Cap.3

“As coisas sempre têm um lado bom e um lado ruim. Cabe a você escolher para qual deles irá olhar.”

Autor desconhecido.

*Crystal White*

Estava assinando o último contrato do dia quando escuto alguém bater em minha porta.

— ENTRA!

— Crystal... – meu advogado adentra meu escritório sério

— Camillo? Algum problema na área jurídica?

— Não... – solta um riso nervoso — Eu só... Queria saber se você quer... Ou quem sabe, gostaria de sair comigo? Talvez um café amanhã?

— Eu não tenho tempo para isso Camillo, tenho filhos e quando não estou na empresa estou com eles.

— Eu entendo, mas se algum dia você quiser sair para tomar um café, minha proposta ainda estará de pé. – se aproxima e beija o canto dos meus lábios

Que perfume gostoso...

Sorrio sem graça

— Vou me lembrar disso, até amanhã Camillo.

Desço de elevador e vou direto para a garagem.

Certeza que ele falou aquilo no calor do momento! Ele não vai vir, eu sei que não.

Chego na garagem e nada da Mercedes vermelha.

Ótimo vai ser como se eu nunca tivesse dito nada! suspiro em um misto de alívio e decepção

Me inclino sobre o carro e começo o meu dilema de todos os dias... Procurar minhas chaves dentro da bolsa da Dora aventureira!

Quando estou quase pegando a merda da minha chave sinto um corpo forte invadindo meu espaço pessoal e a perco novamente _Inferno!

Meu Deus, que seja o Thomás! Senhor, não esqueça que ainda tenho dois filhos para criar!

— Olá, Crystal – escuto sua voz grossa e sensual atrás de mim e solto um longo suspiro de alívio

— Ãhn... Erick. – digo me virando

— Vamos?! – pergunta sorrindo. Nossa senhora das calcinhas molhadas, que sorriso lindo! Onde está os defeitos desse homem?

— Cadê seu carro? – pergunto vendo ele se encostar na minha caminhonete

— Vim com meu motorista. 

— Entendi, espera só mais um pouquinho, eu não estou achando a chave... – mas que porra! Foi pra Nárnia aquela merda?

— Também, olha o tamanho dessa coisa! Dá para carregar uma pessoa aí dentro

— Pare de exagero... – digo com toda a minha concentração voltada para dentro da minha bolsa... —  ACHEIIII!!!!!! – grito feliz dando alguns pulinhos — Vamos! – pego sua mão, mas solto no mesmo segundo ao sentir uma corrente elétrica estranha se alastrar por todo meu corpo.

Estou lendo muitos livros!

Encaro Erick e resolvo ignorar o que acabou de acontecer entrando no carro junto dele.

— Posso? – aponta para o rádio.

— Sinta-se a vontade.  – sorrio e volto minha atenção para a estrada.

Ele liga o rádio e a voz de Zé Neto e Cristiano preenche o espaço com a letra romântica de “Te amo.”

“Eu não saberia acordar todo dia olhar do meu lado e não te sentir

Não aceitaria olhar mais no espelho sabendo que um dia te deixei partir

Eu não imagino como seja o mundo sem você por perto eu não posso seguir...”

Me desculpa por tudo que fiz se te fiz infeliz e nunca admitiTe amooooo oooo... Te amooooo oooo...” – ele canta  no momento em que eu paro no sinaleiro e ficamos nos encarando fixamente — Essa música é linda – diz me encarando   intensamente

Nossos rostos estão tão próximos que posso sentir sua respiração quente batendo contra meu rosto, se ele avançar eu sei que não vou conseguir recuar por que ele tem um maldito fio invisível que sempre me puxa mais e mais pra ele.

Quando estamos pra encostar nossos lábios um carro atrás de nós buzina me tirando do transe.

Que merda eu estava prestes as fazer?

Volto a dirigir até chegar na  creche das crianças e em nenhum momento desvio os olhos da estrada.

— Fique aqui, que eu vou buscá-las... Por favor vai com calma!

— Tudo bem... – volta me encarar e olha aí, o maldito fio invisível de novo! Me obrigo a desviar nossos olhares e saio do carro sentindo seu olhar queimando  minhas costas.

Caminho até a sala dos meus filhotinhos e assim que a professora me vê na porta, acena e traz minhas crianças.

— Meus amores! – puxo meus bebês para meus braços e beijo seus rostinhos de anjo com ternura —  Hoje vocês vão conhecer uma pessoa muito especial! – digo séria encarando meus dois bens mais preciosos.

— Quem? – Luccas pergunta

— É um amigo da mamãe, meu bem!

— É seu namolado, mamãe? – Clara pergunta

— Não, ele é só um amigo! Agora venham

Entramos no carro e coloco eles na cadeirinha, passo o cinto de segurança e volto pro banco do motorista.

— Então crianças, esse é Erick Collins. – os apresento e começo a dirigir

— Oi – Clara diz sorrindo para o pai e vejo os olhos verdes dele  brilharem

— Oi... Clara, certo?

— Sim!

— Mamãe disse que vucê é um amigo... Por que eu nunca ti vi antes? – Luccas pergunta sério

— Eu...

— Luccas!

— Eu ti tentando ti proteger, mamãe!

— Não precisa porque ele...

— Eu sou o pai de vocês!  – freio o carro bruscamente ao escutar o que acaba de sair da porra da  boca dele

E o exame de DNA que ele tanto queria vai pra onde? Porra eu sei que eles são filhos deles, mas... PORRAAA!!!! Ele não estava desconfiado?

— Porra, Erick, era pra ir com calma cacete! – falo furiosa batendo no volante desejando que sua cara apareça ali para que eu possa socar esse idiota!

— Mamãe falou palavrão feio! – Clara me repreende

— Ohh, meu amor, desculpa a mamãe, tá? Escapou eu prometo não falar mais!

— Tabom... Posso chamar ele de papai? – Clara pergunta enquanto Luccas observa tudo calado

— Claro que pode filha, eu posso te chamar de filha?

— Pode sim, papai! – vejo uma lágrima escapar de seus olhos verdes e descer pela sua linda face.

Meu Deus, eu tô pior que a Luciana!

— Então você é nosso papai? – Luccas quebra o silêncio, perguntando

— Sim.

— E você vai brincar comigo, igual todos os papais?

— Vou sim.

— E você vai se casar com a minha mãe? E nos dar irmansinhos? – Clara pergunta animada pulando no banco de trás (nem preciso falar que fiquei vermelha, né?)

— Talvez... – ele responde olhando pra mim com um sorrisinho no rosto

— Chega, né? Vamos para casa, para vocês passarem um tempo juntos.

Volto a dirigir e não me permito olhar para o banco passageiro.  Ele e nossos filhos... Que palavra estranha! Vou demorar para me acostumar com ela.

Os três conversaram durante todo o caminho. Nunca pensei que eles aceitariam a novidade melhor que eu.

Presa no emaranhado de pensamentos aleatórios, nem percebo que já estamos chegando em casa

— Né, mamãe? – Clara pergunta me fazendo olhar pra trás... Olhar pra ele. Me sinto nervosa com tantos olhares curiosos direcionados a mim

O que ela disse mesmo?

Dou de ombros e resolvo apenas concordar.

— Sim meu anjo, vamos.

— Viu, falei que o papai era muito lindo e a mamãe concordou – ahh Deus, eu só posso ter grudado chiclete na cruz e dançado o ragatanga!

— Depois conversamos sobre como você me acha bonito – ele cochicha no meu ouvido de um jeito tão sexy que acho que quase tive um orgasmo só de escutar sua voz

Merda!

Ele encara minhas pernas se contraído uma contra a outra e sorri malicioso

Filho da puta, ele arruinou minha calcinha!

— Quer ajuda? – pergunta sussurrando no meu ouvido esfregando sua ereção na minha bunda

Que abundância senhor...

Ok, definitivamente eu estou igual a Luciana!

— N-não... – respondo ofegante

— Certeza? – morde o lóbulo da minha orelha e sinceramente começo a considerar aceitar a...

— Mamãe! – Clara grita me fazendo sair do transe!

Caminho até ela entrando em casa vendo minha filha sentado no sofá balançando as pernas

— Eu tô cum fome... – diz passando as mãos na barriga

— Bela decoração. – Erick diz com um sorriso encantador

— Obrigada. – agradeço sorrindo — Crianças, levem o pai de vocês para a brinquedoteca que eu vou m****r a Vanessa fazer algo para...

— Que se tal nós mesmos prepararmos nosso jantar? – Erick sugere me cortando

Ok, não vai rolar a cozinha não morre de amores por mim!

— Eu não sei cozinhar.

— Eu posso te ensinar a fazer muitas coisas, princesa – sorri sugestivo

— Eu agradeço – vejo ele abrir ainda mais o sorriso

Merda, odeio perguntas de duplo sentido!

Por que comigo Deus? Agora ele deve estar pensando que eu sou uma oferecida!

MAS VOCÊ É! _ minha deusa interior grita e eu a ignoro com sucesso.

— Qu-Quer dizer a comida... Ãhn... Vamos logo antes que eu desista!

— Então vamos crianças.

— Tá bom papai! – dizem animados e guiam o pai para a cozinha

— E então? O que vamos fazer senhor master chef? – pergunto vendo que ele está mexendo na geladeira

— Hum... Que tal uma lasanha? Já temos o frango desfiado, podemos preparar arroz, um suco de laranja e de sobremesa comemos um sorvete de baunilha com caramelo. – meus olhos brilham

Amo sorvete!!!

— Pelo o que podemos começar? — pergunto

— Pela lasanha. – assinto

— O que nós fazemos, papai? – Clara pergunta

— Hum... Peguem o queijo, o presunto, quatro tomates, aquela massa de pastel ali para mim – ele aponta e eu ajudo as crianças a pegarem tudo que ele pediu.

Meia hora depois as crianças estão bocejando e já sei que estão cansadas.

— Meus bebês venham com a mamãe, vocês precisam dormir um pouquinho. Eu prometo que quando tudo estiver pronto eu e o papai vamos acordar vocês.

Tabom...

Subo as escadas com Clara no colo e segurando a mãozinha pequenina de Luccas.

Dou banho neles, eles vestem seus pijamas e se deitam na cama.

— Te amo, mamãe – Luccas diz acariciando meu rosto

— Eu também... – beijo seu rostinho — Amo vocês dois! – repito o gesto com a Clara

Desço as escadas sentindo um cheiro delicioso

— Hum... Você sabe cozinhar mesmo, o cheiro está divino! O que você está fazendo?

— O molho. Você pode fazer o arroz?

— Hum... Claro. Como que faz isso? – pergunto me amaldiçoado internamente por não saber fazer um simples arroz. Eu sempre fui um completo desastre na cozinha, tudo de ruim que pode acontecer em uma acontece comigo!

— Como você não sabe preparar arroz?

— É que eu sou definitivamente um desastre na cozinha, ela me odeia pra falar a verdade! Mas me diz o que tenho que fazer que eu te ajudo no que posso.

— Pegue o arroz. – passo os olhos pela cozinha e logo acho o arroz.

Merda, está muito alto!

Pego uma cadeira e antes de subir peço a Deus para nada de ruim acontecer. As cozinhas me odeiam!

Subo na cadeira e mesmo assim aquele pote desgraçado continua fora do meu alcance, gemo em frustração.

Me inclino mas e fico na ponta dos pés e consigo sentir o gelado do vidro por alguns segundos antes de me desequilibrar e cair pro lado.

Definitivamente as cozinhas me odeiam!

Fecho os olhos e começo a me preparar para o impacto, 3...2...1..

Abro os olhos e vejo seu olhar escurecido em minha direção... Devido a proximidade perigosa não consigo resistir e avanço meus lábios contra os seus.

Seus braços agarram minha cintura e me colocam sobre o balcão da cozinha.

Eu preciso sentir o corpo dele sobre o meu de novo... Preciso, mas não posso. Não posso deixar isso avançar!

Com pesar paro o beijo e desço da bancada olhando pra tudo menos pra ele

— Vamos continuar fazendo a comida e obrigada por não me deixar cair!

— Ok... – diz com a voz rouca —  Como foi a gravidez dos gêmeos?

— Foi bem tranquila. Não tive muitos desejos, a única parte ruim e dolorosa foi o parto, eu juro que nenhuma cólica tinha me preparado para aquela dor.  Mas foi quando eu ouvi o chorinho da Clara que meu mundo parou, toda a dor desapareceu e eu senti minhas forças sendo restauradas para trazer meu menino ao mundo! – digo com os olhos cheios d'água me lembrando tanta da dor quanto da emoção

— Queria ter visto eles nascerem – suspira — Me perdoa por não estar ao seu lado, Crystal? Eu juro que serei o melhor pai do mundo para os nossos pequenos! – diz com o semblante meio triste

— E o exame de DNA? Você não disse que era impossível que eles fossem seus filhos?

— Não era tão impossível assim... – murmura tão baixo que eu quase não consegui escutar

— Por que agora não é tão impossível assim? Vai, justifique sua resposta! – sorrio

Se minha professora de história me visse agora...

— Eu tinha uma... Digamos... Uma foda...

— Permanente?

— É, quase isso! – suspira — No dia seguinte em que você me abandonou no meu apartamento — reviro os olhos e ele sorri — Naquele mesmo dia descobri que Lia estava furando todas as minhas camisinhas com agulhas para tentar engravidar

— Você ainda... – QUEEEE!? Porra, olha a pergunta que eu ia fazer! Se ele ainda sai com essa Lia o problema é dele!

— O que você ia pergu...?

— Nada importante! Esqueça! Hum... Acho que vou lavar a louça suja. – digo saindo de perto dele e caminho até a pia

Não, nada da vida dele afeta a mim! Ele é só o pai dos gêmeos, mais nada! Idaí se ele ainda come a vadia que furava as camisinhas? Tô nem aí! Que se foda!

— Você nunca pensou em me procurar? – termino de guardar a última panela no escorredor de louças e me viro pra ele com as sombrancelhas arqueadas

— Você tem ideia de quantos Ericks de olhos verdes existem no mundo?

— Não – ri

— Por algum motivo seus olhos sempre atormentavam meus sonhos – só percebo o que disse quanto vejo seus olhos brilharem desejo.

— Então quer dizer que você tinha sonhos comigo, loirinha? – sorri malicioso

Definitivamente eu deveria ter a boca lacrada! 

— Com seus olhos, somente com os olhos! – digo dando de ombros  voltando a fazer o que eu estava fazendo

Concentre-se em secar as panelas, concentre-se em secar as panelas, conc...

Sinto suas grandes mãos em minha cintura e logo sou virada de frente pra ele

— Depois de você nunca mais fiquei com nenhuma loira – eu deveria ficar me sentir lisonjeada com isso? —  E esses seus olhos são tão... Tão lindos que nem se eu quisesse, conseguiria esquecê-los.

Ele não ficou com nenhuma loira? Então quer dizer que com morenas e ruivas sim... Uiii! Por que isso me incomoda?

Encaro seus lábios a centímetros dos meus e me sinto ofegar

— Merda! – sussurra puxando meus lábios com os dentes — Você será minha perdição, loirinha! – diz e choca seus lábios contra os meus duelando com minha língua em um beijo feroz e extremamente excitante

— MAMÃE E PAPAI TÃO SE BEIJANDO! MAMÃE E PAPAI TÃO SE BEIJANDO! MAMÃE E PAPAI TÃO SE BEIJANDO... – Clara começa a gritar pela casa e eu fico totalmente sem reação.

— Você tá bem? – encaro o homem a minha frente e o vejo sorrindo de lado

— S-sim... – respiro fundo — Clara White, se você falar algo disso pra suas tias eu te deixo de castigo por duas semanas, ok?

— Tá, tá, tá, tá!  – responde sorrindo empolgada

— Cadê seu irmão, meu anjo?

— Estou aqui mamãe!! – ele responde entrando na cozinha.

Quando estávamos quase terminando a janta sinto jogarem algo em mim, me viro e vejo Clara no colo de Erick e os dois miliantes com as mãos sujas de farinha

— Vocês não fizeram isso...

— Foi ele, mamãe – Clara aponta para o pai

— Foi é? – arqueio as sombrancelhas encarando minha pequena cópia

— S-sim... – sorrio e jogo um copo de farinha que estava ao meu lado neles dois os deixando branco

— Ops... – digo e vejo meu filho rir e Clara jogar farinha nele iniciando uma divertida guerra de farinha que destruiu toda a cozinha

Mando Karina limpar tudo antes da Nêssa ver essa bagunça e acabar com a minha raça... Eu já disse que a cozinha é um lugar proibido pra mim?

Fazer esse jantar foi algo muito bom e divertido, não sabia que cozinhar era tão relaxante e também não sabia que o senhor frieza poderia ser tão gentil e educado.

Vocês não acharam que eu não pesquisaria tudo sobre a vida dele, acharam?

Apesar dele não ter me contado sobre sua fama eu sei muito bem dela, ele é conhecido como um homem frio e que costuma sair com várias mulheres, a maioria modelos morenas e gostosas pra caramba

Totalmente o oposto de mim, claro.

Durante o jantar fiquei encarando Luccas que comeu somente algumas colheradas da sobremesa e depois deu praticamente a taça inteira para Clara

Depois do jantar Erick brincou por mais uma hora com as crianças e antes de ir embora me deixou bem claro que qualquer coisa com as crianças devo ligar para ele.

Assim que ele foi embora, dou mais um banho nas crianças e coloco os pijamas de novo.

— Boa noite, meus amores. – sussurro apagando a luz saio do quarto deixando a porta entreaberta.

Agora preciso de um banho também, né minha gente? Afinal estou completamente esgotada!

(...)

Acordei no meio da madrugada, com a Clara me chacualhando

— O que foi, meu amor? Pesadelo? – pergunto com a voz ainda um pouco sonolenta olho para o relógio e são exatamente três da manhã

— Mamãe, o Luccas tá tremendo e tá muito quente. – nesse instante meu sono foi embora e a preocupação bateu na porta.

Meu pequeno estava com muita febre e reclamando de dor na garganta... Acho melhor levá-lo para algum hospital e se for algo grave?

Vou levá-lo em um hospital bem renomado que fica a alguns kilômetros daqui, o Carter's.

Ligo duas vezes para Sáfira e cai na caixa postal.

Luciana que você não esteja transando numa hora dessas, garota!

Ligo pra minha irmã mais nova, e ela atende no segundo toque.

— Você já viu que horas são? – pergunta com a voz totalmente rouca indicando que estava dormindo.

— Luciana, você pode vir agora até minha casa? Preciso que você fique com a Clara porque vou  levar Luccas pro hospital.

— O que ele tem?

— Depois eu te explico, em quantos minutos você pode  chegar aqui?

— Em 30 minutos eu chego!

Dou um banho não muito quente no Luccas para baixar a febre e coloco uma roupinha leve nele.  Visto uma calça jeans, uma bota, e coloco um sobretudo. Pego minha bolsa e jogo o celular, os documentos do Luccas e as chaves do carro lá dentro. Pego minha bolsa e Luccas no colo, desço com ele e Clara para o andar de baixo e espero minha irmã chegar, o que graças a Deus não demora muito.

Minha irmã chega na minha casa de robe preto e com uma pantufa em um pé e um chinelo no outro.

Estaria rindo muito agora se não estivesse tão desesperada!

— O que aconteceu?

— Luccas não está bem, você pode cuidar da Clara para mim?

— Claro.

— Obrigada, como ainda é de madrugada pode deitar com Clara na minha cama e dormir – ela acena com a cabeça e eu saio em disparada para a garagem. No meio do caminho Luccas vomita tudo que comeu no jantar e se eu estava preocupada antes agora estou beirando o desespero supremo!

Depois que ele termina entro no carro e vou direto para o hospital, entro lá correndo e paro na recepção com meu filho no colo, a atendente me olha por cima dos óculos e volta a lixar a porra das unhas.

Filha da puta!

— Olha aqui se você não olhar agora para mim, eu juro que boto a porra desse hospital abaixo e enfio essa lixa no seu cú, faça a droga seu trabalho cacete! – ela me olha e dá de ombros, vou matar essa desgraçada! — Se você não me atender agora eu faço questão de ir até o dono desse hospital e fazer de tudo para ele te demitir imediatamente!  – ela dá um pulo na cadeira e volta sua atenção para mim

— Senhora vou chamar o doutor Diego Carter – ela pega o telefone e liga para alguém, logo chega um médico e o leva enquanto eu fico lá na recepção assinando a ficha dele.

Entrego o pedaço de papel para a recepcionista mal educada e ligo pra ele.

Espero não atrapalhar nada...

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