Capítulo 6 (Melina)

3 anos atrás

No dia seguinte ao meu aniversário de 18 anos eu tinha saído para trabalhar, era vendedora em uma banca de jornal e quando voltei fui chamar o tio para jantar comigo.

Entrei no apartamento dele e vi ele sentado na poltrona, chamei por ele duas vezes e não obtive resposta.

Me aproximei dele, chacoalhei o seu braço e ele permaneceu imóvel. Fechei as pálpebras dele e chorei no seu colo.

Dois dias depois do enterro dele fui no apartamento começar a organizar as coisas, quando olhei a estante vi uma pasta verde com uma etiqueta escrito: Melina.

Fiquei curiosa, abri a pasta e vi um bilhete:

"Eu te amo acima de tudo e se está tendo acesso a esta pasta é porque eu já me fui, espero que esteja bem e que já tenha concluído a faculdade, mas caso ainda esteja na escola ou na faculdade eu quero que você use o dinheiro do aluguel desse apartamento para bancar os seus estudos até ter um diploma universitário, depois disso venha morar no apartamento e seja feliz com seu marido e seus filhos"

Não conseguia acreditar no que estava lendo, peguei o documento de capa azul e abri. De início não entendi nada, mas quando fui pegar o atestado de óbito do meu tio no cartório pedi a ajuda da cartorária.

A mulher me explicou que eu precisaria de um advogado para virar dona do imóvel do meu tio. Fui na defensoria pública e lá descobri que para me proteger o meu tio colocou algumas condições no testamento:

1 - Eu só poderia alugar o apartamento por enquanto;

2 - Vender ou morar no apartamento só seria possível depois de eu completar 25 anos de idade;

3 - Eu era a herdeira universal de tudo dele.

Ele não tinha nenhum outro bem, então eu pensei comigo "É só alugar o apartamento e me inscrever na universidade no ano que vem".

Pobre iludida fui eu naquele momento... Uma verdadeira tola...

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