Capítulo IV

- Oi mãe, aconteceu alguma coisa?

- Filha, desculpa estar te ligando esta hora e na sua folga...

- Não tem problema mãe, diz. Quer alguma coisa?

- Preciso do meu passaporte, você pode me trazer?

- Sim, já vou, e a Sook?

- Deixa com seu pai, eu estou no aeroporto. Pega a moto. Coloca um casaco, está frio... Se cuida e não corre!

- Tá, mãe. Beijo.

Desliguei o telefone. Tomei um banho rápido, me arrumei bem, pois iria encontrar ele, sabia que estava junto, pois ela iria viajar só seria com eles, não teria outra explicação para querer o passaporte. Peguei o passaporte e coloquei na bolsa. Cheguei ao aeroporto e corri para o embarque, a avistei e prendi o grito.

- MÃE!

- Oi filha, desculpa meu amor. Sei que queria descansar hoje.

- Não tem problema, eu trouxe o seu passaporte, e trouxe o meu também se quiser que eu vá junto...

- Não dá meu amor!

- Estou brincando mãe! Tenho que trabalhar amanhã!

- Está sentado atrás de você! Aproveita e vai dar um oi. Soubemos que o voo irá atrasar...

- Mãe, eu...

Fiquei enrolando de costas para ele, não tenho muita intimidade com eles na verdade, tirando um, que temos um pouco mais de contato, mas ele não estava ali... Mas minha mãe deu um jeitinho.

- Chano, a Hana não tomou café ainda, pode levá-la na cafeteria? Não quero que ela volte sem comer nada...

Olhei para ela com cara de “mãe sua safada”, me apronta uma dessas... Mas gostei da ideia.

- E como estão as aulas?

- Nossa, duas semanas e já teremos provas semana que vem... Está bem puxado, até para mim!

- Pensei em ligar para você para saber, mas seus horários são tão corridos. Eu não quero atrapalhar.

- Não irá atrapalhar. E se estiver atrapalhando eu falo...

- Fiquei pensando sobre aquele dia que sua irmã falou sobre você não ter namorado.

- Ai, ela é muito intrometida, não dá bola para ela!

- Mas não tem como não pensar. Principalmente depois que o Bobby chegou em casa aquele dia muito bravo por você ter mandado ele embora.

- Ah! Isso. Minha mãe falou algo sobre a conversa.

- Você só não tem namorado por que não quer, né? Tipo! Você não quis o Bobby, e realmente você é linda. Fez-me pensar, você sabe? Nunca teve namorado. Mas namorada?

Dei uma risadinha. – Que? Não, espera! Não. Não tive namorado, por não querer. E realmente eu gosto muito de um carinha como disse a Sook, só não tenho coragem de falar... Vamos voltar. Você não pode ficar fora muito tempo.

- E por que você não fala para ele?

- Eu tenho vergonha, e medo, principalmente de ele dizer não.

- É o Don...?

- Não! – Interrompi sua pergunta. - Ele é só meu amigo...

- Eu não o imagino dizendo que não.

Estávamos quase chegando, e eu respirei fundo. Calcule a agonia e o desespero que me encontrava nesta hora. Tomei coragem e larguei de supetão.

- E se fosse você? Se eu dissesse que é você, o que me diria?

Ele parou me olhando sem piscar e nem me responder. Minha mãe nos avistou e nos chamou.

- Já ia ligar, parece que conseguiram regularizar os voos.

Donguk veio e me abraçou. – E aí, universitária?! Senti sua falta, não vai mais lá me ver... Vou tomar um café com você semana que vem!

- Vai sim, eu estarei te esperando...

- Tenho um monte de coisas para te contar, imagino que você também!

- Sim! Sabe quem é meu colega? O Juan.

- Sério? Que legal! Vou lá.

- Boa viagem!

Ele me deu um beijinho e saiu. Nisso tudo não recebi a resposta, e como voltar no assunto agora? Ele já estava meio longe, largou as coisas com o Bey e voltou até mim.

- Eu diria sim, Hana! Eu te diria sim!!!

E começou a se afastar.

- É você, Chano!

Ele se virou. - Que?

- É você, eu gosto de você!

Disse ainda se afastando. – Sim, eu te digo, sim...

Foi uma cena de cinema, só que sem beijo... Eu não sei o que aconteceu comigo naquela hora, meu estômago embolou, minha garganta secou e meus olhos se encheram de lágrimas... “O que eu fiz, que vergonha”! Voltei para casa.

- Oi pai. Quer que eu faça o almoço? Onde está a coisinha?

- Nós vamos almoçar na casa da Sunee. - Mãe da Shay - A Sook está na Sanny, vai passar o dia lá.

- Eu vou estudar pai, a Shay está trabalhando hoje, pode me chamar quando for, por favor?

- Chamo filha, tomou café?

Nossa o café, eu estava sorrindo por dentro... – Tomei pai, lá no aeroporto!

- Bom estudo, amor!

- Obrigada pai. Amo você!

Almoçamos na tia Sunee e voltei a estudar, mas na minha cabeça entre cálculos e comandos, vinha “eu te digo sim”... “Sim, ele disse sim”! Só para você entender, ele é o mais novo do grupo tem dezenove anos, não é tão lindo e charmoso quanto o New, mas ele é da sua forma me conquistou, não sei dizer se amo ele, mas amo o jeito dele, acho que deu para entende, né?

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