2º Capitulo

Mas, como toda história tem um começo, que tal iniciar esta pelo início? Agora que você já conhece nossos personagens principais e será mais fácil compreender o perfil de cada um na sequencia, para isso vamos viajar ao passado, mais o menos vinte e um anos atrás.

 Há vinte e um anos atrás Lílian vivia um dos momentos mais felizes de sua vida, ela que tinha nascido em Porto Alegre, agora vivia em São Paulo junto com o namorado Seven e o irmão dele Chuck, os dois tinha uma banda de rock de muito sucesso na época, os shows que aconteciam praticamente todos os dias estendiam-se em turnês pelo país e até mesmo fora dele e é claro ela ia a todos, acreditando ser a única na vida de Seven, porém um belo dia seu sonho foi destruído, depois de uma ligação inesperada Lílian descobriu que Seven tinha outra namorada, Cibele, a menina que vinha de família rica e da alta sociedade estava grávida dele de três meses, e era algo grande demais para que ela pudesse competir quem era Lílian? Uma garota comum, sem pais que tinha apenas 15 anos e que gostava de rock? Como poderia ela competir com uma mulher como Cibele, linda, rica e agora grávida...

Ao descobrir tudo e entender que tinha sido enganada por ele, ela ajuntou suas coisas as poucas que tinha e partiu, usando o pouco dinheiro para conseguir voltar a Porto Alegre, sua esperança estava em ficar na casa de uma amiga de sua mãe até conseguir algo que a sustenta-se e poder se virar, mas o destino não foi tão bom assim com ela, ao chegar a Porto Alegre ela descobriu que a amiga da mãe já tinha falecido, seu filho até ofereceu poso para ela, mas logo Lílian percebeu que sua intenção não era assim tão boa e em uma noite precisou fugir de seus abusos, perdida pelas ruas, ela não tinha onde ficar e para seu desespero alguns meses depois acabou descobrindo a gravidez, ela pensou em ligar para Seven e pedir ajuda, dizer o que tinha acontecido, mas como faria isso se ao cruzar em uma banca de jornais e revistas ela tinha visto a manchete estampando as capas: “Roqueiro apaixonado” “O Casamento do ano”... Seven já tinha se casado com Cibele e agora os dois comemoravam a união regada a champanhe e a felicidade do herdeiro que viria para o mês de setembro, com o casamento Seven acabou assumindo os negócios do pai de Cibele e assim nasceu à empresa “Kirtman” de turismo, sem rumo e perdida Lílian procurou ajuda do governo para poder se manter, conseguiu lugar em um albergue, a assistência social lhe ajudava com roupas e sua gravidez teve todos os acompanhamentos cedidos pelo SUS (sistema único de saúde), as condições eram cada vez mais precárias, e a cada mês que se passava ela se perguntava o que faria quando o bebe viesse... Um filho, o que ela faria com um filho? Ela tinha apenas 15 anos... A depressão se assolou em se coração e o medo do futuro só crescia à medida que a barriga despontava, os meses passaram e então chegou setembro, depois de uma crise bastante complicada onde ela achou que perderia seu filho, ela tentou ligar novamente para Seven, porém ele não atendeu o celular, mal sabia ela que ele não tinha atendido por que ele acabará de entrar na maternidade, Sebastien estava nascendo, o filho de Seven acabará de chegar ao mundo no dia 24 de setembro e pesou 3,800 kg era um menino gigante. Depois que a crise passou e ela pode voltar para casa, ela pensou em voltar a ligar... Mas soube que o bebe tinha nascido e decidiu que não iria atrapalhar a felicidade dele, ele nem ao menos sabia de sua gravidez e se soubesse provavelmente tomaria seu filho para si e ela ficaria sem ninguém e sem o bebe, ainda que isso não fosse em todo ruim por que pelo menos Tiago teria um lar, uma família e poderia crescer saudável e longe de toda essa miséria.

E então chegou dezembro e as dores vieram, fracas no começo e muito fortes depois, Lílian achou que não aguentaria, mas não sabia a força que tinha, Tiago nasceu de um parto induzido e infelizmente não era tão saudável, ela teve complicações durante o parto e precisou ficar um tempo no hospital, o que foi muito bom para o bebe que teve um lugar quentinho para passar as primeiras noites, assim que a enfermeira o trouxe no quarto, ela não acreditou no que via, ele tinha os olhinhos pequenos tão lindos e seu rostinho rechonchudo era sem dúvidas o rosto mais lindo do mundo, mas os dias passaram e ela precisou voltar para o albergue, quando chegou com o bebe nos braços, percebeu que sua vaga tinha sido invadida por uma família de dependentes químicos, os poucos móveis que tinha ganhado da prefeitura tinham sido quebrados e postos para fora, com medo do que pudesse lhe acontecer ela saiu dali apressada com o bebe nos braços, medo, pânico foi o que eu sentiu ao ser perseguida, raiva foi o que sentiu pelo preconceito das pessoas na rua que a condenavam por ter um filho tão nova, a primeira noite na rua pensou ela ao abraçar o bebe com força para tentar aquecê-lo de alguma forma, mas ele chorava tanto, para piorar ainda mais ela descobriu que não tinha leite e agora como faria para alimentar o bebe? Não tinha dinheiro para comprar o leite que o bebe necessitava, nessa hora o desespero falou mais alto que a razão, ela não poderia ficar com ele, não conseguiria nenhum emprego enquanto estivesse com ele, não tinha nem mesmo como alimentá-lo, não ele não merecia uma vida tão miserável ela faria algo por ele, por amor a ele... Daria a ele um futuro melhor, foi então que ela o fez, se aproximou daquela casa bonita e iluminada e sem pensar o deixou na calçada de entrada, junto dele um colar que ela tinha ganhado de Seven, e um pequeno pedido de ajuda de uma mãe desesperada, bateu três vezes na porta e saiu em disparada correndo feito uma doida pela rua, não olhou para trás pois não sabia se caso o fizesse se não acabaria voltando e talvez acabasse sendo presa por abandono de incapaz, ela correu, correu e correu até sumir por entre os prédios e carros. A porta foi aberta por Catherine, ela acabará de chegar de um dia exaustivo no trabalho ela tinha 26 anos e um trabalho muito importante na prefeitura, quando seus olhos se encontraram com os olhos daquele lindo bebe que chorava descompassado ela não teve dúvidas de que o amava, e de que aquele tinha sido um presente deixado por alguém. 

Catherine adotou Tiago e lhe deu o seu sobrenome, três anos depois seu relacionamento com Nicholas ruiu e ela achou que estava perdida ao descobrir a gravidez, ela que achou que nunca seria mãe de verdade, estava gravida de uma menina, foi então que nasceu Érika, sua princesinha, e agora os três formariam uma linda família.

Os anos se passaram e quando Tiago tinha seis anos Lílian a procurou pela primeira vez, ela ainda lembrava com detalhes do nervosismo da mulher e do medo que sentiu dela querer o bebe de volta, ela amava Tiago e seria capaz de sumir com ele no mundo se ela quisesse ficar com ele, as duas brigaram muito no começo, mas com o tempo Cat conseguiu entender o que significava o amor que uma mãe tinha por um filho e passou a permitir os presentes e a ajuda financeira que Lílian dava.

Lílian tinha se reencontrado com Chuck que ela não sabia, mas que desde que ela tinha saído de São Paulo vinha procurando por ela, a banda com o irmão tinha acabado e os dois tinham brigado feio, Chuck a encontrou na rua e a ajudou a recomeçar, pagou seus estudos e depois de oito anos Lílian estava formada em medicina, os dois viviam juntos em um apartamento no centro da cidade, foi ideia de Chuck que ela procurasse por Catherine, e foi também com a ajuda dele que as duas começaram a se entender, é claro que Tiago nunca soube que sua mãe estava mais próxima dele do que ele imaginava, e provavelmente se soubesse odiaria Cat por toda vida, mas... O que ela poderia fazer? Se o amava demais para abrir mão dele?

Mãe assim como pai é quem cria, é quem dá amor, quem protege e se importa, foi o que ela disse para Lílian no primeiro encontro e mesmo ainda pensando assim, ao longo de 20 anos as duas tinham conseguido quebrar muitas barreiras juntas, e por isso ela tinha permitido que Lílian pagasse o presente dele, agora ela tinha dinheiro, vivia em uma cobertura, era Neurologista e considerada uma das melhores de Porto Alegre, Cat sabia que se por ventura, Tiago um dia descobrisse tudo e viesse a querer ficar com ela, dinheiro não iria lhe faltar, mas ela torcia para que esse dia nunca chegasse, esta foi a breve história de Lílian, agora vamos voltar aos dias atuais de nossa história...

Dias atuais...

Érika atravessou a cidade, com o boné virado para trás e as roupas mais largas do que o normal do que costumava usar, andando pela periferia e com um tênis surrado, ninguém conseguia acreditar que aquela era a mesma menina que estudava no segundo ano do ensino médio do Pátrian um colégio particular renomado em Porto Alegre e era bom que ninguém soubesse se não sua reputação e amizades cairiam por terra, ela sabia que no fundo Kurt tinha razão quando dizia que ela não tinha amigas de verdade e sim colegas, mas ainda assim ela não queria que sua mãe soubesse que por dentro daquela menina doce que dançava balé e era dedicada aos estudos existia uma skatista, ela desceu a rua em cima do skate e avistou a pista, assim que chegou Chuck já a esperava, ele tinha aberto uma academia ali perto e dava aulas para jovens que quisessem aprender a andar de skate sem custo algum, assim que ele a viu ele acenou para ela que correspondeu.

Nessa hora Érika se lembrou de quando o conheceu, naquele dia chato de aula de cálculo, ele tinha entrado na sala de aula oferecendo curso de bateria, ela fingiu desinteresse, não podia erguer a mão, suas amigas nem mesmo sabiam que ela ouvia músicas que fugissem do gênero pop, então pediu para ir ao banheiro assim que ele saiu e foi no corredor mesmo que o atacou.

- Hei, você...

Chuck se virou surpreso, e logo a reconheceu, era a menina de Catherine, a mesma Catherine que havia criado seu sobrinho, isso só podia ser coincidência ou então um sinal dos céus.

- Sim?

- Toca bateria?

- É, acredito que tenha sido por isso que eu fui até a sua sala de aula há poucos minutos atrás.

Ela ficou em silêncio por um tempo e então o puxou para o lado ao perceber que tinha alguém vindo no corredor.

- E quanto quer para me ensinar?

Ele olhou para ela de alto a baixo, era uma das poucas garotas que não usava o uniforme adequadamente, estava de salto alto e com as unhas bem-feitas, muita maquiagem para uma garota da idade dela e certamente Catherine não sabia que ela se apresentava assim no colégio, mas ela era popular ali e precisava se apresentar a altura de sua fama.

- Na verdade participo de uma ação social, não cobro, as aulas são dadas no ginásio todas as terças-feiras e a turma tem 11 alunos.

- Não, não... Quero ter aulas particulares e ninguém pode saber que estou aprendendo entendeu?

- E qual é a graça de tocar bateria se ninguém vai te ouvir tocando?

- Não é da sua conta, então vai me dar aulas ou não?

Ele pensou em dizer que não, ela era chata e esnobe, uma patricinha mimada e ele odiava receber ordens e pelo visto ela tinha 13 anos de muita rebeldia, porém querendo ou não ela vivia com Tiago e isso seria uma excelente forma dele se aproximar do sobrinho, pelo menos saberia por ela, se ele estava bem ou se estava precisando de alguma coisa.

- Tudo bem eu topo, mas você é quem vai ter que vir até minha casa, por que eu não vou ficar carregando minha bateria para todos os lados por sua causa patricinha.

Ela concordou e assim os dois começaram as aulas e uma longa amizade que se estendia até os dias de hoje, Chuck tinha presenciado algumas lágrimas dela por causa do pai, alguns ataques de ciúme por causa do amor de Cat por Kurt e ao longo do tempo viu ela se transformar em outra pessoa, ou pelo menos com ele ela era outra pessoa, tinha aprendido a andar de skate a se vestir com roupas mais folgadas e não era mais tão mimada, Chuck tinha conhecido em Érika uma menina muito diferente daquela que ele tinha julgado quando a conheceu.

Enquanto em Porto Alegre,

Catherine se preocupava com Érika.

Em São Paulo, Seven chegava cansado de mais um dia de serviço e percebia o quanto seu filho tinha crescido nesses vinte e um anos.

Eram passados das seis da tarde quando Seven adentrou na mansão dos Kirtman, estava exausto, tinha trabalhado o dobrado naquele mês, precisava contratar alguém com urgência, mas não queria contratar qualquer um, precisava ser alguém do meio, que já tivesse experiência na área, e por isso tinha remetido um e-mail para todas as filiais a procura de alguém que quisesse trabalhar na matriz, mas até o exato momento não tinha recebido nenhuma resposta e as que tinha recebido não tinham lhe agradado, ele frouxou a gravata do pescoço e chamou por Thereza.

- Thereza!

Ela logo apareceu na porta vindo da cozinha, trazia um pano de copa nas mãos.

- Chamou senhor?

- Onde está meu filho? Já voltou da faculdade?

- Na verdade o menino Sebastien não se sentiu bem pela manhã e acabou não indo à escola, ele está melhor agora, está no jardim!

Seven concordou com a cabeça e então se dirigiu até o jardim pensando em ver se o filho estava melhor, ao chegar lá se deparou com uma festa regada a muita cerveja e muitas pessoas desconhecidas, viu Sebastien próximo à piscina conversando com Eduardo, Eduardo trabalhava para ele e era uma boa pessoa, talvez o único e melhor amigo de seu filho, quanto ao resto, certamente estavam ali para aproveitar a piscina e o dinheiro que Seb gastava com eles, só mesmo seu filho para ser tão ingênuo de achar que todos ali eram seus amigos.

- Sebastien, Thereza me disse que não foi à faculdade por que não se sentia bem, está melhor?

Seb tomou dois goles de cerveja e olhou para o lado buscando por Thereza e então a viu fazer sinal da janela da cozinha, mais uma vez ela tinha salvado seu pescoço, que mulher fantástica!

- Pois é me senti um pouco enjoado, mas já estou melhor... Obrigado por se importar.

Seven deu uma olhada para as pessoas que se divertiam na piscina.

- Certo, vê se limpa tudo isso aí depois.

Ele deu as costas ao filho e já estava entrando quando Seb o chamou de volta.

- Pai...

- Sim?

- Não quer se juntar a gente? Vamos “queimar” uma carne depois, e amanhã é sábado.

Sim amanhã era sábado e ele não deveria trabalhar no sábado, mas estava lotado de coisas no escritório, ele suspirou gostaria de passar mais tempo com o filho, mas...

- Eu vou ver talvez eu desça.

Era o que ele sempre respondia, mas depois se trancava no escritório e ficava por lá até amanhecer e quando Seb pensava em passar para dar boa noite, via que ele tinha pegado no sono em cima dos papeis, às vezes ele o cobria com um cobertor que já estava por lá estrategicamente e às vezes apenas suspirava e tentava entender por que seu pai nunca mais tinha se casado, tinha pelo menos 15 anos que sua mãe tinha morrido e ele nunca tinha trazido nenhuma outra mulher para casa, era novo ainda e não era de se jogar fora, tinha inclusive uma amiga dele que às vezes dava a entender que gostaria de ter uma chance com ele, mas o fato é que a vida do ex-roqueiro já tinha sido bem mais animada, e hoje se resumia a comandar uma empresa de turismo e pagar contas.

Tiago tinha um costume desde moleque que era tocar violão em bares para ganhar uma grana extra, com o tempo passou a ser reconhecido pela voz rouca e ganhou até um apelido, “Kurt” apelido este motivado por causa de uma banda de grunge dos anos noventa que tinha Kurt Cobain como vocalista, a semelhança com o vocalista não estava apenas na voz, mas no jeito de se vestir e também no fato de sorrir muito pouco, os olhos também lembravam muito o vocalista, que eram de um tom azul limpo e claro, somente o cabelo é que fugia do contexto já que Tiago tinha os cabelos escuros como a noite o que dava ainda mais ênfase a cor dos olhos.

A tarde tinha caído depressa, Catherine caminhava de um lado para o outro esfregando as mãos nervosas no cabelo.

- Não Kurt isso já foi longe demais, olha que horas são? Passam das seis da tarde e ela nem ao menos ligou para dizer se está bem, ela sabe muito bem que é tradição comer pizza na noite do seu aniversário, fazemos isso há 20 anos!

- Mãe você conhece a Érika ela deve ta na casa de uma amiga nem lembra que dia é hoje.

- Como não vai se lembrar?

- Não vai brigar com ela...

E nessa hora Érika abriu a aporta e deu de cara com a fúria de Catherine.

- Onde é que você esteve?

Por sorte ela tinha largado o Skate atrás de algum arbusto e trocado de roupas no banheiro publico da cidade, ela tinha imaginado que há essa hora Cat e Kurt já tivessem saído e ido até a pizzaria sozinhos, mas ela tinha se enganado.

- Estava na casa de uma amiga.

- Viu mãe eu te falei, agora vamos esquecer isso e ir para a bendita pizzaria, vamos estou morrendo de fome...

- Não! Estou cansada de ser boa com a sua irmã, está mais do que na hora dela criar um pouco de juízo e parar de nos preocupar assim... Érika me de seu celular!

- O que?

Catherine caminhou até a filha e pegou o celular que estava com ela.

- Você não vai confiscar meu celular!

- Não só vou como já fiz, enquanto não aprender a respeitar a sua família não vai ter seu celular de volta...

- Família? Um irmão bastardo e uma mãe que finge conhecer a filha mas nunca sabe onde ela realmente está, ah mamãe me poupe, você mal me conhece e fica aí posando de super mãe!

Catherine ergueu a mão para esbofetear Érika, mas Kurt se colocou entre as duas.

- Parem vocês duas agora! Mãe não há necessidade disso e você Érika deveria ter mais respeito com a Cat!

- Para você de bancar o certinho! O filho perfeito e bom irmão! Eu sei que pelas minhas costas deve ter enchido a cabeça da mamãe a meu respeito e por isso que ela está tão brava comigo!

- Érika eu nunca faria isso, vamos parar de discutir sim, hoje é um dia de festa é meu aniversário, vamos sair comer pizza e esquecer tudo isso, ok?

- Ah quer saber eu odeio vocês dois e principalmente eu odeio você mamãe! Por que você sempre defendeu e gostou mais do Kurt do que de mim...

- Isso não é verdade Érika, sempre gostei dos dois da mesma forma!

- Não! Sempre me tratou diferente, Kurt sempre foi o seu preferido... Sempre!

Érika começou a chorar e então saiu porta a fora, Catherine correu atrás dela até o portão, mas ela já tinha descido a rua, Tiago saiu na calçada e ficou em silêncio olhando para a mãe.

- Não precisava ter sido assim você sabe.

- Eu sei, mas sua irmã me tira do sério! Ela tem o maldito gênio do pai dela!

- Vamos entrar e esperar por ela a gente encomenda uma pizza do Dantas e fica vendo Netflix até o sol nascer, ela vai voltar logo.

- Não, eu não vou estragar a sua noite por causa dela, eu mesma vou ir buscar a bendita pizza, você fica em casa e espera pela sua irmã.

- Tudo bem então...

Tiago entrou e ligou a televisão enquanto Cat tirava o carro para ir buscar a pizza, não seria a mesma coisa que passar a noite em uma pizzaria, mas o clima também não estava bom para ir jantar fora.

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