Capítulo 02

Como já virou um hábito nos últimos dois meses, Enzo me chama para jantar, pois teremos uma reunião de negócios. Apesar de ele nunca considerar me perguntar se estarei disponível para ir fechar negócio com ele. Geralmente essas reuniões são maçantes. Eu podia jurar que já havíamos fechado o contrato com a empreiteira Wolfgang, achei que ele já havia fechado o contrato de compra de um prédio no centro de Seattle para ser a nova cede logística da empresa.

— Senhorita Melody, não custa nada você aceitar que eu vá te buscar, sei que você já gastou muito dinheiro esses últimos meses com táxi. – Enzo me questiona, me tirando de meus pensamentos, apesar de vê-lo todos os dias durantes estes dois meses que começamos a trabalhar juntos. Ainda não me costumei com seu tom de voz sexy. Tento não demonstrar meu grau de excitação. E uso meu tom de voz habitual.

— Não há necessidade Sr. Gary. Sem dizer que o senhor já repôs a contia no meu salário e não há necessidade alguma de me buscar, posso muito bem ir sozinha.

— Não, você não irá sozinha, eu irei lhe buscar e ponto. – Seu tom de voz e autoritário e resolvo não contestá-lo.

— O.k. — Lhe passou meu endereço.

Nossa! Como Enzo é irritante, mas tenho que admitir que ele tem sido muito gentil comigo nas ultimas semanas, e que adorei passar um tempo a sós com ele, e descobri o quão sexy Sr. Gary é quando sorrir, e que como se diverte quando fico envergonhada de alguma coisa.

Volto para minha sala e pego minha bolsa para ir para casa, na verdade estou saindo bem mais cedo que meu horário habitual. Afinal irei passar no shopping para comprar algumas roupas, pois ultimamente com o trabalho emissivo quase não tenho tempo de ir às compras. Como esses jantares são sempre em restaurantes 5 estrelas me vejo tendo que vestir-me a vigor. Luize veio comigo e quando chegamos ao shopping fomos a uma loja bastaste conhecida a Mariah’s, lá vende muita roupa de marca e todas lindas e refinadas, escolho algumas roupas dentre elas o vestido azul-turquesa que amei de primeira e um tubinho rosa, eles são perfeitos, vou para o caixa e pago minhas roupas novas e Luize as suas. Resolvemos ir embora de táxi para casa, como ainda é cedo, Lui decide ir para minha casa para passarmos um tempo de qualidade juntas.

— Mel, você tem gostado de ir a todas essas reuniões? — Questiona Luize.

— Às vezes Lui, tem reunião que é tão chata, mas preciso né amiga!

— Mas é necessário, amiga? Às vezes parece que ele só quer você por perto Mel.

— Como assim?

— Ah Melody, está na cara que ele sente alguma coisa por você, nem que seja só atração, mas ele sente.

— Você está vendo coisas amiga, e ainda mais por que sabemos que essa tal de Sofia ficou com o Enzo e eles terminaram, não sei nem por que, depois de ouvir seus gemidos, com certeza para ele ter dado um chute na bunda dela ela fez alguma coisa ou explanou para geral que eles tinham um caso.

— Mesmo com essa doida aí, não vem que não tem e você também sente alguma coisa por ele, pois toda vez que vocês se vêem você fica com uma cara de boba, e outra, se eu fosse você não perderia mais tempo, ficaria logo com ele, deixaria as coisas acontecerem.

— Você é louca Luize? Você está me aconselhando a transar com meu chefe?

— Sim, e está na cara que vocês dois são bem mais que chefe e funcionária.

— Somos amigos eu acho, sempre que vamos jantar ele me trata bem e é gentil comigo, e nesse acho que simplesmente aconteceu.

— Por isso mesmo amiga, deixa as coisas simplesmente acontecerem. Já vou nessa, assim você poderá se arrumar com mais calma, vou passar na casa do meu gato, já que ainda é cedo e vou dar uma trepada, pois esse assunto me deixou bem molhada, fui beijos.

   Luize me deixou completamente desconcertada, primeiro com esse assunto que ia ter relações sexuais, claro ela faz isso porque sabe que nunca fiz e que vou ficar excitada e com vontade e segundo com essa que Enzo não me olharia como mulher por que não sou atraente e sim mais uma empregadinha a qual ele só quer foder, quer saber irei me arrumar de um modo que Enzo ficara babando, ele vai desejar loucamente ficar comigo não apenas para sexo.

   Mas se for esse o caso não terá problemas afinal eu sou uma mulher adulta e bem resolvida, e como sempre diz Lui - “se rolar rolou” - chega de ficar me prendendo, eu sou maior de idade, das poucas vezes que fiquei com uma pessoa eu não sentia essa necessidade, agora eu posso, sei que posso fazer isto. Afinal é natural ter relações sexuais na minha idade, isso se chama sexo sem compromisso, é só eu não me apaixonar pelo meu chefe.

    Resolvo me arrumar “para a grande noite” vou para o banho, me depilo, tomo um banho bem demorado, saio do banheiro, faço uma escova modelada no meu cabelo já que ele e liso, resolvo dar um pouco de volume, faço uma maquiagem leve, mas incrível, coloco uma lingerie branca de renda e logo após, meu vestido azul-turquesa longo que realça bem minhas curvas, ele tem uma leve transparência da renda, calço meu scarpin nude Santa Lolla Bico Fino e pego minha bolsa nude também da Victor Hugo* coloco dentro dela tudo que vou precisar e pronto, vou para sala para esperar meu chefe. As sete em ponto minha campainha toca e dou uma última conferida no espelho e realmente estou divina.

    Abro a porta e minha boca cai, Enzo está vestido com um terno preto com cinza e sem gravata o último botão de sua camisa está aberto, Deus é difícil de respirar assim, então ele fala.

— Boa noite Melody!

— B-Boa noite Enzo! — Eu gaguejo.

— Você está um espetáculo!

— Obrigada, o senhor também está incrível!

— Obrigado, vamos Srta. Melody?

— Vamos sim.

Chegando à rua ele abre a porta do carro para eu me sentar ao lado dele, e claro lá está seu motorista.

— Srta. Melody, hoje não iremos jantar no restaurante de costume iremos a um novo, o cliente da noite quem quis assim.

— Sim senhor e pode, por favor, me chamar de Mel?

— Como quiser, aliás, posso lhe fazer uma pergunta?

— Claro.

— Você mora sozinha naquela casa?

— Sim senhor. — O que será que ele quer com suas perguntas? Se ele continuar a me olhar assim terei crises convulsivas de tanto fogo, que se alastra entre minhas pernas.

* Victor Hugo* Marca de bolsas e sapatos.

— E seus pais?

— Meus pais me abandonaram quando eu tinha seis anos de idade. — De repente o carro para e sei que ele ia perguntar mais alguma coisa, mas ainda bem que chegamos, pois não quero falar sobre isso agora.

 Assim que chegamos ao restaurante, Enzo abre a porta para eu sair e me estende a sua mão que pego para me equilibrar.

A recepcionista chama uma atendente para levar-nos até nossa mesa, e assim que sentamos Enzo reclama, pois já era para os compradores estarem aqui, mas nem sinal de nada e de ninguém.

— O senhor quer que eu ligue para alguém, para saber se vão demorar ou algo do tipo?

— Não Mel, vamos esperar um pouco, caso não venham vamos jantar sozinhos. Afinal já estamos aqui mesmo. O.K!

Somente concordo com a cabeça. Passaram-se vinte minutos e nada, nisso já tomamos uma taça de vinho e então fazemos nossos pedidos, o Enzo decide pedir lagosta e logo depois somos servidos, e para falar a verdade está uma delícia, lagosta e camarão juntos, com um pouco de arroz branco.

— Está gostando do jantar? — Ele me pergunta.

— Sim está uma delícia, na verdade adoro camarão e lagosta!

— Então acertei em cheio! — Ele me diz com um brilho nos olhos, mas que não é malicioso. Nosso jantar foi harmonioso. As vezes o podia o pegar me espionando. Sou surpreendida quando o escuto me chamando para dançar, e eu aceito, a música é lenta e sinto todo seu corpo, quando a música termina, voltamos para a mesa e conversamos mais um pouco sobre nossas idades, sobre o trabalho; Enzo até me pergunta se tenho namorado e digo que não, ele me contou que morou na França e que passou os últimos dois anos no Brasil, e disse que lá é lindo.

   Depois de uma conversa agradável ele pede a conta e nos vamos embora.

— Vou te deixar em casa Mel e me perdoe por fazer você ficar pra jantar mesmo sem os clientes terem aparecido, e de verdade, adorei passar um tempo a sós com você.

— Não tem problemas, simplesmente amei o jantar. Reparo que já chegamos à minha casa e Enzo segura minha mão para me ajudar a sair do carro, ao chegar à porta o convido para entrar, e para minha surpresa ele concorda. Ele diz algo para seu motorista e adentra na minha residência comigo.

— Sua casa é linda!

— Obrigada, quer beber alguma coisa?

— Qualquer coisa estará bom...

   Então sirvo um vinho rose. Antes que u a entregue a ele, Enzo pega a taça da minha mão e se aproxima. Seu olhar e obsessivo quase como se estivesse louco. Por um pequeno segundo entro em pânico e meu coração gela. Sei o que vai ocorre agora. E apesar de ter feito isso outras vezes, não sinto que estou preparada para este momento. Enzo se inclina e percebo em seu olhar que ele espera o meu consentimento dou um leve aceno de cabeça quase imperceptível, enquanto meu corpo de forma inconsciente se arqueia em direção ao seu corpo. E de repente como se estivéssemos nesta dança sexual infinita ele me beija. Seu beijo é intenso e forte, e ao mesmo tempo selvagem ninguém nunca me beijara assim. Enzo continua a me beijar cada vez mais intensamente e de repente o sinto me empurrando para o sofá. Ele deita-se em cima de mim e suas mãos passeiam entorno do meu corpo levando arrepios por todo ele. Sentia com se ele fosse me devorar. Enzo me chupava sugava e mordiscava meus lábios como se fosse seu parque de diversões particular. Meu corpo irradiava calor e comecei a sentir um forte formigamento no meu ventre. Eu desejava por ele era uma dor quase física. E quando suas mãos passaram para a alça do meu vestido. Eu sabia o que iria acontecer, e por um pequeno momento de pânico tomou conta de mim. Porem quando ele começou a beijar minha clavícula sussurrando como eu era linda e maravilhosa. Eu soube que eu o queria mais do qualquer coisa. E que meu corpo ansiava pelo dele. Enzo abriu o zíper do meu vestido, e sua mão se apoiaram sobre um dos meus seios e quando eu achei que não ia agüentar mais, de repente seu celular toca e Enzo sai bruscamente de cima de mim, eu consigo ver seu pau duro, o que aumenta minha frustração. Ele atende o celular sem tirar os olhos de mim, então sua expressão muda. E antes seus olhares pervertidos em direção ao meu corpo dão lugar a seu olhar frio habitual. Quando a ligação termina Enzo apenas diz que tem quer ir embora sem nenhuma explicação.

    Fico sem ação, o que acabara de acontecer. Quando eu me tornara um ser tão descartável. Perco-me nos meus pensamentos e acabo adormecendo no sofá.

    Acordo com o sol no meu rosto, só então percebo que dormi no sofá, ainda com o vestido que sair da noite passada, me levanto e vou para o banho. O pior e que ainda não havia digerido a noite passada. O que era tão importante que fez com que Enzo me abandonasse sem nenhuma explicação. E o pior de tudo eu estava atrasada para o trabalho, e com nenhuma vontade de rever meu chefe sexy e cafajeste.

Assim que saio do banheiro escolho uma saia na altura do joelho e uma blusa de cetim rosa bebê e um blazer preto, passo um pouco de maquiagem e vou tomar meu café, escovo meus dentes e vou para o trabalho como já estou atrasada, claro que eu não encontraria Luize. No caminho para o trabalho decido que assim que chegar o final de semana vou comprar um carro, assim poderei dormir até mais tarde, passo pelas catracas da empresa, entro no elevador e digito o número do meu andar assim que as portas se abrem encontro Luize, que me pergunta o que aconteceu, já que não costumo me atrasar.

— Perdi a hora Lui.

— É melhor você ir para sua sala antes que Enzo descubra que você se atrasou.

— Já vou indo, até mais. — Chegando à minha sala começo a pensar no beijo, nas mãos do Enzo e me perco nas lembranças, pois sei que hoje será tudo normal, ele com certeza fingirá que nada aconteceu.

Resolvo agilizar o meu lado logo, quando olho no relógio da parede passam das quinze horas, a hora passou super-rápido então ligo e peço para a Luize pedir algo leve para eu comer e depois de vinte minutos ela entra com um prato, o cheiro está delicioso, como toda minha comida, pois estava morrendo de fome e o risoto de frango e queijo estava uma delícia, vou para o banheiro da minha sala escovar os dentes e volto ao trabalho.

    Às dezesseis horas, a porta da minha sala se abre e de repente entra Enzo. Ele dá a volta na minha mesa e me beija, o que me surpreende seu beijo hoje está mais carinhoso como se eu estivesse sendo adorada. Havia um pedido de desculpas implícito em seu olhar e pude ver o nervosismo em seu toque. Era como se eu fosse feita de porcelana. Enzo se afasta para podermos respirar, nossa respiração está ofegante sinto o gosto de seu hálito fresco em minha boca. Então depois de um minuto interminável de absoluto silencio o som de sua voz quebra a barreira entre-nos. Enzo se desculpa por ter saído daquele jeito ontem. E que um assunto urgente havia surgido.

— T-Tudo bem, entendo. — Devo estar com cara de boba, pois Enzo  não tira seus olhos de mim.

— Você fica linda com vergonha, quer dizer, ainda mais. – Ele diz. E percebo que ele esta absolutamente feliz. E toda magoa que ainda eu pudesse ter. Havia se dissipado como fumaça.

— Obrigada.

— Mel, vamos tomar um café depois que você sair?

— Pode ser, saio daqui a pouco, vou só arrumar minha bolsa.

— Então vou até a minha sala e já passo aqui pra te pegar, me espera aqui.

O que foi isso que acabou de acontecer. Nossa! Sr. Gary me beijou novamente, e parecia tão romântico. Estou nas nuvens, mas talvez seja melhor colocar meus pés no chão. Não posso deixar meus sentimentos por ele crescerem para o lado romântico. Sei o modo operante de homens como ele. Num primeiro momento sempre parecem que você e o centro do universo. Depois que conseguem o que querem você se torna descartável.

    Então sendo a mulher inteligente e forte que sou resolvo entrar neste jogo. Irei me permiti um pouco de diversão, mas com moderação. Acabo de ajeitar minha bolsa e fico esperando Enzo. Não demora muito e ele já está na minha sala novamente, vamos a um café no outro lado da rua. Enzo não para de me olhar, assim que entramos sentamos em uma mesa próxima às grandes janelas de vidro, o lugar é bem grande e bonito, ele pede um café e eu um suco. Conversamos sobre amenidades então do nada Enzo me pergunta sobre meus pais, fico tensa, pois não sei o que falar.

— Bem, meus pais me abandonaram com minha avó quando eu tinha seis anos, minha avó me criou, me deu tudo que meus pais não me deram, ela faleceu há dois anos, me deixou a casa, uma quantia em dinheiro, não muito, como sempre trabalhei na empresa então não precisei do dinheiro, sinto falta da minha avó, pois ela foi meu pai e minha mãe.

— Sinto muito, não queria te deixar triste, não queria fazer você reviver de momentos ruins, me perdoe!

— Não se preocupe tudo bem!

— E por que você ainda está solteira? Você é tão linda!

— Obrigada, bom, respondendo à sua pergunta sempre foquei no trabalho e nos estudos, quase não saio então qual o homem quer uma vida assim monótona?

— Eu amaria! – Enzo diz como se fosse à coisa mais natural do mundo.

— Como? Não entendi.

— Na verdade, qualquer um queria ter você do seu lado, é isso que eu quis dizer.  – Entendi qualquer um menos você. Penso e por um momento fico triste.

   Não sei por que fiquei triste, afinal eu também resolvi jogar este jogo. Acabamos nosso café, e decidimos ir para nossas casas, no caminho ele me pergunta se vou para casa andando, respondo que sim. Enzo fica surpreso diz que são quarenta minutos andando e me olha como se eu fosse algum tipo de animal exótico. Acho engraçada sua reação e acabo rindo. O que faz com que ele me olhe novamente só que dessa vez ele parece extasiado. Eu lhe digo que gosto de fazer caminhada e que também faz bem para a saúde.

— Não é difícil fazer uma caminhada de quase uma hora em cima desse sapato de salto altos?

— Já estou acostumada, mas assim que saio de casa, coloco minha sapatilha seu bobo, e no final de semana pretendo comprar um carro!

— Então eu te levo para casa, vamos!

— Vamos.

   Assim que Enzo me deixa em casa, planejo minha agenda da semana para as coisas não saírem do meu controle e percebo que tenho que ir ao supermercado fazer umas compras, pego minha bolsa vou ao mercado aqui da rua, não é um Wal-Mart, mas dá para comprar tudo e um pouco mais.

                                                  Um mês depois...

   Passou muito rápido esse último mês, às vezes nem parece que já faz um mês que estou com o Enzo, esse mês me mostrou que ele é uma pessoa incrível, descobri que ele tem uma irmã de 18 anos e que sua família atualmente mora no Brasil, eles se mudaram para lá há pouco mais de três anos, descobri também que Enzo teve uma noiva, tudo bem que eu não precisava saber, mas foi bom saber, foi um mês de muitas descobertas. Enzo sempre vem aqui em casa, mas nunca dorme, não sei o porque. Ele também não passa dos limites comigo, sempre me respeita e às vezes, quando as coisas estão ficando quente, ele simplesmente vai embora, nunca entendo o porquê, mas gosto do fato dele me respeitar e isso faz com que eu o admire mais.

    Enzo e eu não marcamos nada para fazer no final de semana então resolvi que passaria a noite de sábado com as meninas. Decidi chamar Luize e mais duas colegas para sairmos. Às vinte e uma horas Lui, Ana e Clara estavam na porta me esperando.

— Olá meninas! — Eu digo.

— Olá Mel! — Diz Ana e Clara juntas.

— Amiga, hoje vamos nos divertir! — Diz Luize.

— Vamos sim, a noite é nossa! — Digo e partimos para uma boate nova que abriu a dois quarteirões da minha casa, o nome da boate me chama a atenção “Explicitto” entramos sem problemas nenhum, vamos até uma mesa vazia perto do banheiro o que é bom no caso de alguma de nós ficarmos bêbadas.

   As meninas pedem vodca e eu apenas um drinque que é uma mistura de bebidas só que doce.

— Estou a fim de beijar na boca e muito hoje! — Diz Ana.

— Eu também e quem sabe hoje eu saio da seca também! — Diz Clara

— Meninas, vocês estão bem assanhadinhas hoje!  — Diz Lui brincando com elas.

— E você Mel, disposta a beijar muito esta noite? — Pergunta-me Clara.

— Não, não, só vim para dançar e me distrair um pouco, apenas isso, e por falar em dançar, vamos para a pista de dança?

   Dançamos por aproximadamente uma hora, voltamos para nossas mesas com muito calor e suadas, e logo Clara diz que vai falar com um cara que não parava de olhar para ela, Ana não fica atrás e também vai conversar com um rapaz, na mesa ficamos Lui e eu que por sinal começa a me perguntar se Enzo e eu já transamos, e claro que logo fico toda vermelha. 

— Ah Mel, para de ficar com vergonha, você já é adulta e mesmo assim você ainda tem vergonha de falar sobre sexo!

— Não é vergonha, é que apenas não sei falar de algo que nunca fiz e está tão longe de acontecer também.

— Então quer dizer que entre ele e você não rolou ainda?

— Não, toda vez que o clima esquenta ele simplesmente, vai embora. Não sei se ele faz isso por que me respeita ou se tem outro motivo.

— Amiga, eu não sei o que dizer nesse caso, pois vocês estão há mais de um mês juntos e pode ser por isso que ele não tenha tentado, deve achar que é pouco tempo para darem um passo tão grande, mas você não fez nem um oral nele?

 Começo a tossir na hora com o comentário desnecessário da minha amiga, e respondo:

— É claro que não, você prestou atenção no que eu falei? Que quando as coisas esquentam ele vai embora?

— Ah amiga para com isso, e também porque é uma coisa muito natural hoje em dia. Mel para de ser cafona, você tem que sentir a sensação, saber como é incrível.

—Tá, mas deixa isso pra lá. E por sinal cadê as meninas?

— Não sei.

   Dez minutos depois Ana volta para mesa, mas nada da Clara. Passaram-se mais de quarenta e cinco minutos e nada da Clara, já estávamos quase indo embora quando Clara aparece na porta toda machucada e com a roupa toda rasgada, quando do nada Ana fala rindo:

— O sexo foi selvagem né Clara?

Clara simplesmente desmaia.

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