CAPÍTULO UM : FESTA DAS COLHEITAS (SHAVUOT)

Annie

A manhã começou agitada, pois hoje celebramos o shavuot¹ e a chegada dos nossos irmãos, que partiram para uma missão fora do paraíso. Estou a caminho das plantações para ajudar os mais novos no plantio e colheita, desde que me entendo por gente esse é o meu trabalho no meu lar e gosto bastante pois me sinto conectada com a terra e com a natureza.

Existem outros com o mesmo trabalho que eu, pois o campo é grande e eu não daria conta se trabalhasse sozinha, minha irmã mary também trabalha no campo com o plantio e a colheita. Saio dos meus pensamentos e me aproximando do campo avistei duas crianças no qual eu fiquei responsável nesta manhã.

— Olá Ana e — eu disse tentando disfarçar o cansaço. Não consigo dormir direito quando o assunto é a celebração do shavuot, pois é uma das comemorações mais importante para nós.

— Tia annie — responderam em uníssono.

— Estão prontos para começar mais um dia de trabalho? — Olhando para eles parecem bastante animados, e admito que amo a plantação e admiro a mãe terra.

— Sim, tia, com a tia Mary eu aprendi sobre as sementes e já estou pronta para plantar novamente — Ana disse de uma forma meiga.

Percebi pela expressão do rosto de Thomás que o mesmo aparentemente não gosta da plantação.

as e juntos todos vamos para a área de refeição. Hoje a fila estava pequena em comparação aos outros dias, creio que é por conta do shavuot, todos têm as suas obrigações tanto em dias normais quanto nas comemorações.

Mas para frente avisto a isobel que pelo visto não gosta muito do seu novo trabalho, os trabalhos não são fixos, exceto das colheitas, mas podem revisar caso o pai ache que você está a muito tempo trabalhando em uma área.

— Hey, isobel, que cara estranha é essa? — perguntei com cara de quem não quer nada.

— Eu só queria voltar à costura, o refeitório não é tão legal quanto a costura — Era a verdade, isobel sempre amou a costura e estar em um lugar que não é a sua área não é legal.

— Pense que é só por um curto período de tempo, isobel, até lá creio que você vai se acostumar.

— Que o pai te ouça Mary!

— Então já vou indo, ao anoitecer nos encontraremos novamente — disse me despedindo dela e a mesma apenas assentiu.

Assim que acabei a minha refeição, caminhei de volta para o meu dormitório para descansar um pouco, hoje a festa será uma das longas.

***

Enquanto alguns descansavam, outros trabalhavam para tudo sair de acordo com a vontade do pai.

Hora da festa

Annie

Ao anoitecer a festa já tinha começado, o lugar estava radiante como nunca havia visto antes, a frente avisto as meninas e vou a caminho delas.

— Mary, Isabel, vocês estão lindas como sempre — Era verdade, as meninas estavam arrasando.

— Obrigada Annie, você também está muito bonita! — Responderam juntas.

— Obrigada meninas — Falei envergonhada.

— Olha só, os meninos chegaram, vamos falar com eles - Disse Mary e eu apenas assenti.

Chegando perto de João percebi que também estava lá o Will e o Daniel o outro eu não conhecia.

— Annie, mary e isobel que saudade de vocês - Disse João

— Olá meninas— Falou will e daniel

— Meninas esse daqui é o Lucas, creio que a mary já conheça.— disse João

— Oi Lucas, é muito bom te ver de novo — Mary falou cumprimentando com a mão e dando um sorriso.

— Também é bom te ver mary.

— Prazer, Isobel, meu nome é Lucas.

— Prazer Lucas.

— Prazer em te conhecer, Annie.

Senti um grande arrepio quando o vi, e fiquei sem reação com aqueles olhos castanhos e o seu belo sorriso.

— O prazer é todo meu, Lucas. Espero que possamos ser bons irmãos de alma.

— Também espero, pelo visto, nos daremos bem.

Aproveitamos o resto da festa e com orgulho o pai anunciou a volta dos nossos irmãos, a festa durou até o amanhecer e no outro dia todos nós estávamos livres para aproveitar.

Me diverti bastante com os meus irmãos e confesso que o que estava sentindo pelo irmão Lucas era uma coisa nova e diferente do que eu já tinha sentido por qualquer outra pessoa do nosso lar, repreendo esse sentimento estranho, até porque seria algo impossível ter algum tipo de relação se não fosse apenas os laços de irmandade.

A caminho do meu dormitório avistei Lucas e João e os cumprimentei e segui adiante, quando percebi que o irmão Lucas está me acompanhando.

— Aconteceu algo com o Lucas? — Perguntei querendo matar a minha curiosidade.

— Não, apenas senti a necessidade de te acompanhar até o seu dormitório.

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