៚• O Algar •៚

      Depois do acontecido no ninho de Aracguns permaneci em silêncio, e por incrível que pareça os dois não pararam de tagarelar nem por se quer um minuto ,comentando coisas como as frutas,contando insetos de diversas cores e etc...Bethe mesmo respondendo de sua forma fria, falava mais que anteriormente . Parecia que desta vez,era a minha vez de não dizer nada! Eu sentia uma raiva descomunal de Bethânia de forma que até sua voz me deixava cabreiro,porquê além de me paráfrasear, brincou com minha fraqueza e tirou sarro fazendo me sentir envergonhado em seguida, cai feio na armadilha de sua mente insana.Neste momento pensativo, acabei percebendo a seguinte questão... Como eu estaria guiando-os sem dizer se quer uma direção? Como estávamos no caminho certo todo esse tempo, seis horas de caminhada, sem eu nem abrir a boca ? Logo olhei para ela ainda pensando nesta dúvida , e ela devolveu o olhar talvez se perguntando o porquê eu a encarava... 

-Oque foi 'Romeu'? -Pela primeira vez, calma e sem grosserias. 

-Bethânia...você sabe o caminho? -Logo ela virou seu rosto para frente e demorou segundos para responder . 

-Sim...-Respondeu sem dizer mais nada... 

   Ainda a olhando encabulado eu não conseguia entender o motivo para toda essa insegurança , que teria em relação aos vampiros, supondo quê, me trouxera consigo para que eu não machucasse ninguém em Gallegas. 

-Não se ofenda ,era o melhor a se fazer...se você ficasse...tinha inúmeras proporções de dar merda,no caso dos cidadãos com você,e no caso de você com o cherife,então decidi trazer-te comigo!- Justificou 

     E era mais que compreensivel , ainda encabulado, desta vez,com a sua forma rápida de pensar numa solução para a sua coleção de problemas, eu comecei a analisar os fatos, se eu ficasse na vila teria duas supostas possibilidades 

(Em sua cabeça ) .. 

  1° ou eu aproveitaria a sua ausência e começaria o tão esperado massacre que esperam que eu faça. 

  Ou 2° o cherife que não gosta de nada de vampiros, aproveitaria a brecha para me fazer algo muito ruim, no qual eu duvido muito de haver capacidade em um velho tosco para me machucar, mas essa possibilidade também era válida. Porém se pensar na segunda, nesta Bethânia estaria me trazendo com ela para salvar minha vida , e será possível? Bethe que me trata como um problema me proteger desta maneira? Me perguntava. 

-No que está pensando? -Perguntou ela, me analisando. 

-Salvou minha vida,ou a deles ?-Tentei concluir os fatos . 

-Oque você acha? -

-Espera !!mas e todo aquele papo de : "você vai me ajudar?" e dizer a todos que eu sabia o caminho. Ainda ficaram surpresos com essa notícia!! Qual a lógica?-Ela respirou fundo e depois de uns segundos começou a falar:

-Não sabem que eu sei o caminho,e nem que eu conheço a floresta. Acham que nasci na vila e nunca sai de lá des de então. Dizer que você sabia o caminho foi uma jogada ,e perguntar se você me ajudaria...foi um teste.- Esclareceu ,mas uma dúvida ainda me assolava... 

-Voce acha mesmo que o cherife ,o velho sabe? -Brinquei -Então...você acha que ele poderia mesmo,fazer mal a um vampirão como eu? Porque...ele é só um humano certo? -

  Esta pergunta me encomodada bastante ; por que tanta preocupação comigo e aquele velho? Mas Bethânia não foi quem respondeu, e sim Izaque que dês de então, só ouvia a nossa conversa em silêncio, mas resolveu intrometer-se. 

-Ele não é só um humano,ele é um antigo padre da Patagônia ! Sabia como matar vampiros e monstros de olhos fechados. Mas quando sua filha foi morta por Vlad, ele deixou tudo e foi para Gáll (Gallegas) para planejar sua vingança contra os Cristabeis. Mas ai ele se apaixonou denovo ,depois de uns anos,deixou sua vingança de lado e foi viver uma vida normal novamente . Teve filhos e virou o cherife oficial da vila ,mas ainda odeia vampiros , porém depois disso tudo, não havia visto um até ontem anoite..

Vai saber oque ele pode fazer com você se si sentir ameaçado.- 

  Bom ,o garoto só não contou o tipo sanguíneo de Darryl porque não sabia...(Eu acho) Mas contou parte da vida do pobre velho que perdeu a filha assassinada por nada mais nada menos que meu bisavô Vlad e todos os seus filhos e filhas num banquete,sei disso porque meu bisavô só matava ninfetas nessas ocasiões , de resto eram mulheres maduras...pelo que ele me contou... O banquete dos Cristabeis era um ritual que acontecia principalmente nas montanhas da Patagônia por estar mais próxima (na verdade ao lado )das montanhas de   Cristal aonde vivem os vampiros, em uma cidadezinha que agora não passa de ruínas proporcionada pela guerra. Sempre chegado o eclipse muitos rituais acontecem meio todas as raças das trevas , a maioria de sangue por conta da Lua vermelha. As bruxas teem o delas (aquele mesmo que estamos indo impedir ), e os vampiros ,demonios e etc.. Os seus . No caso dos Cristabeis, ocorre desta maneira : O macho mais velho da casa ordena a raptura de jovens que seu servo,ou quem estará fazendo essa missão, achar na vila próxima. Assim na noite de lua vermelha ele as põem nuas na mesa de jantar, e todos os convidados desta festa sangrenta...  sugam "até os miolos" cada uma delas. Na antiga Patagônia... Foram saqueadas muitas almas femininas, assim os  humanos fizeram guerra contra os Cristabeis, que por hora venceram, deixando a cidade vermelha , agora oque resta daquele lugar, é apenas pó dos proletários que lá viviam. Darryl por si só, esta até "bem" mediante a todos os cidadãos patagônianos, que no caso...estam pedidos no abismo. 

-Mas então...Darryl era um padre!interessante! -

Me surpreendi, sim ... Mesmo com todos os outros fatos este era o único que me deixara surpreso no momento!Porque aliás,os outros fatores eu já havia presenciando ou lido algum dia.

-Sim, mas não é o fato dele ser um antigo padre que faz dele capas de matar você!! Mesmo com todas as técnicas assassinas e tal ,oque mais fazer dele capas de te pegar desprevenido é a...- 

-vingança...- 

Bethânia começou a dizer, mas eu por si só já havia compreendido os fatores mais uma vez , já que me explicaram o ocorrido... Então sem mais nem menos eu completei a fala de Bethe .

-Sim!! Você sabe como é! Mesmo não tendo sido você quem matou a filha dele ,ele vai gostar de acabar com a sua vida simplesmente por prazer de ver um vampiro sofrer...-Completou Izaque. 

Bom... Não direi que é compreensivel o fato dele me odiar por traumas com minha raça , porquê neste mundo parece tudo ser meio caótico em relação a vinganças . Mas eu compreendia, e acho que isso parece ser suficiente para saber manter certa distância do " antigo padre",para não aborrece-lo, então me manteria atento em relação ao cherife ,já sabia oque devia fazer. Mas acho um pouco cedo   pra pensar nisso, estávamos a kilómetros de distância da vila, e a tarde caia , junto ao calor do sol "assassino". Chegavamos ao fim da floresta arrepiante ,já que pegamos os melhores atalhos e não passamos pelos seus infinitos males , apenas as Aracguns horrorosas mas em comparação as coisas horríveis que vivem lá...não chega a ser nada. Mas enfim chegamos ao grande campo dourado e o seu lindo moinho,era a minha paisagem preferida dês de muitos anos,simplesmente perfeita. Foi aliviante chegar até alí mesmo com todo o percurso pela frente. Izaque abriu um grande sorriso e saiu correndo na frente para se jogar em meio ao capim. Bethe sorriu ao ver a alegria do garoto, e seguimos a diante atravessando na pequena trilha que alguém já fizera por alí. Enquanto andávamos ouviu-se um "estrondo" vindo da barriga de Bethe. 

-Você esta com fome...foi a única que não comeu mais cedo !!- Afirmei. 

-Estou bem !! Aguento mais algumas horas...Ela respondeu mas eu sabia que não era verdade.

- A quanto tempo você não come Bethe?-

Perguntou Izaque preocupado, mas ela fez silêncio mediante ao questionamento. O garoto então se transformou em uma pequena raposa e correu de volta para a floresta escura sem se justificar Bethânia fez como quem iria gritar ,mas desistiu quando percebeu que ele já estava longe. Ela lançou um grunir de raiva e mordeu os dentes, respirou fundo e olhou para mim... 

-Oque ele está fazendo??-Perguntei

-"O teimoso " concerteza foi caçar algo pra eu comer!!!Agora vamos ter que esperar né!! Como se tivéssemos todo o tempo do mundo (resmungando)-  Ela disse inquieta e olhando ao nosso redor. 

-Não vai atrás dele?...Porquê...é perigoso na floresta,ele pode encontrar algo ruim.-

-A floresta é o habitat natural dele,a conhece melhor que nos dois juntos!! E o moleque é treinado pra matar né por favor...-

-Okay,okay!!se você confia o bastante nos treinamentos dele quem sou eu né...mas ...vamos esperar aqui? Em pé e de mãos atadas? -

Ela olhou para os lados, e parou seus olhos no moinho, fixou-se nele por segundos e logo se sentou amassando o capim, então...sentei-me ao seu lado e estava tão confortável que logo deitei me acomodando em meio a serrada, sentia calor da tarde me deixar meio sonolento e fechei os olhos aproveitando o clima. Estava tudo muito tranquilo, o calor, a brisa , o vento, confortável até demais, percebi que depois daquele sangue, meus sentidos estavam mais agulsados ,desta forma eu tentava me concentrar em todos os sons a minha volta, ouvia e sentia-os vibrando em meu corpo, mas do nada um zumbido estranho atormentou os meus pêlos. Não era fino, era um zumbido grosso e áspero, fazia som de abelhas, várias delas , sentei-me novamente com o corpo tenso e olhei para todos os lados tentando achar a causa daquele som. Vi que Bethe também procurava algo, olhando de horizonte a horizonte encomodada com alguma coisa.

-Esta ouvindo isso?- 

-Sim...-Ela disse se levantando, e fiz o mesmo me juntando a ela, que parou e olhou para o moinho. 

-Acha que esta vindo de lá?-

-Não...mas é pra lá que nos vamos !!!-

Ela respondeu, e no mesmo instante Izaque saiu do meio das árvores correndo desvairadamente e de mãos vazias , atrás dele se espalhava uma nuvem negra que fazia o mesmo zumbido que eu ouvia a minutos, só que desta vez estava mais alto e nítido. Era nuvem coberta por pestes e  pragas , insetos que consomem não só a sevada e o capim, mas também a carne, deixando apenas ossos no corpo que tocar. Arregalei os olhos e inspirei  segurando o ar em meu ventre, sabendo o quanto aquilo podia ser fatal se chegasse até nos , e antes que eu pensasse em correr Bethânia já estava na metade do caminho indo em direção ao moinho para se esconder ,  Izaque   passou por mim e me puxou pelo braço me fazendo sair do transe que me encontrava olhando para a nuvem negra .  Corri junto a ele me perguntando o quanto às coisas são desordenadas nessas terras em relevo. E cogitando mais uma vez voltar para a planícies de cristal. 

-Um minuto de paz... É pedir muito?!!!!-

Resmunguei atravessando e pisoteado sem dó todo aquele capim,que cortavam minhas pernas em forma de vingança. 

- Hahaha...Bem viendo á...AAAAAAAAhhh!!!-  

Antes que o pobre garoto dissesse o resto da frase ,colidiu com a parede pedregosa do moinho, e lá abriu-se  uma abertura de tamanho "bom insuficiente para um cavalo ". Uma grande poeira se espalhou do lado de dentro e de fora . Bethânia já estava lá e segurava a porta para quando passássemos, assim ela fecharia rapidamente ,antes fazia movimentos com as mãos para corrermos mais rápido, quando assustou- se com a entrada "triunfal" do moleque. Ele caiu no meio de muitos sacos de farinha que se encontravam empilhados em um canto, e amorteceram sua queda ,alguns até se estouraram  fazendo ainda mais poeira no ar. Eu entrei em seguida, com o impulso da corrida saltei para dentro passando pela abertura na parede e rolei no chão me embaralhando em mim mesmo e na farinha . O moinho por dentro parecia ser um lugar onde ninguém pisava a muito tempo, abandonado . Estava tudo podre e empoeirado, havia caixotes vazios,ou cheios de teias ,armários velhos e sacos de farinha e feijao, alguns furados e esparramados pelo chão. 

-Parabéns Izaque...agora vão entrar pela "cratera" que você fez na merda da parede-Disse me levantando e limpando toda a sujeira que estava na minha roupa , e tossindo com o excesso de poeira . 

-Você que me destraiu com essa sua reclamação!! -Ele disse também tossindo com a poeira , e tentando se reerguer do pequeno incidente. 

-Ata agora a culpa é minha se você não olha pra frente enquanto corre!-

- ÁÁ...Cala essa boca ..!-

-Idiotas!! Me ajudem a tampar esse buraco...-

Bethânia tentava empilhar os sacos na frente da passagem para tampa-la,era a única forma de evitar que a nuvem de pragas sedenta por carne entrasse para nos devorar, então deixei de lado a sujeira em meu corpo e corri para ajudá-la. Izaque que já estava embaixo deles começou a jogar os sacos para nós que de imediato já empilhavamos uns nos outros, mas a nuvem estava próxima e era rápida demais, vinham com o zumbido agoniante e consumiam todo o capim pelo caminho fazendo a antiga trilha se tornar uma estrada. Percebemos que não daria tempo de fechar tudo antes que chegassem,   ficamos cada vez mais desesperados,  correr não adiantaria aquelas circunstâncias, porque não havia mais lugar nenhum para nós escondermos e parar seria suicídio já que não havia outra forma de impedir a nossa retaliação. 

-Izaque mais rápido...estão chegando!!!-Bethânia gritou já que o garoto parou de jogar a farinha . 

-To indo o mais rápido que posso...Mas é que esse aqui não quer sair..! -

Havia um saco que estava preso meio aos outros no chão madeirado ,o garoto fazia força e mais força mas não conseguia ergue-lo por conta dos demais que o prendiam. 

-DE PRESSA MOLEQUEE!!-

Gritei já com todas as veias de meu rosto contraídas, aquele zumbido estava cada vez mais próximo . O inchame de pragas já estava a centímetros de meu rosto, e a morte a milímetros de nós , tudo pareceu acontecer lentamente naquele instante, o olhar de Bethânia sem saber oque mais poderia fazer, o desespero do garoto tentando soltar os sacos uns dos  outros...Até a poeira se movia vagarosa no ar , colidindo com  nossas respirações ofegantes e se dissipando pelos cantos daquela situação caótica ,foi quando tive uma ideia árdua que poderia terminar com toda aquela agonia mas me custaria toda vida que viria a ter,no entanto valeria a pena pois no fim saberia que tudo ficaria bem. Com minha rápida velocidade peguei Bethe pelo ante braço e a puxei para junto de mim,senti seu corpo no meu por instantes mas logo a empurrei para o outro lado a jogando para cima da farinha, ela colidiu com Izaque e os dois caíram ,isso em poucos segundos, rápido como o bater de asas de uma borboleta , corri para debruçar-me emcima dos mesmos e me sacrificaria naquele momento, deixando apenas meu corpo a vista das pragas e seria dilacerada vivo, tamparia os dois e só eu morreria. Mas parece que alguém lá em cima (ou embaixo) gosta muito da minha pessoa, pois quando me joguei em cima dos dois, fiz com que por algum motivo o chão cedesse, não havia nada além dos sacos de farinha tampando um grande algar fundo e escuro e caímos nele nos espatifando numa pilha de ossos velhos. 

-Bethe?Betheee!!?Fersen levanta...ela não quer acordar? -

Ouvi a voz de Izaque que me chamava baixinho  para se proteger do que pudesse estar naquela ravina, mas ecoava pelas paredes. Ele cutucava Bethe que se encontrava estendida no chão ao meu lado ,desacordada .Com minha visão noturna pude ver aonde nós caímos enquanto levantava , e era um túnel longo e escuro.

-Não dá pra ter roupas limpas caminhando com vocês!...-Falei ironicamente me pondo de pé e batendo a sujeira em minhas roupas. 

-Bethânia esta desacordada no chão e é com suas roupas que você se preocupa? - Ele ainda cutucando o corpo dela.

-Desculpa,vem...vamos ver oque tem no final desse túnel !!- 

Coloquei a minha mão no seu ombro o chamando para se colocar de pé junto a mim. 

-E Bethe?você não pretende deixar ela aqui ...ne...?-

-Já que não tenho escolha...deixa que eu a carrego..!-

Coloquei Bethânia nas costas me perguntando como uma mulher tão forte desmaiou com uma "quedinha" dessa, mas me vendo como sortudo por não ter morrido dilacerado por aquela nuvem de insetos impiedosos ,carregar ela não vai ser tão ruim. Fiz uma pequena bola de luz com meus poderes e a deixei flutuando para iluminar o caminho, então comecei a andar com Bethânia nas costas mas percebi que o garoto não me seguiu, então parei, olhei para trás e esperei alguma reação do mesmo. 

-Vamos!!Qual o problema?-Perguntei. 

-Minha perna...-

Ele disse segurando sua perna esquerda , e não dava pra enchergar do que se tratava até eu chegar mais perto e ver que estava com um pedaço enorme de madeira a atravessando, e eu até então não havia percebido. 

-Meu Deus!!!! Você está bem? -

Perguntei assustado, e voltei correndo para o socorrer. Ainda com Bethe nas costas eu me abaixei para dar um jeito naquela grande ferida. Mesmo com o cheiro do sangue ofuscando meus sentidos, tentei ao máximo não me destrair. 

-Olha só...vai ficar tudo bem!! Vou contar até três e no três vou arrancar isso da sua perna! Tabom??-Coloquei uma mão nas costas de Bethe para que ela não caísse e a outra na madeira atravessada na perna de Izaque, e segurei com força.

-ta legal...ta pronto? -Ele fez que sim com a cabeça e mordeu um osso que achou pelo chão. 

-...um...Dooois... TRÊS!! -

Arranquei de uma vez a madeira de sua perna fazendo espirrar sangue para todo lado, em mim e nas paredes da "caverna" que nos encontrávamos, o muleque mordeu com força o osso e gemeu alto de dor. Para estancar o sangue, eu rasguei um pedaço da minha blusa e amarrei na perna dele, que estava suando frio na hora mas com o corpo fervendo. Logo percebi que aquela situação era extrema, teria que carregar o garoto também já que parecia não estar conseguindo mais manter os olhos abertos. 

-Ei...ei!...ei ...voce está bem?!ei?-

Izaque estava quase desmaiando, então tentava mantê-lo acordado dando leves tapas em seu rosto , mas já era tarde, o garoto havia perdido muito sangue e não aguentaria se erguer naquele momento. Enfim o menino fechou os olhos por completo , sobrou apenas eu e dois corpos desacordados para carregar, não poderia usar a velocidade máxima para sair do túnel, pois não sabia oque me encontraria no final, ou no meio do caminho,nao queria arriscar tentar com três corpos para proteger,então oque me restou foi caminhar. Coloquei Izaque em um ombro e Bethânia no outro e comecei a andar, a bolinha de luz me acompanhava iluminando o caminho daquele túnel escuro ,junto ao eco de minha respiração cansada. 

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