Os Sete Amuletos - Spin-Off da saga Clermontes
Os Sete Amuletos - Spin-Off da saga Clermontes
Por: Pâmela Mota
Prólogo

(Carta de Alana Forgari para a rainha de Montelite)

 “Inverno de 1516.

Majestade,

Não pude deixar de perceber o quanto vosso reino está destruído. Creio que precisaríamos de uma nova convocação de guerra. Sei que o caos e a destruição tomaram conta de todos nas redondezas. Presenciei mortes bárbaras de inocentes, pelas mãos do sangue dos Velásquez. Bem,majestade...estamos nos fins da nossa era, eu mesma já estou muito machucada, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Sei que foi difícil para a senhora ter perdido mais uma das suas proles( mesmo ela estando presente, não está viva. Sua alma é o que importa e ela já se foi a tempos), e eu compreendo o que um homem é capaz de fazer ao outro. Mais uma vez os Cavaleiros Negros tomaram o posto por vencido. Mas não quero pensar nisso. Inteiramente, quero lhe pedir perdão por ter sido a causa da carnificina que destruiu a vida de todos. Jamais me imaginaria apaixonada pelo filho de vosso pior inimigo.                                                                                                                                                                                                                                                   

Creio que agora andar pelas florestas de Cléris e Montelite sem rumo com um capuz adornando minha face não seja o melhor a fazer. Não quero me reprimir, Majestade. Quero lutar. Há muita injustiça nesses tempos de sangria . Entretanto, não quero matar nenhum inocente como foi feito pelas mãos daqueles covardes. Agora, tudo se foi. Resta apenas eu e um livro velho. O restante do nosso grupo está morto ou desaparecido, não sei lidar com o luto, senhora. Nenhum de nós sabe. Espero que tudo o que veio a acontecer agora não seja mais uma maldição. Compreendo que a senhora se foi com raiva de mim, talvez eu merecesse ser guilhotinada e talvez não tenha sido uma boa heroína. Queria dizer também que dói em minha alma saber que escondeu quem realmente era por tantos anos de reinado por culpa do preconceito. Outrora, espero que um dia possa me perdoar por não chegar a tempo de salvá-la e que a dor cicatrize em seu nobre coração, onde quer que esteja.Com o mais sincero arrependimento de qualquer coisa que a tenha magoado. 

 Alana Forgari”

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