Você me Pertence {3}

CAPÍTULO 3

Eu vou morrer!

Essas três palavras se repetem diversas vezes na minha cabeça, e quando eu fecho os meus olhos, é como se eu já tivesse certeza do que iria acontecer. Eu já esperava por essa sentença, e estaria tudo bem para mim se eu não sentisse que queria aproveitar um pouco mais da minha vida. Eu gostaria de viver mais, e talvez a ideia de assinar um contrato já não parecesse tão absurda para mim. Acho que gostaria de experimentar algo mais obsceno antes de morrer, gostaria também de realizar os meus sonhos. Talvez até mesmo ter um romance de verdade. Mas isso não iria me acontecer pois esse poderia ser o segundo antes da minha morte, e ao invés de ter aproveitado lá em cima com Benjamin, eu joguei tudo para o ar. Eu preferiria estar lá com ele, fazendo amor ao invés de morrer. 

O som do freio brusco do carro fez com que eu abrisse os meus olhos, desnorteada e sentindo o ar voltar aos meus pulmões. Eu estava com o corpo trêmulo, mas ainda assim, quando a forte luz vinda do carro cegou a minha visão, eu pus um braço por cima do meu rosto, sentindo que a qualquer momento as minhas pernas desabariam.

— Mel?

Dois braços acolhedores seguram os meus braços, me impedindo de cair. Tiro o braço do meu rosto, tentando me acostumar com a claridade que logo se cessa, então vejo dois olhos extremamente familiares me olhando de forma preocupada.

— Você está bem?

Como sempre, o seu olhar tão examinador me analisa por inteira, procurando por um machucado, e mesmo sabendo que estou segura, não posso evitar de me sentir congelada no lugar, assustada pelo o que me acabou de acontecer. 

— Jerry; — Suspiro aliviada, fazendo o mesmo me encarar. — Deus, Jerry…

O encaro como se ele fosse um anjo que apareceu no momento certo. Eu não sei como poderia me sentir mais aliviada do que com a sua presença, por isso sinto a borda dos meus olhos se encherem de lágrimas, talvez por saber que não irei mais morrer e que terei tempo de aproveitar tudo o que iria deixar para trás. Acho que uma sacudida é tudo o que nós precisamos para podermos refletir sobre como não devemos deixar passar aquilo que realmente queremos. Eu poderia ter perdido tudo…

— Eu liguei para ver se estava tudo ocorrendo bem na festa, minutos depois o seu amigo me ligou e avisou que você sairia acompanhada de alguém. Quando eu te liguei novamente e não me atendeu, eu comecei a ficar preocupado. Pensando que algo grave poderia ter acontecido, eu rastreei o seu celular. Você está bem? Estava chorando…

Ele levanta a minha cabeça pelo queixo, me encarando preocupado. Tudo o que eu posso fazer no momento é abraçar o meu próprio corpo, já que o mesmo se encontra trêmulo. 

— Eu estou bem, só… discuti com uma pessoa. Só quero ir para casa. — A minha voz vacila na última frase, e talvez seja porque isso não é uma completa verdade.

Eu realmente quero estar no conforto da minha casa, mas eu já me sinto carregada demais, e talvez se eu o visse mais uma vez… mas agora não é o momento certo. Acabamos de brigar por conta das nossas diferenças…

O olhar de Jerry varre todo o local, principalmente pelo prédio, e pela expressão em seu rosto eu tenho certeza de que ele sabe de quem se trata. Até mesmo porque ele trabalha para Benjamin, e deve ter vindo aqui diversas vezes. Acho que ele entendeu exatamente o que eu vim fazer aqui, pois rapidamente a sua expressão se fechou. 

— Está muito frio e tarde. Vamos para o carro que eu levarei você de volta para a sua casa.

Assinto e me deixo ser guiada por ele até o banco traseiro do carro, onde ele logo abre a porta. Antes mesmo que eu pudesse entrar, o meu olhar se encontrou com as mesmas íris escuras que tanto me enlouquecem. Eu fiquei ali, paralisada o encarando logo na entrada do seu prédio, com um olhar preocupado na minha direção. Ao notar o meu estado, Jerry seguiu o meu olhar e logo o entendimento foi a expressão que surgiu em seu rosto.

Acho que não estava pensando direito quando a minha mente gritava que eu não queria ir embora tão rapidamente.

— Precisa de alguns minutos antes de irmos? — Jerry questiona ao meu lado, atraindo a minha atenção.

Quando eu olho novamente para Benjamin e o vejo com a minha bolsa, eu logo invento uma desculpa na minha mente.

— Eu esqueci algo com ele.

Jerry assente e então volta a fechar a porta do carro.

— Estarei te esperando. 

São as suas últimas palavras antes de dar a volta e sentar no banco do motorista, fechando a porta logo em seguida. Porque é que eu estou sentindo um tom mais áspero na sua voz? Talvez seja só coisa da minha cabeça, mas é que ele é sempre tão profissional que quando ele demonstra algum tipo de emoção, é quase surpreendente e eu me pergunto se eu realmente consigo entender o que está querendo passar. 

Volto a olhar para Benjamin, que por perceber a situação, começa a caminhar na minha direção. O seu olhar transmite um pouco de incerteza, e talvez sejam o reflexo do meu. Eu estou com as costas encostadas no carro quando ele finalmente para na minha frente. Ficamos nos encarando por longos segundos, em completo silêncio e talvez tentando ler o olhar um do outro. Eu não sei o que dizer ao certo sobre ele, somente em como o mesmo me parece inseguro, tanto quanto para se aproximar quanto a nossa conversa anterior. Talvez ele queira tentar alguma coisa, mas somente não consiga dar esse passo. Eu deveria o ajudar, certo? Mas como posso ajudá-lo a caminhar, se nem mesmo eu enxergo o caminho?

— Ruiva…

Sinto os seus braços me rodearem e eu logo suspiro aliviada, me sentindo confortável em finalmente sentir o seu calor e carinho. Ele me aperta contra o seu corpo, depositando um beijo em minha têmpora, talvez tentando passar algum tipo de tranquilidade. 

— Benjamin… — Sussurrando encostando o meu nariz em sua camisa, logo em cima do seu peitoral onde eu sinto o seu cheiro me embriagar. 

Após alguns segundos, eu sinto Benjamin depositar um beijo terno em minha testa, se afastando somente para me encarar. 

— Vai para casa, está bem? Pensa com carinho em tudo, descansa e nos vemos quando estiver mais leve.

Um sorriso se desenha em meus lábios enquanto eu assinto, contente que ele não esteja tentando me sobrecarregar ainda mais com esse assunto do contrato. Ele abre a porta e volta a me encarar, pegando a minha bolsa e a pendurando em meu ombro.

— Nós nos falamos outro dia, está bem?

— Obrigada — Murmuro suavemente antes de entrar no carro, sentindo mais uma vez que um peso foi tirado do meu ombro.

Jerry da partida no carro e eu o vejo se afastando de mim, ficando parado no mesmo lugar com as mãos no bolso da sua calça e eu não consigo evitar de pensar em como mesmo tão diferentes um do outro, e ainda assim, a química que existe entre a gente chega a ser palpável. Da mesma forma que ele diz como eu faço bem a ele, ele também me faz bem. Quando estamos juntos tudo é tão intenso, desde os gestos mais doces até os mais selvagens, e eu amo tudo isso. Eu me sinto num paraíso, mesmo que nem sempre os momentos acabem como esperamos.

Encosto a minha testa no vidro da janela, tentando mesmo que em vão, controlar as batidas do meu coração. Ele sempre causa isso em mim, e mesmo que eu tenha os meus vários princípios, às vezes sinto vontade de jogar tudo para o alto e aproveitar o momento. Mas tenho que me manter firme naquilo que acredito. Se ele quiser que eu lute por ele, também terá que lutar por mim. Não aceito nada menos do que reciprocidade da sua parte.

E com esses pensamentos, Jerry me leva até o meu prédio, logo na frente da porta do meu apartamento, já que o mesmo insistiu que eu parecia fraca e que estava lá para garantir a minha segurança. 

— Tem certeza que ficará bem? — Ele pergunta no mesmo instante em que eu abro a porta, me virando para ele logo em seguida.

— Não se preocupe, Jerry. Irei tomar um banho e vou dormir. Só estou cansada e precisando pensar um pouco.

Ele assente verificando as horas no seu relógio de pulso.

— Irei voltar para a casa, mas me ligue se precisar de algo. Estou à sua disposição.

São as suas últimas palavras antes de caminhar até o elevador. Como plano do seu trabalho, ele tem uma casinha logo aqui na frente do prédio alugada em nome da empresa de Benjamin. Eu nunca entrei lá dentro, mas por fora me parece um lugar pequeno e confortável, perfeito para quem mora sozinho e não passa muito tempo em casa. Eu, que somente optei por algo mais luxuoso, não veria problema nenhum em alugar uma casa como aquela.

Entro no meu apartamento, fechando a porta logo em seguida. A tranquilidade me invade rapidamente e eu jogo a minha bolsa no sofá, indo direto para o banheiro do meu quarto. As minhas roupas já estavam no chão quando eu entrei no banheiro e fui direto para o chuveiro. Eu não faço ideia de quanto tempo eu fiquei debaixo da água, sentindo os meus músculos relaxarem, mas quando eu saí eu senti que não havia mais problemas me rodeando, somente o sono que circula ao meu redor. Vesti uma camiseta e um short folgado, me jogando na cama logo em seguida. Antes dos meus olhos se fecharem em um sono, a única pessoa que ocupava os meus pensamentos era Benjamin e alguma forma de resolver a diferença que existe entre nós. 

Ao menos eu esperava que isso pudesse acontecer algum dia…

Eu acordei com o barulho incessante de batidas na porta do meu apartamento. A minha cabeça estava latejando quando eu me sentei na cama, curiosa para saber quem estava aqui uma hora dessa. Quer dizer, o sol já atravessa a janela invadindo o meu quarto, mas a minha mente não consegue aceitar que já é de manhã, talvez pelo cansaço presente em meu corpo. 

Abro a porta logo depois de olhar pelo olho mágico a pessoa que parece impaciente do lado de fora.

— Porquê não me ligou? Eu fiquei preocupado quando já tinha se passado uma hora e nada de notícias suas!

Alan entra no apartamento, sem sequer me cumprimentar e eu fecho a porta em seguida.

— Bom dia para você também. 

Me viro na sua direção e vejo ele se virar na minha direção, me encarando como se eu fosse uma louca.

— Mas em que mundo você está? "Bom dia"? Você sabe que horas é essa? — Ele questiona com o seu olhar passando atentamente por todo o meu corpo. — Você parece acabada.

Franzo o cenho com um beicinho no rosto, o ignorando e indo até a cozinha, ouvindo o meu estômago roncar. 

— O que rolou? — Ele questiona enquanto ouço os seus passos se aproximando de mim. 

Me viro em sua direção logo após servir dois copos de suco, pondo um na sua frente, em cima da ilha da cozinha.

— Fomos para o apartamento dele. — Comento e ele quase engasga com o suco, me encarando com os olhos arregalados.

— Safada! 

Um sorriso sugestivo aparece em seus lábios, me fazendo corar ao lembrar de como foi deliciosa a sensação de sentir ele dentro de mim mais uma vez. O sorriso que estava em meu rosto sumiu rapidamente assim que lembrei dos últimos acontecimentos.

— Mas ele falou do contrato. 

Encosto o meu quadril na borda da pia, olhando para o chão, pensativa. Eu não sei de verdade o que pensar sobre isso, pois os meus pensamentos são tão contraditórios. Uma hora eu penso que não posso me submeter a isso, e logo depois eu penso se eu realmente não quero isso, talvez lá no fundo.

— Você não parece muito contente. — Ele comenta e eu assinto, tomando um gole do suco.

Eu não quero que ele veja o quanto estou deprimida com essa situação, mas acho que isso é impossível.

— Ele não parece disposto a abrir mão, sabe?

— Mas que porra! Ele já não disse que gosta de você? Porquê isso não é atitude de uma pessoa que diz estar apaixonada! — Alan exclama irritado.

A verdade é que lá no fundo, mesmo que sem saber do que se trata, eu sinto que há um motivo por isso. Eu tenho certeza de que essa sua forma de agir não é por teimosia. Tem que haver algo que ele esconde de mim, mas sinceramente, não quero ter que ficar fritando a minha cabeça com isso. 

— Falando de paixão; — Mudo de assunto lançando um sorriso sugestivo em sua direção. — Você e a Lorena…

Ele desvia o olhar rapidamente com as suas bochechas ficando vermelhas.

— Eu não sei do que você está falando. 

Ergo uma sobrancelha já que eu realmente sinto que um clima rola entre os dois. Talvez a forma que ele olha para ela é diferente…

— Vocês se dão muito bem, e sempre que estou entre vocês dois eu quase sinto uma tensão… vocês já…?

Sinto as minhas bochechas esquentarem, de repente me sentindo embaraçada. Um canto do seu lábio sobe em um sorriso sarcástico.

— Transamos? Mel, você está cada vez mais ousada. Eu deveria começar a me preocupar? — Ele questiona ironicamente, fazendo com que eu dê risada. — Não, nunca fizemos nada assim, Mel. Somos apenas amigos.

— Para começo de conversa; — Me apoio na ilha da cozinha, logo na sua frente com uma sobrancelha erguida. — Eu iria perguntar se já tinham se beijado.

Ele balança a cabeça para os lados, negando e prendendo o piercing em seus lábios entre os dentes, parecendo distraído em seus próprios pensamentos.

Eu acho que ele está querendo evitar esse assunto, e isso é a maior prova de que ele ficou um pouco mexido com Lorena. Mas não insisto, da mesma forma que eu não gosto que as pessoas me pressionem a algo, eu não irei fazer isso com ele. Mas ele não me escapa! Uma hora ou outra iremos conversar seriamente sobre isso.

Alan resolveu passar toda a tarde comigo. Eu tomei meu café e voltei para o banheiro para fazer minhas higienes e tomar um banho, enquanto ele estava jogado em cima da minha cama, assistindo uma reportagem e comendo uns biscoitinhos do meu armário. Ele estava sendo uma ótima distração, sempre puxando assunto e fazendo lanchinhos para mim. Afinal de contas, eu posso ter confiado nas pessoas erradas, mas mesmo que um dia Alan fosse um escroto comigo, eu jamais me arrependeria de ter o escolhido para ser o meu amigo. Ele realmente sabe me fazer bem.

— Quer falar sobre o que aconteceu na festa? — Ele perguntou enquanto eu estava a dobrar algumas roupas, indo a todo o momento até o meu guarda-roupa.

— A festa?

— Sim, eu conversei com Lorena no caminho de volta. Ela me explicou o que aconteceu, você quer conversar sobre isso?

Bom, é verdade que eu fiquei bastante assustada naquele momento, mas também já havia esquecido. Nem parece que aconteceu ontem a noite. 

— Ah, estranhamente… Eu estou bem; — Dou de ombros respirando fundo, olhando para o filme de ação que está passando na televisão. — Quer dizer, na hora foi assustador e provavelmente eu passaria a noite inteira pensando nisso se não fosse por...

— Ele. — Ele me interrompe deitado na cama de lado, apoiado em seu cotovelo e eu assinto, desviando o meu olhar do seu.

— É…

Desvio o meu olhar quando um silêncio se instala. Eu encaro o cabide em minhas mãos, sentindo que a minha distração para não pensar em Benjamin está indo ladeira abaixo, pois eu até consigo visualizar as suas íris escuras me encarando com carinho, como no momento em que ele me abraçou.

— Conseguiu a vaga? — Alan questiona e minha atenção está novamente voltada para ele, que encara a televisão. 

Semana passada eu tinha ido tentar uma vaga em uma cafeteria, deixei um currículo, eles disseram que iriam me ligar, mas parece que a vaga já foi preenchida. Isso é uma pena, seria perfeito trabalhar lá por conta de ser próximo a faculdade.

— Não, toda a minha experiência se resume à floricultura. Acho que eles queriam alguém com experiência em servir. Mas irei tentar uma vaga numa loja de roupas também próximo a faculdade. O lugar é grande e está precisando de atendente, acho que posso conseguir facilmente. 

Ele volta a me encarar com uma sobrancelha arqueada na minha direção. 

— Eu perguntei porque a minha tia está abrindo um ateliê de moda. Ela está precisando de funcionários, tanto de profissionais para a customização das roupas até para funcionários da parte da loja. Meu pai estava pensando sobre isso e pediu que eu sugerisse isso para você.

Vou até o guarda roupa, pendurando um cabide, pensativa. Parece uma oportunidade incrível já que toda a família de Alan são empreendedores, e parece que todos os salários são bem recheados. Se tratando de emprego para que eu consiga manter a minha situação financeira estável, eu não acho que tenho a opção de recusar.

— É muita gentileza dele pensar em mim. Eu ficaria grata se fizesse isso por mim.

— Ao seu dispor, princesa. — Ele me lança uma piscadela. — Falando em emprego… parece que substituíram a psicóloga.

Assinto dando de ombros. Isso não é algo que me parece interessante.

— Eu ouvi dizendo que ela é bem gostosa. Parece que é estagiária. 

Reviro os meus olhos, ainda não me importando com isso. 

— É bom, tem pessoas que realmente precisam conversar ou que se sentem sozinhas. — Comento e Alan assente com um sorriso sugestivo.

— Acho que conversar não vai ser o motivo pelo qual vão procurar por ela. — Ele murmura maliciosamente e levanta da cama, desligando a televisão logo em seguida. — Princesa, eu preciso ir, já está na minha hora. 

Ele verifica a hora em seu relógio de pulso e eu levo o meu olhar até o relógio de cabeceira, que marca o fim da tarde. De certa forma, isso me deixa frustrada pois não terei mais nada que me impeça de pensar em Benjamin. Faço beicinho e ele se aproxima com um sorriso, depositando um beijo na minha testa.

— Se estiver carente de companhia, eu tenho certeza que o seu segurança não pensará duas vezes.

Sinto minhas bochechas corarem quando eu percebo o tom mais malicioso em sua voz. 

— Jerry é educado, só isso. — Dou de ombros numa tentativa de parecer indiferente. 

— Se prefere pensar assim; — Ele dá de ombros calçando os seus sapatos. — Avise a Benjamin que ele tem um grande rival, não pense que eu não percebo a forma que você trata ele.

Ele se dirige à porta enquanto eu o encaro desacreditada. Ele acabou de insinuar que eu flerto com o meu segurança?!

— O que?! Não há nada de errado na forma em que eu o trato!

Sigo atrás dele, irritada. Vejo ele abrir a porta e se virar na minha direção com um sorriso irônico.

— É claro que não, princesa. — Ele gargalha e fecha a porta.

— Volta aqui!

Jogo um travesseiro na sua direção que acaba acertando a porta. 

— Idiota!

Suspiro frustrada por não ter tido a chance de me explicar. Não vou negar que eu realmente venho tratando Jerry muito bem, mas isso é somente porque ele não é o tipo de cara de fácil acesso. Tenho o máximo de cuidado em ser simpática com ele para que tenhamos uma boa convivência e ele não aja como um robô sempre que estamos perto um do outro. Ultimamente, fora Alan e Lorena, ele está sendo a minha única companhia, então gostaria que tivéssemos uma relação amigável. Mas pensar que vendo por fora parece que estou flertando com ele, eu até fico com medo. Quer dizer, é de Benjamin que eu gosto…

E mais uma vez, qualquer linha de pensamento sempre me redireciona para ele. Mas dessa vez ele volta na minha mente para ficar, sem dar espaços para qualquer outro pensamento. 

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