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Malena foi a primeira a acordar, não deviam nem ser nove horas. Tirou a camisola de cetim, penteou os cabelos ondulados e foi até o armário decidir que roupa usaria. Escolheu uma simples camisa bege e brilhosa que era confortável ao tocar-lhe a pele. A peça tinha a gola um pouco babada caindo sobre os seios, ainda levantados. A idade não lhe caíra tão mal, pensou. Tudo era natural, reflexo do repúdio dela às técnicas da Essência para esconder os traços da velhice.

A mineira escolheu também uma saia justa marrom que vinha até o joelho e, como sempre, saltos altos, desta vez de couro. Vestiu-se, maquiou-se e desceu. A maquiagem ela não passava sempre, mas como aquele dia viriam os Valerius, precisava estar mais bem arrumada.

Albinha já estava na cozinha. Quando a empregada a escutou descer as escadas, perguntou qual seria o almoço. Malena disse-lhe que ela ia fazer uma ligação antes de dar as instruções. Temia que talvez fosse preciso fazer comida para os Valerius, mas

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