4. Medo x Medo

Acaricio a boneca com carinho... ela é linda... seus cachos são macios...

O sol está se pondo lá fora e já ouço o barulho acima de mim... hoje é sábado...

Seu jantar... mamãe entra com outra bandeja na qual pra mim seria meu café da manhã...

Estou sem fome...

Deve comer, onde conseguiu essa boneca?

Caiu pela janela... posso ficar com ela?

Pode, é claro... mamãe sorri... amanhã eu vou demorar um pouco pra trazer seu almoço, então vou preparar um café reforçado pra você está bem?

Está bem...

Durma bem... eu te amo.

Ela sai do quarto.

Me levanto e vou até a bandeja, as pessoas caminham às pressas pelas ruas.

Não sei onde estou... apenas sei que aqui é bonito, às vezes, cai neve do céu, mamãe já me explicou como isso funciona... é bem legal.

Está frio... estou usando uma calca branca de moletom e uma camisa azul, meus braços expostos se arrepiam com o frio que vem da janela.

Caminho até o guarda roupa pra pegar um casaco, quando sinto uma coisa... uma dor aguda penetrar minha barriga.

Sinto minhas coxas ficarem molhadas... sinto alguma coisa escorrendo em minhas pernas... olho pra baixo e minha calça está vermelhar... isso é sangue!

Ai meu Deus...

Lágrimas escorrem e molham meu rosto.

Mãe...

O som sai abafado.

Não consigo gritar.

Não consigo gritar.

Mãe...

Novamente o som sai abafado.

Corro até a porta.

Ela está... ela está aberta.

Mamãe não deve ter percebido que deixou a porta aberta... sinto a dor de novo.

Abro a porta e subo a pequena escadaria, chego em um corredor longo e vazio, ao passar pelo corredor chego em outra escadaria, desta vez bem maior.

Cada degrau que subo basta para a dor me atingir, gostas de sangue mancam o chão.

No final da escadaria há outro corredor, desta vez com portas vermelhas, as portas que não estão trancadas revelam quartos vazios.

Mãe...

As lágrimas continuam escorrendo.

Onde está a minha mamãe?

Encontro outra escadaria.

O próximo andar está repleto de gente, na maioria homens, eles me encaram quando passo sangrando por eles até a próxima escadaria.

O outro andar não é muito diferente do último, nesse há vários postes de metal e nos postes há mulheres se esfregando. Homens apertam seus corpos com prazer.

Olho para o lado e vejo uma mulher, ela é jovem e pula em cima de um sofá... não... a mulher pula em cima de um par de pernas... um homem. Eles ofegam, parecem cansados, o homem aperta a bunda da mulher com força, ela pula cada vez mais rápido... ela começa a gritar, o homem está machucando-a.

Corro até lá e puxo a mulher dos braços do homem, eles estão pelados...

Você é louca, garota? Quer que eu te coma? Espere a sua vez... grita o homem comigo...

Se acalme...

A voz de mamãe...

Olho pra trás e lá está ela...

Mãe...

Meny? O que está fazendo aqui?

Mamãe, estou sangrando...

Ai me Deus.

Eu vou morrer?

Mamãe sorri.

Agora você está pronta...

Nunca soube o que ela se referia a está pronta, na minha mente será que a questão de eu estar sangrando siginifcava para ela estar pronta… Mas o porque de me ver sangrando que mãe seria essa que nessas horas diria para sua filha que agora estou pronta!

Minha mente trabalhava e nada fazia se qeur setnido ao que ela se referia...

Ela deve me explicar ja que não entendia nada e nem sabia o porque que estava sangrando e ela por estar tão calma caramba mãe como assim estou pronta?

Minha mãe respondia vem aqui eu vou te explicar para que você entenda um pouco mais sobre a questão de estar pronta...

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