2. Farm

     Preciso de comentários. Por favor.  E não esqueçam do voto que é muito importante.

            Louis foi caminhando para sua casa após ter esperado sua mãe e ela não ter aparecido. Nos passos apressados de suas pernas curtas foram exatamente quinze minutos de caminhada, ele chegou ofegante e com seus pés doloridos, talvez porque tenha andado numa velocidade em que não está acostumado ou, simplesmente, pelos tênis que já não servem tão bem assim.

A chave de emergência estava em um vaso de planta, bem escondidinha. O garoto entra e sobe para o quarto. Remove todas as suas peças de roupas e coloca um pijama azul bebê. Louis adora pijamas, é confortável e ele se sente à vontade com eles. A blusa de mangas compridas é bem extensa e cobre o bumbum do garoto, ele não gosta do quanto ele parece protuberante, sempre chamando atenção por aí.

Tomlinson termina de comer a fruta a qual levou de lanche, não consegue comer direito em meio a muitas pessoas, seu estômago embrulha assim que recebe olhares. E mesmo numa escola tão cheia, ainda sim, foi possível ficar sozinho na hora do intervalo, ele sente que é capaz de repelir as pessoas cada dia mais e não sabe como sua mãe é capaz de achar que ele vai fazer amigos.

Ele escuta barulhos na porta no andar de baixo e segundos depois nas escadas, que assim como tudo na casa, faz barulhos, range. O garoto não reclama da casa, sabe que é o melhor que eles podem conseguir e só tem a agradecer por isso.

— Meu amor, me desculpe pelo atraso. A entrevista de emprego durou mais do que eu pensava. Tinha muitas pessoas na fila.  — Johanna chega afobada.

— Tudo bem, mãe. — o pequeno fala de boca cheia.

— Como foi na escola? — a mulher pergunta se aproximando da cama do filho e ela supõe que não tenha ocorrido nada de ruim no primeiro dia de aula do garoto, já que ela consegue perceber isso de longe.

— Normal. — Louis suspira, pelo menos não foi ruim.

— Conte-me mais, Louis. — Jay pede se pondo sentada no colchão fino e desconfortável.

— Não tenho o que falar. — Louis declara desanimado.

— Fez algum amigo? — ela sempre tem esperança.

— Não. Não consegui isso em anos, quem dirá em um dia… — o moreno olha para os olhos azuis da mãe.

Louis nunca teve amigos, esse é o principal motivo por ele ser tão bom nos estudos, costuma ler quando se sente sozinho.

— Eu trouxe uns hambúrgueres, já que ainda não temos nada para fazer o almoço. — Johanna fala, ela espera muito conseguir o emprego.

— Não estou com fome, mãe. Eu acabo de terminar o lanche da escola. — o garoto explica e a mulher compreende, na verdade, fica até mais aliviada, assim os hambúrgueres podem durar até o jantar e talvez no próximo almoço.

— Durma, meu amor. Descanse. E depois você vai me falar mais sobre seu colégio. — Johanna sugere ao filho e o vê assentir e bocejar em seguida. Ela sai do quarto, deixando o pequeno ali.

Louis repousa seu corpo sobre a cama velha e suspira cansado antes de adormecer. Os primeiros dias de aula sempre são cansativos e desanimadores, pelo menos para ele.

🕓

— Então, meu amor. Me diga o que achou dos professores. — Johanna, que resolveu dar uma volta com o filho, questiona.

— Eles ensinam bem. — diz simplesmente enquanto observa toda a paisagem ao redor, enquanto caminha ao lado da mulher.

— Tinha algum garoto bonito?— Jay pergunta sorrindo abertamente.

—Ah, mãe, sei lá… — Louis fica tímido e sente suas bochechas esquentarem. — Bem, tinha um garoto, ele tinha olhos verdes, cachinhos…

— Hm... Você falou com ele?— Johanna questiona esperançosa, mesmo que quase tenha certeza da resposta.

— Não, mãe. Eu não teria coragem. Ele é muito bonito, não iria querer falar comigo. — Louis declara, ele sente-se nervoso perto de pessoas muito bem aparentadas.

— Ah, filho, eu já lhe disse inúmeras vezes que você é lindo e que não tem que sentir inseguro para falar com alguém. Além do mais, você é um menino de ouro. — a mulher elogia o garoto, sempre está a realçar suas qualidades, para que o garoto se sinta mais confiante.

Louis acha que Johanna diz isso apenas porque é sua mãe, parece ser o papel dela. Louis não se sente um menino bonito, nunca ouviu isso de outra pessoa, pelo contrário, já conseguiu escutar pessoas dizendo o quanto ele é estranho. Antes isso incomodava muito, mas agora nem dói tanto assim.

Holmes tem um ar tão ruralista, árvores e mais árvores, jardins bonitos, casas e pessoas simples, ar puro. Jay e seu filho estão achando tudo muito bonito, não tem como ser mais agradável.

— Soube de uma fazenda aqui perto, onde vendem leite, queijos e doces  — Johanna anuncia e é para lá que estão indo.

— Mãe, o dinheiro vai durar até que você consiga um emprego? Eu posso trabalhar para te ajudar. — o menino se preocupa, sabe que com seus dezesseis anos, já é capaz de assumir uma responsabilidade.

— Eu acredito que sim. Não quero que se preocupe, se a situação apertar, eu terei cartas na manga. Apenas estude, Lou. — Johanna está um pouco preocupada com a situação, mas mesmo assim não quer que Louis já tenha que se ocupar com trabalho.

Quando chegam à fazenda o sol está quase se pondo em meio às montanhas. Louis caminha pelo gramado com a mulher, indo em direção às pessoas que devem ser os donos ou simplesmente trabalham ali.

— Oi, boa tarde. — a mulher cumprimenta.

— Olá. É nova por aqui? Está perdida? — a garota, de cabelos loiros presos em um coque, pergunta.

— Eu me mudei recentemente. Meu nome é Johanna. — se apresenta com um sorriso. — E esse é meu filho Louis.

O menino sorri desajeitado.

— Meu nome é Gemma. Em que posso ajudar?

— Ainda tem leite? — a mulher questiona, sabendo que a essa hora do dia já podem ter vendido tudo.

— Sim, por favor, me sigam. — ela anuncia começando a andar em direção à casa grande e com traços antigos.

Louis caminha observando o local, há um curral afastado da casa, mas sem animais dentro, algo que parece ser um chiqueiro. Alguns cavalos pastam livremente no gramado.

— Entrem, sem cerimônias. Fiquem à vontade. —  a garota fala.

Na sala há dois sofás que, apesar de antigos, parecem confortáveis. A TV muda completamente o ar rústico que tudo possui.

Louis fica surpreso quando vê o menino de cachos descendo pela escada barulhenta, vestindo apenas pijama e coçando os olhos como se estivesse com sono.

Quando os olhos dos dois se cruzam, ambos coram. As bochechas de Harry adquirem um tom forte, que destaca mais seus olhos verdes.

— O-oi. — Tomlinson diz tímido, enquanto observa o menino terminando de descer as escadas. As palavras saem de sua boca de forma quase imperceptível, sem que ele controle. — Seu nome é Harry, não é?

— Sim. Vo-você é o Louis? — Harry parece se enrolar com as palavras, continuando corado.

— Sim — Tomlinson morde o lábio inferior.

— Louis. — a voz de Johanna é ouvida de um outro cômodo. — Vem aqui, bebê.   — a mulher pede.

Louis sorri sem jeito e segue o som das vozes, vendo a mãe sentada à mesa tomando café e começando a comer um pão com manteiga.

— Sente-se, Louis. Tome café com a gente. — Gemma é simpática.

— Não, obrigado. — agradece — Mãe, você disse que não íamos demorar. — o pequeno diz baixinho, um tanto tímido no meio de pessoas novas.

— Por que não vai brincar com esse menino bonito, bebê? — Johanna diz e as bochechas do menino atingem um lindo tom de vermelho.

Seria constrangedor para um garoto de 16 anos ser chamado de bebê na frente de estranhos, mas isso não foi o que o deixou com vergonha, mas sim, o fato de a mulher estar o "forçando" a conversar com Harry.

— Harry, por que não o leva até o seu quarto? — Gemma sugere ao garoto que também está tímido com a situação.

— Então… vamos lá. — o de cachos pede, sendo perceptível suas bochechas rubras.

Tomlinson o acompanhou em silêncio, subiram as escadas escutando o barulho dos passos ecoarem na grande sala até chegarem no local desejado.

— Seu quarto parece confortável. — Louis fala enquanto ajeita seus óculos.

— Nem tanto. Uhn… Você veio de onde mesmo? — Styles pergunta um tanto desajeitado, reparando no menino que anda em direção à janela do quarto.

— Londres — Louis responde, observando o sol ir embora pela janela. — Aqueles cavalos… são de vocês?

— Sim.

— Eu nunca andei à cavalo, deve ser muito divertido. — Louis comenta e só depois pensa que pode ter soado como uma indireta. — E-eu não estou insinuando n-nada. Que-r dizer, eu só estava contando…

— Okay. — Harry sorri para o garoto, notando que ele fica muito fofo com as bochechas coradas.

Louis sente Harry se apoiando ao seu lado na janela e ele consegue sentir seu perfume, tão suave e aconchegante.

— Como é em Londres? — Styles questiona, ele sonha em conhecê-la um dia.

— A cidade é bem bonita, mas muito agitada e barulhenta, cheia de pessoas nas ruas. Bem diferente daqui.

— Então está gostando daqui? — Styles pergunta ao garoto.

— Sim, é tudo muito bonito e tranquilo. — Louis respira fundo e dá um pequeno  sorriso ao falar.

— Por que se mudou? — Styles questiona e jura que consegue percebe-lo ficar tenso.

— Não quero falar sobre. Desculpe. — Tomlinson pede cabisbaixo.

— Oh, tudo bem. — suas bochechas coram se sentindo um pouco invasivo.

Harry olha para Louis e consegue fazer uma comparação entre o azul dos seus olhos e o azul do céu. Sua franja caindo sobre a testa deixa-o com um ar fofo. Um sorriso aparece em seus lábios sem ao menos perceber.

— O-o que tem de errado? — Tomlinson pergunta intimidado com o olhar de Harry.

— Nada. — Harry se conserta, saindo de seus devaneios. — Unh... Quanto a escola, você tá gostando? — Styles diz para quebrar o constrangimento.

— Me parece ótima. Será que... Por acaso... Você não poderia me passar as matérias que eu perdi? Digo... Se não for incômodo...  — Louis pede,  ajeitando seus óculos ao sentí-los ceder.

— Claro, e-eu empresto meus cadernos. — Styles diz.

         Logo Jay chama seu filho para irem embora e os dois se despedem, a senhora Tomlinson feliz por ter feito mais uma amiga e Louis na esperança de fazer sua primeira amizade esse ano.

      O que o menino não sabe é que as coisas podem evoluir muito além de uma simples amizade.

Votem para eu att rápido!

As coisas vão começar a esquentar. ✨

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