Capítulo 9 (Melina)

Na semana seguinte eu assinei o contrato e quinze dias depois eu estava livre de qualquer dívida.

Bastava um conserto básico e já poderíamos vender e cada um seguir o seu caminho. Pelo menos assim pensava eu...

Duas semanas depois eu descobri que o conserto básico se transformou em uma reforma enorme, tinha arquiteto, decorador de interiores e tudo mais.

O que era para custar no máximo dois mil reais ia sair por vinte mil reais. Quando cheguei no Orlando e perguntei porque os planos tinham mudado ele me disse que estava fazendo aquilo para valorizar o apartamento e aí eu receberia quinhentos mil.

Fiquei muito feliz, então aceitei, mesmo com a minha intuição me mandando cancelar tudo. Depois de um tempo quando fui cobrar o advogado da venda ele me disse que não poderíamos vender por causa das cláusulas do testamento.

"Porra, tio Sebastião... Essas cláusulas vão acabar comigo" pensei mentalmente. Já tinha lido na internet que era impossível quebrar qualquer cláusula porque a vontade de quem morreu deveria ser respeitada acima de tudo.

Depois de oito meses batalhando na justiça, Orlando veio todo animado dizer que tinha conseguido quebrar as cláusulas.

Fiquei atônita, li a decisão do juiz umas duzentas vezes para ter certeza. Então ele disse que alugaria o apartamento para um casal para ir recuperando o investimento até a venda.

Aceitei porque afinal ele tinha colocado muito dinheiro, mas numa tarde estava saindo do hotel Carménère quando o meu telefone tocou:

- Alô?

- A senhorita Melina Schwartzman se encontra?

- É ela...

- Boa tarde, aqui é do 49° cartório de registro de imóveis, sou Humberto e preciso da sua assinatura para concluir a transferência de posse e de propriedade do apartamento.

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