta, suspirei e fui na minha sacada e observei o palácio, era enorme com um jardim lindo, apoiei meus braços sobre a grade e abaixei a cabeça- Mãe ... como você faz falta-disse baixo e olhei para o céu, perdi minha mãe com 5 anos, infelizmente ela tinha uma câncer e foi diagnosticado tarde, me lembro como se fosse ontem, eu visitando ela pela ultima vez, e me disse uma coisa que nunca jamais esquecerei. "Kamilah o amor é a magia mais poderosa do mundo, ele pode fazer você renascer, te fazer querer explodir de felicidade, te tirar das profundezas obscuras da solidão, mais ele também pode te machucar, ferir, e vai te fazer chorar muitas vezes, mais quando se ama realmente uma pessoa, cada gota da sua lagrima valera a pena. Kamilah ame, ame muito, nunca se arrependa de ter sofrido por amor, é a melhor e pior coisa que pode acontecer com você, mais lembre-se antes ter vivido uma vida onde amou e foi amado, do que nunca conhecer o amor, eu conheci ele por duas vezes, quando conheci seu pai, e quando você nasceu, querida eu te amo, espero que encontre o amor. Lembre-se case-se por amor, jamais por dinheiro ou outra coisa, mais por amor minha querida, por amor". Olhei a vastidão daquilo tudo, aquela pequena metade do Brasil me pertencia, pertencia a mim e a meu povo, será que valia a pena me casar e não conhecer o amor de verdade?. Olhei e vi uma mãe com sua filha, elas olharam para mim e sorriram.

-Princesa Kamilah- gritou a moça e olhei para e acenei sorrindo.

-Eu quero ser que nem você quando eu crescer-disse a menina e eu sorri e acenei de volta.

-Será mil vezes melhor-disse e elas sorriram e saíram de volta para seu caminho, olhei aquela menina partir, será que ela poderia crescer igual a mim sem uma guerra assombrando seu país? Como uma menina normal e poder conhecer o amor como minha mãe falará pra mim?. Olhei pro céu e suspirei.

-Vai ser por amor mamãe, por eles-disse me virando e ligando meu notebook e fiz uma ligação para a Fernanda.

-Princesa Kamila-disse ela sorrindo e eu sorri.

-Princesa Fernanda-disse sorrindo e ela riu- Como vai a outra metade do Brasil?-perguntei e ela sorriu.

-Fazendo muito calor e ai o sul como tá?-perguntou ela.

-Fazendo muito frio-disse e nos duas rimos. A ONU á 50 anos atrás decidiu que pelo bem da população mundial, tiraria os governantes e voltaria a ser monarquia. Com certeza houve melhoras, porém guerra territoriais ainda haviam e por religião também, os melhores países para se fazer uma aliança era Espanha, Alemanha e estados unidos, a coreia perdeu seu lugar por causa de um ditador maluco. Minha família tinha sangue real pela parte do meu pai, ele é egípcio porém foi criado aqui, então decidiram que a família dele ficaria com metade do Brasil para governar melhor, seria a parte sul claro, os pais da Fernanda também tinha sangue real na família, apesar dela ter descendência de escravo por parte de mãe o Pai era um descendente puro de Português os colonizadores do brasil, ficaram com a parte norte do país, nos sempre nos via em encontros da realezas, viramos melhores amigas mesmo pela distância, ela e o Lorenzo irmão mais velho dela eram meus melhores amigos.

-E então ficou sabendo dos acordos?-perguntou ela e minha expressão mudou rápido.

-Sim-disse e respirei fundo- Acho uma falta de respeito imensa fazerem isso com a gente, eles estão pensando o que? Que estamos nos anos 500 onde eles mandavam e desmandavam o que iriamos fazer?-disse completamente cabisbaixa.

-Sabia que você estaria assim-disse ela sorrindo de lado- Papais disse que seria importante para o pais-disse e eu revirei os olhos.

-Meu pai disse a mesma coisa-disse para ela.

-Minha mãe não concordou muito, mais sabe como ela é né, sempre diz amém pra tudo que o meu pai diz-disse ela.

-A culpa não é deles, a culpa é do idiota que teve essa incrível ideia de juntar filhos de reis em troca de paz, pelo amor de deus, não dá pra dar um sossega nos rebeldes e pronto? Por que tem que nos envolver nessa guerra idiota-disse e ela sorriu de lado.

-O que você não entendeu que não é somente isso Kami, eles querem no unir com os mais poderosos, sabe que se um de nós casarmos com um da grande aliança nosso pais ficara seguro –disse e eu bufei.

-O pior de tudo é que eu sei, só que é difícil de acreditar que vamos ser assim entregues aos leões, com quem vou me casar Nanda? O único príncipe que eu conheço é o Lorenzo e deus me livre casar com ele.-disse e ela riu muito.

-Ele está bem aqui-disse ela dando espaço e ele apareceu, a Fernanda e o Lorenzo eram totalmente diferentes um do outro, enquanto ela uma linda negra dos olhos negros e cabelo afro que eu morria de inveja, ele era um branquelão que parecia que não tomava sol a anos tinha um lindo par de olhos verdes, com uma barba rala, ele era um homem maravilhoso, tinha apenas um problema, eu o via desde pequeno com um amigo ,e ele me via da mesma forma, e ia ser bem nojento se rolasse uma clima entre a gente, pois a nossa amizade era tão forte que eu o considerava um irmão.

-Acredite, eu não queria me casar com você também sua ranhenta-disse ele e eu ri.

-Mijão-disse e todos rirão.

-Sinto sua falta também-disse e ele e eu sorri.

-Okay com quem será que vou me casar, meu deus se for filho único e único herdeiro ao trono viro rainha-disse bufando.

-Para isso minha querida você teria que conseguir fisgar um filho dos reis da grande aliança, por todos eles são filhos únicos-disse eu suspirei.

-Quem são?-perguntei e ela tirou uma lista do nada.

-Pablo Garza e Juan del Léon, filhos dos dois reis que dividem a Espanha, Robert Deutsch da Alemanha e Kanika Kennya dos Estados Unidos os únicos que não tem irmão ou irmão, tio avó ou qualquer coisa que impeçam dele ser um rei logo logo-disse ela e eu guardei os nomes- Esses são os mais importantes, mais nem tenho esperanças tem tantas princesas mais lindas que nós-disse ela suspirando triste e o Lorenzo revirou os olhos.

-Então, soube que o os filhos da grande aliança poderão escolher as que mais forem bonitas a sua vista, quem sabe as duas não deem sorte em-disse ele sorrindo e eu revirei os olhos.

-E se a gente não der sorte o que acontece?-perguntei e ele suspirou um pouco mais fundo meio triste.

-Serão sorteados, uma princesa e um príncipe, ai a sorte vai te ajudar minha querida-disse e eu bufei.

-Otimo, somos bingo agora, sinceramente só vou concordar de participar dessa palhaçada toda por causa do meu povo, por que se não eu mandava todo mundo a merda.

-Não esperaria menos de você-disse o Lorenzo e nós rimos.

-Então amanhã nós encontraremos na sede dos reinos?-perguntei

-Não o jatinho particular levara nos todos até lá hoje a noite-disse e respirei fundo, uma ansiedade bateu em mim, então seria hoje a noite, e me avisaram isso hoje de manhã, ótimo.

-Ok então nos vemos em breve-disse e nos despedimos e desligamos, desci e meu pai ainda estava no seu escritório pensativo olhando para tela do computador- Pai-chamei e ele me olhou surpreso- Vou concordar com isso, mais saiba que é pelo meu povo-disse e ele sorriu vindo até a mim me abraçando.

-Deus tem grandes planos pra você minha linda, vai achar seu amor-disse ele e eu o apertei mais forte.

-E se eu não achar papai?-perguntei e ele me olhou sorrindo, ele era exatamente igual a mim, cabelos castanhos claros, olhos verdes levemente puxados, a pele dourada.

-Já conheceu o amor, sua mãe e eu fomos os seus primeiros amores-disse e eu sorri e ele alisou meu rosto- Filha qualquer homem se apaixonaria por você, sua alma é doce, você profetiza o amor por onde vai-disse e eu sorri.

-Ramla-disse em egípcio e ele sorriu

-kamilah Ramla a perfeita profetiza-disse meu pai traduzindo meu nome.

-Espero que esteja certo pai-disse e ele sorriu.

-Aprenda uma coisa menina, sempre vou estar certo-disse e eu ri. Subi arrumando minhas malas, não voltaria mais para o Brasil, apenas para visitar meu pai, eu já iria ter que ficar por lá com meu noivo, isso era o que mais me deixava triste, meu pai disse que o resto dos meus pertences chegaria depois. Coloquei o que eu não vivia sem primeiro tudo nas malas, me sentei em frente ao computador e fiquei procurando sobre os filhos dos reis da grande aliança, os da Espanha sempre apareciam de cara fechada sem sorriso nas fotos, apesar que eram realmente bonitos assim como o da Alemanha e dos estados unidos que era um puta de um negão maravilhoso.

-Que negro lindo santo deus-disse baixo

-O que filha-disse meu pai entrando eu pulei fechando a aba aberta no meu computador.

-Eu disse tenho que me arrumar-disse sorrindo e ele sorriu balançando a cabeça pegando minhas ultimas malas, tomei meu banho e coloquei uma roupa para inverno, com certeza em Londres estaria gelado pra caramba. Dei um ultimo retoque no cabelo e na minha maquiagem, olhei admirada meu pais pela ultima vez, antes de entrar no carro indo em direção ao meu jatinho particular. Chegando em Brasília a Fernanda e o Lorenzo já me esperavam, entramos todos no jatinho em silencio.

-Nervosa?-perguntou o Lorenzo ao meu lado e eu assenti.

-Não está me agradando a ideia de ficar com alguém que mau conheço-disse ele sorriu.

-Te entendo-disse ele, nossos pais conversavam fervorosamente.

-É um saco sabia, sou formada em financias, queria ajudar meu pai com a administração e tudo mais, falo varias línguas, e tudo pra que? Só para ser mais uma rainha? Se der sorte posso pegar um príncipe que pelo menos deixara eu falar bom dia somente-disse respirando fundo.

-Não seja boba Kami, todos nós sabemos é só olhar para você e saber que você não é uma mulher domável , você é indomável mulher-disse e o Lorenzo riu.

-Tente dar aquele olhar de onça quando vai pegar a caça, sempre assustou os homens-disse e eu o olhei.

-Que olhar é esse?-perguntei olhando e erguendo as sobrancelhas e ele sorriu.

-Esse olhar sua trouxa sabe muito bem do que estou falando-disse ele olhando agora para o celular- Deixa qualquer idiota de 4 por você-disse ele.

-A é então você anda de 4 por mim-disse o provocando.

-infelizmente não gosto de meninas ranhentas-disse e eu e a Fernanda rimos, passamos a viagem inteira conversando para pelo menos distrair. Chegamos em Londres pela madrugada nosso jatinho parou juntos a muitos outros que outros países que estavam ali. Descemos e fui ajudar o moço a descarregar o bagageiro e Lorenzo e Fernanda me acompanharam. Um senhor estava tirando mala por mala sozinho.

-Com licença vim pegar minhas malas-disse ele se virou e arregalou os olhos.

-Vossas altezas-disse ele se curvando.

-Levante não precisa se curvar, deixa-me te ajudar a tirar as coisas-disse e ele negou.

-Não permitirei que vocês façam o trabalho de pessoas simples-disse e eu ri.

-Meu caro eu sou uma pessoa simples só que com uma coroa na cabeça, pare de besteira é uma ordem eu ordeno que me deixe ajudar-disse e ele riu, dando passagem.

-Vossas altezas são diferentes dos outros-disse ele e eu sorri.

-Fomos apenas criados diferente-disse a Nanda.

-Como todos deveriam ser criados-disse o Lorenzo tirando a mala dele.

-Como é seu nome?-perguntei e ele sorriu de canto.

-August-disse ele.

-August obrigado pela ajuda-disse tocando o ombro e ele sorriu.

-Foi um prazer vossa majestade-disse ele se curvando e saiu.

-Parece que alguém gostou do que viu-disse a Nanda.

-O que-perguntei olhando para ela e ela me olhou.

-Juan Del Léon está te secando querida, olhe para frente-disse e virei, e né que estava mesmo, me olhou de cima a baixo, ele era mais bonito pessoalmente, era alto o cabelo castanho médio, o corpo ela atlético.

-Ual que cara de malvado que ele tem-disse o olhando de volta ele realmente tinha cara de mau.

-Uhum malvadinho-disse e nos duas rimos.

-Vocês duas são umas pervetidas-disse o Lorenzo saindo de perto, o tal do Juan não tinha expressão alguma só apenas me observava, dei a famosa olhada para ele e ele ergueu as sobrancelhas como um desafio em um ato corajoso pisquei e sorri acompanhando o Lorenzo.

-Flertando com o Juan esperta você-disse a Nanda e eu sorri de lado.

-Ele me desafiou, uma Ramla nunca é desafiada e sai perdendo-disse e ela riu e entramos. 

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