UM

Fiquei chocada com a apresentação, mas ao menos eu estava dando boas risadas. Ainda nem tinha visto os gorilas de sunga e gravata borboleta e, bem, eu não estava pensando no babaca do Mark. Ao menos não muito, o que era um grande avanço, considerando que ele havia terminado comigo havia pouco mais de vinte e quatro horas.

De repente, comecei a ficar animada com a situação, não tanto quanto Leeta e Becca, que quicavam em suas cadeiras, mas realmente empolgada com o que aconteceria logo a seguir. Levantei minha mão, chamando o garçom, e pedi mais duas taças de espumante para mim e uma garrafa de água.

– Está quente aqui. – Falei, agitando um pouco meus cabelos. As meninas nem me deram atenção, pois, naquele mesmo momento, Lolita Parker anunciava a primeira atração:

– Então, senhoritas. Deem as boas-vindas ao Doutor Robert, um cardiologista perfeito para o seu coração. – Disse a nossa apresentadora, novamente com a voz arrastada, enquanto saia do palco.

– Não poderia ser um ginecologista? – Alguém gritou, fazendo com que eu cuspisse meu drinque e gargalhasse.

– Viu? Minha ideia foi boa. – Leeta disse, animada ao me ver rindo.

Yeah! – Respondi, dispensando-a e prestando atenção no palco quando uma sirene tocou e em seguida Sexy Back, de Justin Timberlake, começou a tocar.

Um homem extremamente alto e largo entrou, vestindo branco dos pés à cabeça e uma máscara cirúrgica, o que me fez gargalhar um pouco mais. Por sorte, minha gargalhada foi abafada por gemidos e urros de pura satisfação das outras mulheres. Ele rebolou, e por alguns minutos, eu pensei que o próprio Justin estava ali dançando.

Enquanto engolia o conteúdo de minhas taças e bebia metade da minha água, Doutor Robert já havia arrancado a máscara, jogado o estetoscópio de lado e tirado a camisa. Apenas usando suas calças e sapatos brancos e mostrando seu peito lustroso de óleo – eu sabia que eles usavam óleo –, ele girava em seu eixo repetidas vezes, antes de ondular seu tronco com as mãos no botão da calça. Isso fez com que algumas mulheres agissem como as tietes dos Beatles em um show, puxando os cabelos e sapateando feito loucas.

Elas gritavam para ele tirar, e para a minha total surpresa e sarcasmo, ele tirou. Arrancou as calças, deixando sua sunga à mostra.

Ok! Não era asa delta, era mais do tipo shortinho, mas continuava tendo óleo no corpo.

Ele se deitou no chão e se arrastou até uma mulher que lhe mostrava uma nota de dólar entre os dedos. Quando se aproximou, acariciou o rosto da mulher e lhe deu o sorriso mais brilhante e sedutor que podia, antes de pegar o dinheiro. Ele se levantou e ajoelhou na frente dela, deixando que ela passasse a mão ao longo de seu peito e abdômen, fazendo ela quase desmaiar.

Levantei minha mão imediatamente e pedi mais duas taças de espumante para mim.

Depois do médico, tivemos o índio selvagem, o viking, o agente do FBI, o Homem de Ferro – neste, confesso que gritei –, que, além de tirar a armadura toda, ainda tinha que tirar o terno de Tony Stark ao som de uma música qualquer do AC/DC. Tive que bater palmas e assobiar para a criatividade daquele homem. Aliás, para o conjunto completo.

Pedi mais algumas taças de espumante. Eu sabia que a bebida iria cobrar o seu preço a qualquer momento, mas era sábado e foda-se, eu tinha um coração partido para curar.

Quando finalmente a última atração da noite foi anunciada, eu já estava completamente solta, alegre e quente, muito quente. Não era pelos homens, era a bebida mesmo.

Bem, até aquele momento.

– Então, senhoritas, preparadas para ele? – As mulheres gritaram com toda a força, e eu as segui naquela euforia. Provavelmente era o álcool. Que se dane! Aquilo era divertido. – Aí vem ele, donzelas em perigo. Nosso príncipe encantado!

Eu não deveria ter bebido na hora em que aquela mulher estava anunciando a próxima atração. Os cabelos de Leeta ficaram molhados de espumante, tamanha foi a minha cuspida. Eu meio que me afoguei um pouco também.

– Jesus, Paige! – Lee reclamou. – Chega de bebidas para você.

– Cala a boca. Príncipe Encantado? Sério? Que besteira!

Aquela merda não existia.

As mulheres histéricas pensavam ao contrário de mim. Príncipes existiam, na opinião delas.

De repente, Only Hope, de Switchfoot, começou a tocar, me pegando completamente de surpresa. Eu gostava da música e tudo, mas “Santa merda, Batman!”. Era uma música de banda gospel tocando dentro de um antro de perdição!

Papai ficaria orgulhoso!

Olhei para o palco e esperei que o prostituto aparecesse. Me arrependi, deveria ter ido ao banheiro ou qualquer coisa parecida, pois, no momento em que coloquei meus olhos naquele homem, não consegui mais desviar.

Príncipe Encantado era... era... Porra! Ele era um Príncipe Encantado. Sua presença no palco era leve, delicada e sensual, eu consegui perceber cinco segundos depois de vê-lo.

Caminhando até o centro do palco e vestindo calças de veludo marrom coladas no corpo, camisa branca, um colete preto para combinar com as botas e um cinturão onde prendia a sua espada, ele simplesmente me fez sentar na ponta da minha cadeira, ereta e incomodada.

Parecia tão másculo, um grande e perfeito suado príncipe que acabou de lutar contra o dragão imenso e está pronto para salvar a sua donzela. Ele caminhava vagarosamente por todo o palco e olhava, ao que parece, para cada uma das mulheres dali. Ele apontou para uma das meninas e a chamou. Imediatamente e histericamente, a garota subiu ao palco e se abraçou nele. Encantado pegou suas mãos e engatou em seu pescoço. Olhando no fundo dos olhos da garota, começou a se embalar, ao ritmo da música lenta. As mulheres foram à loucura.

E eu também.

Tudo bem, então, além de ser uma pessoa de personalidade tranquila, eu também era uma romântica incurável. Culpe Patrick Swayze em “Dirty Dancing”, Ashton Kutcher em “Sexo sem Compromisso”, culpe o filho da puta do Ryan Gosling em “Diário de uma Paixão”!

– Puta que pariu! – Eu disse, sem conseguir piscar. – Que porra de homem é esse?

– Não posso evitar! Eu quero ele. – Becca se abanou, assistindo à interação dele com a garota que tinha em seus braços.

Ele ondulou seu corpo junto ao dela e depois a virou de costas para ele e esfregou seu pau na bunda dela, me deixando completamente enciumada. Eu queria para caralho estar no lugar daquela mulher.

Ele dançou mais alguns segundos com ela e a levou de volta para a escada de saída do palco. A garota não pareceu muito feliz com a ideia, mas foi de qualquer forma, então uma outra música começou, uma mais agitada, eletrônica, e chegou a hora do Príncipe Encantado tirar a roupa.

Seu nível de dança era o mesmo dos outros rapazes, mas ele tinha charme e elegância, e eu não saberia dizer se era o personagem ou ele era mesmo assim. O Príncipe esticou um pé para uma das mulheres grudadas ao palco, e ela prontamente puxou sua bota. Ele andou até outra garota e fez o mesmo, assim ficou sem a outra bota. Em dois giros em seu próprio eixo, ele tirou a camisa, mostrando seu peitoral liso, musculoso e seus braços totalmente tatuados. Suas orelhas carregavam alargadores, deixando-o com toda a pinta de menino malvado. Era de tirar o fôlego.

– Cara, eu daria qualquer coisa para lamber aquele peito. – Deixei escapar para as minhas amigas, que gargalharam. Becca ficou me olhando por mais algum tempo. Eu não conseguia decifrar o seu rosto, mas ela parecia me analisar. – O quê?

– Nada. – Ela riu. – Apenas parece que ligaram um botão em você.

Decidi não lhe responder, meu foco estava no príncipe.

Ele tinha o cabelo quase que totalmente raspado, mas, pela cor da pele, eu poderia dizer que ele era loiro ou muito próximo disso. Talvez castanho claro, eu não sabia, mas me peguei supondo. Me estiquei um pouco mais para checar suas pernas assim que ele terminasse de arrancar suas calças as jogasse para o público. Ele as atirou na direção da mesa ao lado da nossa, e eu tive muita vontade de ir até a mesa arrancar das mãos da mulher que as segurava agora. Jesus, eu tinha bebido demais.

Ele dançou com mais uma ou duas mulheres aleatórias, e se fosse mensurar o tempo, eu diria que ele já estava dançando muito mais do que seus amigos. Enquanto checava seu corpo se movimentando, bebi mais algumas taças de espumante. O garçom nem esperava mais pelo meu pedido. Eu não sabia ao certo, mas tinha certeza que minha conta nesse local seria um rombo em meu orçamento.

De alguma forma, eu não me importava naquele momento.

De repente, eu me importava e morria de inveja da garota que estava lambendo o peito do Príncipe Prostituto enquanto ele se agitava e passava as mãos e seus braços perfeitamente tatuados no corpo dela. As mulheres gritavam a um ponto em que não se conseguia mais ouvir a música tocando. Foi então que ele a devolveu e caminhou em direção a nossa mesa, esticando sua mão para Becca lhe acompanhar. Oh, Deus! Por que ele não me escolheu? Por que ele não olhou em volta? Rebecca nem era tão bonita assim para ele não querer outra opção.

Eu queria estar no lugar dela, maldita!

– Ei! O meu coração está partido, não o dela, você deveria estar me escolhendo!

Príncipe Encantado olhou para mim e sorriu, algo brilhava em seus olhos. Ele se voltou para Becca e fez sinal para mim, pedindo permissão para ela. Becca sorriu, mas não de verdade. Parecia tensa e brava. Eu ficaria também. Ela devia estar quente por ele, assim como eu estava, mas balançou a cabeça em consentimento.

Leeta gritou ao melhor estilo “Xena, A Princesa Guerreira, quando eu peguei a mão daquele homem e o deixei me puxar para perto dele, analisando meu rosto por vários segundos. Seus olhos eram de um estranho tom de verde, emoldurados por cílios grossos e compridos, sobrancelhas bem desenhadas moldando perfeitamente seu rosto, nariz fino, queixo quadrado, boca...

– Sua boca é tão linda. – Disse, fazendo-o sorrir largamente. ­–– Passei as mãos em seus braços fortes.

– Obrigado, Princesa.

– Talvez eu possa beijá-lo agora.

– Que puta! – Ouvi Leeta dizer de forma divertida. Talvez eu estivesse falando alto demais.

Eu tive que concordar com ela, estava sendo uma puta. Mas o que mais eu deveria fazer ao ver aquela boca linda, grossa, perfeitamente desenhada e cheia de dentes brancos, que com certeza tiveram uma relação bem estreita com um aparelho ortodôntico?

– Talvez mais tarde, querida... – Ele disse, me levantando, me colocando em seu ombro e caminhando de volta para o palco. A música foi trocada no momento em que ele me colocou no chão e me virou, colando minhas costas em seu peito e rodeando seus longos, tatuados e grossos braços em volta de mim. – Agora vou fazer você dançar.

E ele fez.

Seu corpo apertado ao meu ondulou, fazendo com que seu pau esfregasse em minha bunda e eu ficasse ainda mais quente por dentro. Continuando o meu ataque de coragem, fechei os olhos e levantei meus braços para cima, deixando eles descansarem em torno de seu pescoço.

– Você é uma delícia. – Ele disse em meu ouvindo, enviando arrepios por todo o meu corpo. Meu baixo-ventre se contorceu e eu juntei mais minhas pernas na tentativa de dar algum alívio ao desconforto que estava sentindo. Eu poderia ter respondido, mas depois de gemer como uma atriz pornô, resolvi deixar por isso mesmo.

Ele se esfregou em mim mais um pouco e me girou novamente, me pondo de frente para ele e pegando minha mão. Me reverenciou e beijou os nós dos meus dedos, e só então me direcionou novamente para a minha mesa.

Eu posso ter tropeçado.

Duas vezes.

– Sua vadia sortuda. Era para eu ter o pau dele roçando a minha bunda, não você. – Becca disse com falsa raiva.

– Você não saberia aproveitar.

– Puta!

Nós gargalhamos e chamamos o garçom. Desta vez eu pedi apenas água, mas roubei alguns goles da bebida de Leeta. Eu ainda conseguia me manter de pé, mas definitivamente poderiam me arrancar um siso sem anestesia, que eu provavelmente não sentiria nada.

As luzes pararam de piscar, mas continuavam fracas, dando aquele charme à lá bordel. A música se tornou ambiente, quando de repente os rapazes do show começaram a aparecer e conversar com as mulheres.

Eu pude notar algumas se aproximando com agressividade e outras apenas trocando beijinhos como se os conhecessem. Notei que o Príncipe estava conversando e rindo com uma das participantes do grupo de mulheres de negócios. Com terninho e muito discretas, elas pareciam quase mafiosas ali. A mulher distinta conversava com ele seriamente, como se não falassem de um programa, mas ele parecia simpático e atencioso com ela. Até que o seu olhar cruzou com o meu e a mulher foi momentaneamente esquecida.

Ele levantou o seu copo em minha direção, sorrindo. Eu não tinha um copo, então roubei o de Becca e levantei em direção a ele para retornar o brinde. Vendo toda a minha ação, sorriu, balançando sua cabeça em negação. Eu apenas sorri de volta e tentei dirigir a minha atenção para as meninas, que observavam a nossa troca.

– O quê? – Perguntei ao perceber a cara de depravada que as duas usavam para me fitar.

– Compre o programa. – Disse Becca simplesmente. Seu sorriso era mais do que brincalhão, era quase... sádico? Ela estava disputando ele comigo, e agora queria que eu comprasse um programa?

– O quê? Não! – Eu quase gritei. – Estou de coração partido, e não na seca.

– Ele poderia curar esse coração partido. – Lee disse, como se não fosse grande coisa.

– Ou me passar uma DST. É um prostituto. – As palavras saiam cada vez mais enroladas para mim.

– Você não reclamou enquanto escorria seu corpo no dele no palco, como se fosse um macarrão.

– Por cima de nossas roupas. Não seja uma cadela, Rebecca.

– Use camisinha, P. – Lee disse. – Pelo amor de Deus, você realmente acha que esse homem tem alguma doença? Ele não é uma “puta de rua”. Vai lá.

– Ele me parece muito saudável. – Becca analisou. – Um pedaço de carne quente e saudável. – Disse enquanto o encarava. Ele a olhou e logo desviou seu olhar, voltando-o para mim mais uma vez.

– Pelo amor de Deus, pare de encarar. – Resmunguei para minhas amigas, embora eu também estivesse o encarando. Um sorriso dançou em seus lábios, mas ele logo voltou sua atenção para a mulher.

– P, deixe de ser boba, não estamos em uma boate normal, onde ficamos flertando com os caras. Estamos em um clube de mulheres. Ele está acostumado com isso. Simplesmente aproveite, aqui você não precisa disfarçar.

Olhei para ele novamente, continuava conversando com a mulher, mas eu não notava nenhuma investida por parte dela. Eles pareciam apenas conversar. Para falar a verdade, pareciam bons amigos. Quando Lee percebeu que eu estava amarelando, rapidamente chamou o garçom.

– Por favor, um Cowboy para ela.

– Chega de bebidas. – Eu pedi.

– Você vai criar coragem. Vá até lá e contrate o programa, leve-o para o nosso apartamento. Vou te dar algumas horas antes de aparecer. – Rapidamente o garçom apareceu com a minha dose de uísque e, sem cerimônia, eu virei e engoli tudo.

Uma coisa boa de estar bêbada é que os saltos assassinos, que antes faziam os meus pés doerem para cacete, agora me permitiam dançar, sapatear ou mesmo correr. Senti que o uísque havia concluído totalmente o seu objetivo em meu sistema, então continuei de forma mais descarada a flertar com o meu Príncipe Encantado. Ele sorria para mim, me dava olhares de cima a baixo, fazendo o meu corpo esquentar completamente. Somente o seu olhar conseguia me deixar muito excitada, mas, ainda assim, não o suficiente para cair em cima dele.

– Ok, chega! Eu vou chamar o bonitão para uma brincadeira. – Rebecca disse, se virando e indo em direção a ele. Aparentemente, álcool não poderia me dar coragem, mas ciúmes, sim. Me atravessei na frente dela e segui mais rápido para encontrá-lo. Olhei para trás, notei Becca e Leeta rindo de mim e lhes mostrei o meu dedo do meio, antes que finalmente me aproximasse para falar com o Príncipe.

– Oi. – Disse, querendo me mostrar o mínimo embriagada possível.

– Olá, princesa. – Sua voz era completamente quente; ele parecia um locutor de rádio. Agora, sem toda a música barulhenta, eu podia ouvir e quase gozar com aquele som com muito mais facilidade. Porra!

– Oi... hum... Príncipe. – Disse, desajeitada.

– Posso ajudá-la?

– Arram. – Respondi, olhando para o copo dele. – Isto é álcool?

– Hum... sim. Cerveja.

– Oh! E por que você tem cerveja, e eu não? Tentei conseguir, mas não me deram. – Eu disse, um tanto indignada enquanto arrancava o copo da mão dele e bebia. Para sentir o gosto do líquido e, é claro, para criar coragem. Porra, a minha ressaca seria digna de um pronto socorro.

– Bem, você não trabalha na casa... – Ele sorriu largamente, mostrando profundas covinhas em cada face do rosto, me fazendo querer lambê-las. – Se quiser, posso conseguir uma para você... – Ofereceu.

Aquela era a deixa. Aquele era o momento.

Eu estava bêbada, então tinha uma desculpa para fazer o que eu quisesse. O fato de estar bêbada também me dava uma desculpa para dar uma desculpa para fazer o que eu quisesse por estar bêbada... Ah, deixa para lá.

– Ou... você poderia me acompanhar até em casa, e eu poderia te dar algumas cervejas por lá.

Encantado levantou a sua sobrancelha para mim e sorriu de lado, sexy, enquanto me analisava dos pés à cabeça mais uma vez. Eu tive a sensação de que fiz o convite de forma errada, eu deveria perguntar quanto era o programa. Se fosse muito além das minhas economias, eu com certeza roubaria as reservas de despesas do apartamento, Lee me devia essa.

– E você tem apenas cerveja para me oferecer, querida? – Ele perguntou, se aproximando. Deus, como poderia existir um homem daqueles?

– Hum... – Comecei, me aproximando o que restava para colar nossos corpos. – Talvez eu tenha a intenção de mostrar algo mais.

– Estou ansioso para isso. – Disse enquanto aproximava seus lábios dos meus. Então me beijou, de forma que deveria ser julgada como crime.

E eu adorei.

Naquele momento, eu decidi que Leeta estava certa.

Mark Jamesen tinha que ser esquecido, e eu merecia ao menos uma noite não sendo eu. Fazendo tudo aquilo que eu simplesmente nunca fiz ou faria, nem mesmo em meus sonhos mais molhados.

Então eu aproveitaria essa noite. Mesmo que me arrependesse depois.

Ah, sim! Eu aproveitaria.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo