CAPÍTULO VI

Enquanto isso Dr. Henrique estava indócil e muito agitado, além de ser arrogante, era também ambicioso e queria saber onde foi parar o dinheiro que era de sua filha. Saiu dizendo que ia investigar também começando pelo bairro onde morava Jhenifer, Ao chegar no bairro onde Jhenifer morou, ele conversou com várias pessoas e perguntou muito sobre ela, alguns disseram que ela tinha uma religião esquisita parecia uma seita, outros disseram que Jhenifer trabalhou muito tempo em um teatro, e também ninguém confirmou ter visto Janete na casa de Jhenifer.

Mais tarde Dr. Henrique retornou ao hotel, chamando alguns dos funcionários para conversar, todos disseram que viram Janete por alguns dias e a partir de então nunca mais a viram, apenas uma camareira não quis falar com Dr. Henrique, ela alegou que ele havia sido muito arrogante com ela assim que chegou ao hotel, então ela só falaria com a polícia, aumentando ainda mais o mistério. A camareira poderia saber o paradeiro de Janete?

Durante esse período, Cláudia havia feito algumas amizades na cidade, e em uma conversa com Dr. Henrique, ela disse que só sairia de lá quando encontra-se Janete, e que seus novos amigos se propunham a ajudá-la.

Cláudia foi logo pegando uma mochila, colocou algumas coisas dentro, e disse ao seu pai que alguém teria de procurar Janete em outros lugares, então ela e seus amigos resolveram ir para uns vilarejos que ficavam próximos à cidade, com a permissão de seu pai, Cláudia partiu, levando assim consigo alguns amigos. Entrando em uma área verde, pois suspeitava que Janete poderia estar morta e enterrada em algum lugar desconhecido, e aquela reserva seria um lugar propício para esconder um cadáver, Cláudia teve uma sensação estranha quando entrou na reserva, a temperatura oscilava entre quente e frio, um vento começou soprar e formou alguns redemoinhos agitando as folhas, todos ficaram muito assustados.

Após andar algumas horas avistaram um grande rio, e decidiram acampar ali, mesmo porque já estava anoitecendo. Então eles conversaram a noite, e decidiram que iriam formar dois grupos de quatro pessoas, e se separaram para vasculhar melhor a área. A noite coisas estranhas aconteceram, ouviram passos, sussurros, e tiveram a sensação de que estavam sendo observados. Quando todos estava dormindo, Cláudia resolveu olhar fora da barraca pois achou que tinha alguém lá fora, quando ela abriu o zíper viu uma moça, de costa em pé alguns metros de sua barraca. Cláudia perguntou:

- Quem é você?

A moça então disse-lhe:

- Se quiser encontrar Janete me siga, e não diga nada aos outros.

Cláudia então perguntou novamente:

- Quem é você? E o que sabe sobre Janete?

A moça então disse:

- Infelizmente o tempo esgotou - E sumiu logo em seguida. Cláudia entrou na barraca e ficou com muito medo. Quando o dia amanheceu o grupo se dividiu como haviam combinado, e partiram cada um para um lado. Cláudia e os três de seu grupo seguiram uma trilha, após muito caminhar, chegaram a uma residência, muito humilde de sapé. Ao se aproximarem bateram palmas, logo saiu uma senhora e perguntou:

- Vocês estão perdidos?

- Nós não - Gaguejou um dos rapazes.

- Vamos chegar - disse a senhora.

Então eles se aproximaram da humilde choupana e colocaram suas mochilas no chão pois já estavam muito cansados, a humilde senhora ofereceu-lhe água e um pedaço de bolo de milho, muito agradecidos eles aceitaram a gentileza da senhora e permaneceram lá por alguns dias.

O Outro grupo caminhando sem parar, logo avistou quatro cavalos, e olharam uns para os outros abismados, eis que de repente surgiu um homem misterioso, com porte físico imponente e disse:

- Vocês precisam de ajuda?

- Quem é você? -Perguntou uns dos rapazes.

E o homem foi logo dizendo:

- Sou um guia, meu nome é Ismael.

Os jovens se apresentaram. Sou Rick, esse é Heron, Zeca e Daniela. Ismael então disse:

- Posso então lhes oferecer os cavalos para encontrarem Janete?

Zeca então perguntou:

- Como sabes o que estamos procurando?

Ismael disse:

- É o assunto da cidade, a moça que veio fazer faculdade e sumiu, sendo eu guia, pensei que pudesse ajudá-los, e é o que estou tentando fazer.

Zeca então disse:

- É estranho, como você sabia que estávamos em quatro pessoas, e trouxe exatamente quatro cavalos?

Ismael respondeu-lhe:

- Eu soube que o grupo era de oito pessoas, encontrei com quatro, então é só fazer as contas.

Daniela perguntou-lhe:

- Ofereceu cavalo a eles também?

Ismael respondeu-lhe:

- Tive que fazer escolhas e escolhi vocês, pois só tinha quatro cavalos...

- Posso saber porquê? -Disse Daniela.

Ismael prontamente respondeu-lhe:

- Sabe que também que não sei o motivo, mas espero não me arrepender.

Daniela desconfiada disse-lhe:

- Acho que tem algumas mentiras em suas “verdades”, por isso vou pedir que fale algumas características dos nossos amigos.

Ismael disparou:

- De quem que você quer que eu fale primeiro? - De Cláudia.- Respondeu Daniela Ismael disse:

- Ela é loira, tem cabelos compridos, olhos verdes, e uma pintinha atrás da orelha esquerda, tem dois seios enorme e....

- Pare! -Interrompeu Daniela.

Ismael então completou:

- Calma eu só ia disser que usa um piercing no umbigo, e tem três furos em cada orelha, e uma tatuagem nas costas. E de quem mais você querem que eu fale as características ?

Daniela ficou intrigada como ele sabia tantas coisas sobre Cláudia, se ela acabara de chegar na cidade, talvez ele fosse um bom observador, mas uma pinta atrás da orelha direita já é um pouco demais, pois ela só usava o cabelo solto, mas mesmo assim eles decidiram aceitar a ajuda de Ismael. Pegaram os cavalos e saíram, até chegarem a uma estrada de terra, após algumas horas pararam para descansar, já estava anoitecendo, então Ismael armou a barraca prendendo os cavalos e acendeu uma fogueira com ajuda dos outros, em seguida tirou uma garrafa da bolsa e começou a beber.

Daniela se aproxima dele e pergunta:

- Seu nome é mesmo Ismael?

Ele então respondeu:

- Você tem algumas dúvidas se quiser eu te mostro meus documentos...

- Não será necessário. –Disse Daniela.

Todos já estavam dormindo, e Daniela estava pensativa, será que esse homem misterioso estava dizendo a verdade... Ela teve então a idéia de olhar seus documentos enquanto ele dormia. Saiu devagarinho, caminhou em direção a barraca dele, ao olhar dentro ele não estava lá, ela então saiu à sua procura, mas não o encontrou, resolveu então procurar no rio, pois ouviu um barulho na água.

A lua estava bem clara. Escondida atrás de uma moita ela começou a observar, e ficou boquiaberta com o que viu, aquele homem misterioso chamou-lhe a atenção, com seu corpo escultural e músculos enormes, ela ficou sem saber o que fazer. Ismael estava nu ali no rio tomando banho, temendo ser vista ela saiu correndo em direção a barraca, tropeçou e caiu, quando se levantou, deu de cara com o Ismael todo molhado usando apenas uma sunga, ele foi logo dizendo:

- Você deveria ter me falado, que queria tomar banho, a água está muito boa, venha vamos até lá!

Daniela não poderia ignora a beleza daquele misterioso homem, mas estava ali para procurar Janete, e não para viver um romance.

E pensando nisso foi logo dizendo:

- Eu não quero tomar banho.

Ismael então lhe disse:

- Foi o que eu pensei.

Daniela então perguntou-lhe:

- O que você pensou?

- Que você não queria tomar banho...

Então Daniela dirigiu-se a barraca e dormiu, e Ismael sentou à beira da fogueira pensativo.

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