A INVESTIGAÇÃO DO ASSASSINATO DO CLUBE

     Seu Hélio Abreu, dono do shopping, entra na loja matriz e vem na direção de Suzana.

     Como vai seu Hélio, em que podemos servi-lo, eu quero alguns espelhos para o shopping, mais quero com molduras feitas sob medida e trabalhadas no estilo do móvel que a senhora tem no lado direito da loja, gostaria de saber quem fabrica para vocês.

     Suzana responde que eles estarão na loja para entregar um produto para um cliente no mesmo dia durante a tarde se ele quer falar diretamente com eles ou se ela pode intermediar o negócio para ele.

     Ele responde o que deseja, ela mostra alguns modelos de espelhos feitos sob medida em móveis que a loja vende.

     Ele vê um que se enquadra no que ele deseja, e marca que a loja vá ao shopping fazer as medidas e faz a encomenda.

     Suzana pergunta como vão os familiares e ele diz que Sabrina, sua filha fora estudar nos Estados Unidos, estava andando demais com o filho de seu Manoel que estava se transformando em uma relação tóxica e ele de medo que algo ruim acontecesse a filha, mandou-a para os Estados Unidos.

     Suzana não entra em detalhes, só escuta o homem.

     Quando chega em casa e conta a Everton, o homem diz que já não era sem tempo, essa moça ia acabar morta por ele.

     O que Suzana, não sabe, é que os espelhos, são uma estratégia de segurança do shopping, para as câmeras de filmagem, pois o homem anda intranquilo desde a morte dos rapazes no casamento de Jamil, e teme por sua família e por seus negócios.

     Everton diz a Suzana, o que ele não te disse é que Manoel é dono de muitas lojas dentro do shopping do homem, e eles têm estreitas relações, e devem saber que foi o filho do homem que passou  desta vida para a melhor Lucas e Álvaro.

     Os pais de Álvaro e Lucas, são pessoas muito ricas, e tenha a certeza que tem muita coisa por trás do assassinato desses meninos.

     Para quem pensa que o problema dos meninos foi o filho de seu Alberto, se enganou feio.

     Muita coisa surpreendente irá acontecer durante a investigação.

     Os dois meninos, viviam de balada em balada, eram usuários de narcóticos, e tinham negócios lícitos e ilícitos com diversas pessoas da sociedade a sua volta.

     Ambos eram sócios em uma loja de componentes eletrônicos, pois estudaram eletrônica, juntos.

     Se respeitavam profissionalmente, na eletrônica.

     Tinham hábitos muito parecidos, gostavam de frequentar os mesmos lugares, e tinham familiares poderosos e os pais eram sócios.

     Manoel, não era o problema dos garotos, foi o único identificado de imediato, pois entrou no salão guardando a arma.

     Mas a arma que guardava nas costas, não foi a utilizada no crime dos dois.

     A arma que matou os meninos era uma arma só usada por militares e a arma de Manoel, era um trinta e oito comuns.

     O que ninguém sabe é que Manoel usou a arma para defender-se dos assassinos do rapaz, que eram “amigos” dos três, mas que vieram cobrar “dívidas”, que os dois tinham, e a dívida não era de mulher, e nem drogas.

     Os indivíduos conheciam desde muito tempo os três, e tinham raiva, dos meninos por causa da loja, e de situações ocorridas no tempo da escola secundária.

Manoel sempre andou armado, e tem fama de mau, os outros o temem, o que o fez se manter vivo.

     Quando entrou no salão, com a arma na mão, era uma provocação, a uma pessoa presente no ambiente, essa pessoa estava atrás de Everton, por isso que ele viu a arma.

     Pois Manoel fez questão de mostrar, pois a pessoa atrás de Everton, mostrou a sua para ele, discretamente.

     No vídeo do clube que filmava tudo dentro do salão, dá para ver as imagens.

Inclusive, o rosto de Everton muda de expressão quando olha para frente e vê o homem entrar armado e vir na direção do filho.

     Jamil, o noivo, estava nas costas do homem que Manoel mostrou a arma.

     E Letícia, à sua frente, não viu a cena também, felizmente.

     A segurança do clube é feita toda por câmeras de filmar, e ao serem encontrados os corpos, eles tinham filmada a cena toda.

     E como todo o desenrolar da cena é filmado, Manoel será inocentado.

     Lucas e Álvaro, saem dar uma volta no lado aberto do salão, começam a conversar, acendem um cigarro de maconha, fumam, quando Manuel chega e pergunta a eles alguma coisa.

     Os dois respondem e indicam em uma determinada direção, quando Manoel sai caminhando na direção apontada por eles, vem vindo de encontro três elementos que falam alto e vem na direção de Álvaro e Lucas.

     Eles estão vestidos de preto da cabeça aos pés, a roupa mais parece um uniforme de garçom, sem a gravata borboleta, que um rigor completo, mas de alguma maneira conseguiram entrar no clube.

     Manoel, estranha a presença e pergunta quem são.

Eles o empurram, e nesse momento reconhece os três, Álvaro grita para que ele não fale nada e esqueça o assunto para o bem dele.

     Nisso um deles vem na direção de Lucas e o atira, a seguir, atira também em Álvaro, o terceiro briga com Manoel, que dispara, duas vezes seu revólver na barriga do elemento, que é socorrido pelos comparsas e eles trocam tiros e saem com o ferido dali.

     Manoel entra no salão, e o irmão de um dos homens está lá dentro e quando vê Manoel, voltando da parte exterior vivo, guardando a arma, lhe mostra que pretende terminar o que os irmãos começaram.

     A festa segue, ninguém percebe nada.

     Manoel sai pela outra porta que tem no salão e vai para sua casa, levando a namorada, Sabrina, a contra gosto.

     Com Sabrina, com ele, ele anda olhando tudo à sua volta, na ida até a casa da moça, para deixá-la em segurança na casa de seus pais e vai para casa.

     Ele não deixa a namorada para trás de medo que a matem.

     Quando chega em casa pega dois seguranças de seus pais e vai na busca dos assassinos de Lucas Miríades e Álvaro Berloque, pois se lembrou de onde vieram aquelas figuras e sabem onde moram, mas não os acha.

     Ele pensa saber a motivação do crime, pois foi dito na chegada, dos rapazes, algo que fez Manoel voltar, para ajudá-los.

      Manoel, estranhou o que viu e ouviu e voltou pois estava armado para ajudar os dois, nesse momento ele reconheceu os rapazes, que eram empregados comuns a seu pai e aos pais dos rapazes.

     Ambas as famílias os mandaram embora de seus negócios, por estes agirem de forma que não condizia com a “conduta” da empresa.

     Mas como ele era um contra três, só feriu um, e os outros dois saíram ilesos, e isso o preocupava .

     Manoel, que já era “tóxico”, ficou mais “tóxico” ainda, pois sabe quem são os caras e os caras quem é ele, quem são seus pais, quem ele namora.

     Aí a coisa ficou séria.

     E a relação dele com Sabrina ficou parecendo uma relação de posse, pois ele estava muito cuidadoso com a moça, por saber o que tinha ocorrido naquela noite.

     A moça não é santa e ele sabe disso, mas ele também não é.

     Com isso tudo o pai da moça a tirou do Brasil, para alegria de Manoel, que acha que a moça agora não corre mais risco.

     Ela não é santa, mas a relação deles é consensualmente aberta, os dois, sabem das traições um do outro, pois vivem uma relação aberta.

     E só quem sabe disso são os dois.

     Os investigadores, pegaram telefones celulares, computadores, e muito mais coisas das lojas e dos jovens mortos e das pessoas a sua volta no dia a dia.

     Muita bomba está explodindo no caso, que corre em segredo de justiça.

     Os pais de Álvaro Beloch e Lucas Miríades, são sócios em uma joalheria, e toda vida lidaram com ouro, garimpo e muita coisa lícita e ilícita e agora está vindo tudo à tona com a morte dos filhos.

     Muita coisa está sendo jogada no ventilador.

     Os jornais não param, tem notícias de todo tipo, dos pais dos rapazes, dos rapazes mortos, e só não se fala de quem foi, que os matou, para os assassinos não fugirem.

     Fala-se em mortes no garimpo, dos pais dos rapazes, fala-se de tráfico de entorpecentes feito pelos rapazes, fala-se de empregados da joalheria que seriam assassinos sob encomenda, fala-se de burlarem imposto de renda nas empresas das famílias.

     Quando vem à tona que o assassinato foi filmado e quem foi quem deu os tiros, e Manoel Barbosa, conta  sua versão para o que aconteceu, e é inocentado da morte dos rapazes., Everton diz para a esposa que a história está mal contada.

     Credo Everton, que implicância com Manoel.

     Fico feliz por não ter sido ele a matar os rapazes, mas tem alguma coisa me dizendo que a história não é bem essa.

     Me tranquiliza a ideia de nosso filho não estar em perigo, porque seu Alberto é um ótimo cliente.

     Mas meu instinto está dizendo, tem coisa aí.

     Suzana comenta com o filho Sandro o que o pai falou.

      Everton, ficou feliz em saber que seu Alberto não está com um filho assassino dentro de casa, e que você não corre o perigo que ele pensava.

     Pelo menos ao que se sabe o meliante que ele baleou, sobreviveu.

     Apesar disso, o Everton diz se sentir mal, com qualquer aproximação da família Barbosa, mas não externar sua preocupação, para você,  pois não sabe por que, se sente assim.

     Sandro diz a mãe:

     Sabe mãe, eu concordo com papai, tem alguma coisa nessa história, que me faz sentir arrepios quando vejo Manoel em qualquer lugar.

     Não sei se foi a impressão que ficou da noite do casamento, mas tem alguma coisa nele que me dá uma certa repulsa.

     Sinceramente não sei o que é.

     Credo figas filho, você e teu pai, estão muito encanados com as coisas, desencanem

     Mãe não é encanar.

      Sabe, é como se algo estivesse me avisando, que tem alguma coisa errada ali.

    Sexto sentido apurado quem tem é mulher filho, e você e seu pai estão parecendo farejar encrenca, credo.

     E você mamãe, não sente um peso no ar, quando eles se aproximam.

     Ela pensa um pouco, não os vi mais pessoalmente desde aquele dia.

     Quando o ver, me diga o que sentiu, até lá mamãe, evite essa família.

     Suzana não fala nada, mas fica encucada.

MURBAQUINHA

Na sociedade mais alta, também acontecem crimes surpreendentes....

| Gosto
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo