CAPITULO 2

Angélica Ross.

Chego em casa feliz da vida após assinar um contrato para trabalhar no melhor hospital do país, para uma recém formada isso é um feito e tanto. Graças a herança que eu e meu irmão recebemos após a morte dos nossos pais, eu pude me dedicar completamente aos meus estudos sem precisar trabalhar, conseguindo me formar com notas louváveis.

Eu me formei em Medicina, um dos meus maiores sonhos e o meu irmão se formou em Engenharia, mas tem um ótimo talento para aplicações na bolsa de valores, aprendeu com o nosso pai.

Voltando a mim, eu não queria só ter um diploma, eu queria trabalhar no melhor hospital que existe, nem consigo acreditar que tudo está dando tão certo na minha vida. 

- Angel, cheguei - escuto meu irmão gritar e corro em direção a sala.

- Tone - chamo sua atenção - Eu sou a mais nova contratada da Cooper Clinic - grito feliz e faço uma dancinha da vitória.

- Que felicidade, mana - ele me abraça apertado - Parabéns, sei que era o seu sonho.

Eu e o Antone somos irmãos gêmeos, desde crianças somos muito próximos e companheiros, quando os nossos pais morreram em um maldito acidente de carro só sobraram nós dois, tivermos que ser muito fortes para suportar tamanha dor. A gente tinha apenas quinze anos quando tudo aconteceu, nossa avó paterna terminou de nos criar, porém quando fizemos vinte anos ela nos deixou, isso foi a quatro anos atrás.

Essas desgraças que aconteceram na nossa vida, só serviu para nos deixar mais forte e unidos, foram momentos difíceis, mas decidimos nos apegar aos momentos felizes que vivemos com eles e com o tempo a dor amenizou, ainda sinto falta deles mas sei que eles nos queriam felizes e seguindo as nossas vidas, batalhado pelos nossos sonhos.

- Eu vou trabalhar direto com o Doutor Cooper.

- O dono do hospital? - questiona chocado - Já ouvir falar muito dele, dizem que é o melhor cirurgião do país.

- Sim - confirmo - Isso é maravilhoso, tenho certeza que esse emprego será o meu passaporte para entrar no mercado e fazer o meu nome.

- Você já conheceu ele?

- Só por foto - falo dando de ombros - Vem ver - pego meu notebook e procuro por Vicente Cooper no G****e.

- Minha nossa senhora dos homens tesudos - meu irmão fala quando viro o notebook - Que homem lindo.

- Limpa essa baba ai - falo rindo.

- Esse homem é uma tentação ambulante - ela fala sem desviar o olhar - Ele é hétero? - questiona - Que a resposta seja não – sussurra.

- Sim - dou risada da sua cara de decepção - As vezes alguns sites de fofoca o flagra com alguma mulher, e detalhe, nunca é a mesma mulher, mas tudo fica muito bem abafado para não comprometer a imagem do hospital.

- Ainda assim ele é muito gostoso – fala se abanando – Pensei que teria uma chance.

- Abaixa esse fogo ai, ele nem é tudo isso.

- Ele é tudo e muito mais - ele pega a minha cabeça e aproxima da tela do notebook - Se você disser que esse homem não é um Deus da beleza você está maluca.

Reviro os olhos e olho atentamente a foto, claro que o Doutor Vicente Cooper é um homem muito bonito, mas não vou dizer isso em voz alta para o meu irmão ouvir. A pele clara, o cabelo castanho claro quase loiro, os olhos verdes e a barba rala dá a ele um ar sexy de quem sabe o efeito que causa nas mulheres e até em uma determinada massa masculina, como é o caso do meu irmão. Algo nesse homem me intriga, sinto uma sensação diferente olhar para a foto dele, algo que ainda não sei explicar.

- Ele é meu chefe agora - empurro a mão dele para longe da minha cabeça - Não posso olhar para ele dessa forma.

- Vou fazer medicina também, só para ver esse colírio todos os dias - ele diz se abanando.

- Você não existe - dou uma gargalhada.

- Você é uma sortuda, sua safada, mas vamos deixar seu chefe gostoso para lá - ele se levanta - Vamos comemorar, a minha irmã caçula está finalmente realizando um sonho.

Eu e o Tone, decidimos continuar morando juntos depois que nossa avó partiu, não para economizar, mas por amor mesmo, somos só nos dois no mundo e é por momentos como esse que sou grata por ter um irmão, não sei o que seria de mim sem ele.

A gente criou uma regra para a boa convivência, que é nunca e em hipótese alguma trazer um ficante para nossa casa, só se essa pessoa for importante e valer a pena, no meu caso é sempre uns beijinhos, ainda não me entreguei a um homem, não por religião ou algo do tipo é que nenhum nunca me despertou interesse. Diferente do Antone, quando as coisas esquentam ele leva o ficante para algum motel caro da cidade.

- Enquanto eu estava esfoliando a minha pele de pêssego pensei - ele da uma pausa só para me irritar e reviro os olhos - Que a gente poderia se mudar para um apartamento ou uma casa se preferir, uma que seja perto do seu trabalho.

- Eu acho uma ótima ideia - respondo feliz.

- Podemos começar a olhar uma casa.

- Poderia ser um apartamento - digo pensativa.

- Por mim tudo bem - ele diz pegando o celular - Já estou entrando em contato um corretor.

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