6º Capitulo

Depois de jantarmos eu me encostei em um dos pilares do bar e fiquei esperando Jack voltar de pagar a conta, ele se aproximou de mim cauteloso.

- Quer ir caminhar na praia?

Eu suspirei e concordei com a cabeça, saímos caminhando pela areia da praia, retirei a sandálias para poder sentia a agua do mar em meus pés.

- Você não acha incrível...

Eu disse por fim, ele me olhou confuso.

- O que é incrível?

- O mar, ele é tão majestoso... Tão grande, mas ainda assim aceita aqueles que são menores que ele por que sabe que precisa deles para crescer, é tão forte e impiedoso, mas às vezes é calmo como uma brisa de verão.

Jack sorriu.

- É uma apaixonada senhorita Nataly...

- Por que diz isso?

- Por que é o que eu vejo, dá pra ver a paixão nos seus olhos quando fala de suas convicções, devo admitir que nunca conheci alguém assim como você...

Ele segurou minha mão e eu involuntariamente tentei puxá-la de volta era mais saudável manter distância, mas ele dominou meu espaço rápido e me segurou pela cintura me puxando de fronte ao corpo dele, minha perna machucada enroscou nas pernas dele e a dor fez com que eu me desiquilibrasse, acabei caindo na areia da praia, Jack também se desiquilibrou e caiu sobre mim, nossos rostos se chocaram e eu pude sentir todo o peso dele sobre meu corpo, tentei afastá-lo mas ele aproximou seu rosto do meu me encarando, suas mãos tocaram meu rosto e meu coração disparou a medida que minha respiração acelerava.

- Nataly...

Ouvi-o pronunciar meu nome com a voz rouca e cheia de desejo, nessa hora uma onda nos acerta e ele é lançado longe, eu tento me levantar e acabo caindo no mar de novo e quase me afogo, ele corre até mim e me segura me puxando para fora junto dele.

- Você está bem?

Passo a mão pelo meu corpo percebendo o quão encharcada eu estou e notando a transparência do meu vestido branco, Jack percebe e me alcança seu casaco.

- Melhor?

- Sim, obrigada...

Ele começa a rir.

- Vou por a culpa no mar, mas acredito que isso foi um aviso do meu sogro para tirar as garras de cima da filha querida dele.

Parei atônita com o comentário dele, ele tinha usado o termo “Sogro” para se referir ao meu pai, eu tinha imaginado isso ou ele tinha falado isso de verdade  só me dei por conta que ele já tinha se afastado depois de um tempo então corri atrás dele, entrei sem graça dentro do carro percebendo que iria encharcar o banco.

- Vou sujar todo seu carro.

- Eu estou tão sujo quanto você acredite, sujar o carro não é o problema...

Ele sorriu gentil, o telefone dele começou a tocar e ele atendeu, porém a conversa não parecia nada boa, o rosto gentil desapareceu no meus instante eu o vi dar um soco contra o volante e jogar o telefone fora pela janela.

Ainda nervoso ele ligou o carro e acelerou, eu olhei para ele preocupada.

- Algum problema?

- Nada que eu não possa resolver.

- Posso ajudar de alguma forma?

- Pode, fique em silêncio, não quero correr o risco de falar algo e acabar estragando a noite.

Aquela foi a forma mais simpática e gentil que alguém usou para me dizer para “Calar a boca” eu estremeci, assim que chegamos em casa eu desci do carro rapidamente, Jack ficou do lado de fora chutando o ar nervoso, eu entrei e fui logo trocar de roupas, vesti meu pijama confortável e voltei para a cozinha para fazer um chá quente, depois daquele banho de mar eu estava precisando me aquecer.

Jack entrou na cozinha atrás de mim e se aproximou.

- Desculpe por antes, eu fui grosseiro...

- Na verdade não, aquela foi à forma mais gentil que alguém usou para me m****r calar a boca...

Ele sorriu.

- Fiquei nervoso, o que está preparando?

- Chá, gosto de beber chá antes de dormir quando estou nervosa.

Ele se aproximou ficando frente a frente comigo e sorriu de canto, provocativo.

- E está nervosa agora?

Comecei a ficar sem graça, para a minha salvação o telefone da casa começou a tocar e eu me afastei indo atender, ele segurou minha mão.

- Espere, deixa que eu atendo... Deve ser o meu advogado, ele estava me explicando coisas importantes quando eu desliguei o telefone na cara dele e o joguei ele pela janela...

Eu imaginava o quão difícil deveria ser, ser advogado de Jack, ele não era uma pessoa muito fácil de agradar e pelo que eu já tinha percebido parecia perder a paciência bem rápido.

Assim que saí da cozinha e deitei na cama eu não conseguia parar de pensar em três coisas.

  1. Em como minha vida tinha mudado
  2. Em como Jack me olhava, isso era estranho.
  3. E no fato de eu estar adorando conviver com ele e estar ridiculamente me apaixonando por ele.
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