POV NINA

Acordei com a comissária de bordo me chamando para avisar que já tínhamos pousado. E me avisou para colocar o casaco pois lá fora estava frio. Eu agradeci sua gentileza.

Peguei minha bengala e me levantei. Eu consigo ver a áurea dos seres vivos e sua energia, mais preciso da bengala por causa dos objetos que não transmiti calor ou vibração. Como não transmitem calor ou vibração eu não consigo vê onde estão e acabo tropeçando.

Comecei a caminhar,percebi quando duas pessoas vinham na minha direção então parei. Era uma mulher e um homem, pelos perfumes e pela silhueta deu para diferenciar.

Marta - senhorita Joy eu sou Marta seu tio me contratou par lhe acompanhar

Nina - olá Marta pode me chamar de Nina.

Fernando - eu sou Fernando, senhorita e cuidarei da sua segurança.

Nina - olá Fernando pode me chamar de Nina também.

Percebi que a energia deles estava rosa, quer dizer que está rolando sentimentos amorosos entre eles. Também pude perceber que eles tinham uma assinatura de energia escura, igual a do meu pai, isso me deixou um pouco confusa. 

Bem vou explicar. Todo ser humano tem seu lado bom e ruim, eu consigo ver isso, através da assinatura de energia em volta do corpo. Existem pessoas boas com seu lado ruim, como existe pessoas ruim com lado bom, e ainda tem aquele que são só ruim sem nenhum traço de bondade. Eu também consigo enxergar e sentir suas intenções. Mais o que está me deixando confusa é que  esse dois estão com assinatura igual do meu pai. Eu já vi isso em animais como morcegos e lobos. Meu pai me levou no meu aniversário de trinta anos para uma fazenda para ter contato com a natureza. Lá  os morcegos ficavam durante a noite sobrevoando os pomares, eles tinham esses mesmos padrões de energia. E também vi um grupo de lobo da minha janela passando pela fazenda, já que ela ficava no meio da floresta. Eu percebi que suas assinaturas de energia eram iguais, pesquisei e descobri que isso acontece porque eles são um bando e acabam desenvolvendo assinatura iguais por viver juntos e um proteger ao outro, como uma família. 

Agora o porque  esses dois tem a mesma assinatura de energia do meu pai eu não sei e não entendo. Meu pai também tem seu lado obscuro eu consigo enxergar isso nele, mas não tenho medo, ele não tem má intenções e sei que ele me ama e não faria nada comigo. Mas esses dois não conheço e mesmo não tendo más intenções irei ficar atenta com eles.

Fernando - vamos lhe ajudar a descer do avião.

Nina - obrigada. E meu pai?

Marta - ele já foi retirado do avião e está a caminho do hospital em uma UTI móvel.

Era perigoso para ele ficar muito tempo exposto.

Fernando - seu tio está a sua espera. Vamos?

Nina - sim.

Marta se aproximou de mim.

Marta - vou colocar seu braço no meu braço para te guiar.

Nina - obrigada.

Ela pegou meu braço e colocou sob o seu e começamos a andar e sair do avião.

Eu senti a luz do sol aquecendo meu corpo. E uma brisa gelada atingiu meu rosto, o que fez minha pele arrepiar e perceber que estava num país de clima frio. 

Terminamos de descer a escada e começamos a caminhar em direção de algumas pessoas. Fiquei bastante confusa com essas pessoas. Tem alguma coisa muito errada aqui. Todas elas tinham energia igual do meu pai. E tinham escuridão. Um deles tinha mais escuridão que todos, eu sentir medo. Ouvi essa pessoa me chamar, e se aproximar de mim rápido.

Sebastian - Nina minha princesinha.

Aquela pessoa era meu tio Sebastian, acabei dando alguns passos para trás quando ele chegou perto para me abraçar.

Percebi que ele ficou surpreso.

Sebastian - querida sou eu seu tio. Eu sei que não nos encontramos desde que você tinha sete anos, mas não precisa ficar com medo do titio.

Senti que ele falava a verdade e não tinha má intenções.

Nina - olá titio. Eu não reconheci sua voz e o senhor me assustou quando se aproximou de repente. Me desculpe.

Sebastian - que isso minha princesinha não precisa se desculpar, eu que devo te perdir desculpas. Titio deveria ter se tocado que você não reconheceria a minha voz depois de trinta anos. E eu deveria ter me aproximado com cautela. Agora como foi sua viagem?

Nina - tranquila já que dormir ela toda.

Sebastian - seu pai já foi levado para O hospital da família.

Ele pegou minha mão e começamos a andar para o carro. A porta foi aberta pelo motorista, agradeci e entrei me sentando. Meu tio deu a volta e se sentou no meu lado. Logo o carro começou a se mover.

Nina - titio o senhor acha que papai vai ficar bom logo?

Sebastian - claro meu amor ele é forte e logo vai acordar. 

Nina - assim eu espero, ele é tudo para mim.

Sebastian- eu estou aqui para você, sei que não estive presente na sua vida até agora, mais prometo está apartir de agora. Não sairei do seu lado.

Nina - obrigada titio.

Continuamos o caminho em silêncio. Começamos percorrer um caminho com muitas árvores. Eu gosto de observa-las, se os seres humanos pudesse ver o que eu vejo nas árvores, o quanto elas estão vivas, a energia vital delas é belíssima, eles nunca cortariam uma árvore. De repente sentir uma energia ruim se aproximando a direita do carro e acabei gritando.

Nina- CUIDADO.

E apontei para a direita, fazendo meu tio olhar e se jogar para me proteger.

O motorista freiou e pude ver um ser obscuro quebrar o vidro da frente e pegar o motorista e levar para fora. Eu gritei olhando para o que estava acontecendo. Ele era imenso. Não podia ver como ele era, só podia ver sua silhueta, áurea e energia. Meu tio começou a falar comigo.

Sebastian - calma meu amor, você vai ficar bem. Eu preciso que você fique dentro do carro e não sai por nada nesse mundo. 

Nina - não padrinho não vai, você vi o tamanho daquela coisa? Aquilo vai te matar.

Sebastian - eu vou ficar bem. Só me prometa que não sairá do carro.

Nina - não vou sair.

Ele abriu a porta e saiu, e entrou na mata atrás daquela coisa. Eu fechei a porta e fiquei atenta a minha volta. Peguei minha bengala e segurei com força, para poder me defender. Quem eu quero enganar, se aquilo vier atrás de mim eu vou morrer. Comecei a escutar barulho de luta longe de onde eu estava, na direção de onde meu tio foi. Os barulhos duraram por aproximadamente uns cinco minutos, então cessaram. Eu fiquei ali esperando por um tempo e nada do meu tio voltar, aquilo estava me deixando nervosa,e quando fico assim acabo me distraindo. E foi o que aconteceu. De repente levei um susto com alguém abrindo a porta. Dei um grito de susto.

Fernando - calma Nina, sou eu Fernando. Está tudo bem. Vou te levar para casa do seu tio.

Nina - não está nada bem. Meu tio saiu a um tempo e ainda não voltou.

Eu comecei a chorar sem parar, eu estava com medo de perder meu tio.

Fernando - seu tio está bem. O senhor Joy me ligou e pediu para levar você para casa,pois terá que resolver alguns problemas. Mais assim que resolver ele irá para casa.

Nina - Graça a Deus ele está bem. Obrigada.

Fernando- vamos?

Nina - sim.

Ele me ajudou a sair do carro e entramos no outro carro. E fomos em direção para casa do meu tio.

Eu não sei o que é mais estou sentindo e vendo que o Fernando está me omitindo algo. E que tem muita coisa cabeluda nessa história.

Mas eu vou descobrir.