Capítulo 3

Capítulo: Notícias

A alcateia Toledo estava em polvorosa com a notícia que receberam logo pela manhã de um jovem lobo que havia ido à cidade em busca de suprimentos. Na volta, percebeu uma movimentação estranha em um dos becos conhecidos pelos lobos por ter fácil acesso à floresta e ali, rodeado de policiais humanos, estava o corpo de Gary largado de qualquer jeito no chão. 

Ailee, o jovem lobo, correu em direção aos policiais afobado para ter certeza se era realmente o ômega de sua vila. Quase caiu de joelhos no chão ao ver a cabeça do outro separada do corpo, logo a ânsia atingiu o pequeno lobo frágil e ele correu para vomitar em algum canto. Os policiais estranharam a reação do jovem ao ver o cadáver do homem ainda não identificado. 

— Rapaz? — Ailee se assustou com o toque repentino de um guarda que parou para ver se o garoto precisava de ajuda. O policial se afastou um pouco para dar espaço para Ailee respirar tranquilamente — Conhece aquele homem?

O homem alto de olhos castanhos apontou na direção de Gary e fitou atentamente os olhos do jovem se enchendo de lágrimas. Ailee estava em pânico, mas precisava manter a calma para lidar com a situação. 

O alfa! Pensou logo de cara ao encarar o homem à sua frente, sem responder sua pergunta. Preciso informar o alfa!

— Ei? — o guarda sacudiu de leve os ombros do garoto inerte em seus próprios pensamentos, ficando impaciente com a reação do rapaz, bufou irritado — Estou falando com você! Responda-me!

— Des-desculpe, senhor — suspirou falho, colocando a mão na frente da boca tentando esconder os lábios trêmulos — Conheço sim, ele morava perto da minha casa.

— Qual o nome dele? Sabe me dizer? — Ailee mordeu os lábios sem saber o que fazer quando viu o policial tirar uma caderneta e uma caneta do bolso.

— Ra-Raphaell Gary…

(...)

— Não acredito que Gary morreu — o alfa esbravejou no telefone — E ainda por cima, debaixo do meu nariz! — Do outro lado da linha, Ailee tremia de medo ao ouvir Willian rosnar em ódio, finalmente tinha conseguido falar com o líder sem ser interrompido por algum humano buscando por mais informações — Tudo bem, Ailee, pode sair daí, mandaremos alguém para queimar o arquivo. 

Então desligou. Willian ainda não acreditava que um de seus ômegas tinha sido assassinado, pela mesma mulher.

Pela maldita mulher! 

Grunhiu só de pensar na desgraçada. Mesmo não tendo ligações com a alcateia, Gary ainda assim permanecia nos seus limites e não deixaria aquilo passar batido.

— Então… O que faremos, alfa? —  o loiro perguntou em um suspiro, desligando a TV e jogando o controle no sofá. Michelangelo sentia sua cabeça latejar de dor só de pensar nos futuros problemas.

— Arrume um grupo com cinco lobos! Nós vamos achá-la, nem que seja no inferno — rosnou a ordem para o seu beta, logo saindo do escritório, descendo em uma velocidade absurda. Quando saiu de sua casa, Michelangelo estava atrás de si e logo o loiro tomou frente, uivando chamando os cinco guerreiros que acompanhariam o líder.

Enquanto esperavam a chegada do grupo, o beta viu os olhos do alfa mudarem de cor. 

A espera foi pouca, logo cinco lobos de grande porte estavam na frente do grande alfa, aguardando ansiosos pela ordem de Willian. Este que não demorou muito para decretar em um rosnando alto e dominante, sua intenção assassina sobressaia a de todos ali presentes. Os que passavam na hora tremeram ao sentir a pressão pesar, os olhos do alfa vacilando a todo momento, seu lobo queria roubar o controle. 

— ATENÇÃO​! IREMOS PROCURAR A GUERREIRA NEGRA! ESSA MALDITA MATOU UM DOS NOSSOS NÃO A DEIXAREMOS IMPUNE. — gritou para os outros. Os olhos brilhantes de ódio enquanto sentia seus ossos estalando por causa da transformação lupina, os pelos cobriram a pele e as garras cresciam em suas mãos. 

O grande lobo cinza soltou um ganido balançando a cabeça, como se estivesse dizendo um "vamos!" então saiu correndo pela mata.

Willian não deixaria a guerreira sair sem sua punição.

 Os lobos seguiam rapidamente pela floresta, sabiam que Angel estaria ali em algum lugar, eram os melhores em rastreamento e naquele momento eles haviam descoberto a localização da mulher. Graças a Ailee e sua habilidade incrível de guardar as presenças em sua memória, encontraram o esconderijo de Angel.

— Silêncio! — Willian disse se agachando em posição de ataque. Fitou os cinco lobos transformados à sua frente e Michelangelo da mesma maneira que ele, abaixado e lhe encarando, esperando a próxima ordem. — Estão preparados?

 — Ao seu sinal Alfa — um lobo de pelagem vermelha surrada disse por telepatia. Assentindo, Willian se transformou em um grande lobo cinza de olhos vermelhos.

Agora! — grunhiu começando a correr em direção a mansão da Guerreira Negra.

 (...)

Angel se despediu de Maggie após terem conversado e marcado um dia para ir ao império Vampers. A tarde com a vampira havia sido divertida e cansativa, a morena conversava mais que a boca, se Angel ficasse em silêncio por um segundo, era capaz de ouvir a voz estridente de Maggie soando em seus ouvidos. 

Suspirou sentando-se na cama fitando o teto sem graça, se perdendo em lembranças novamente. Era difícil de controlar, quando menos esperava, estava revivendo tudo de novo.

 Aquele dia estava com poucas nuvens e as mesmas carregavam tristezas.

...

— Angel entra para dentro! — uma mulher gritou da janela de casa. A bela mulher era Olívia Trindad, mãe de Angel. E mesmo tendo gritado irritada com a filha suja de terra - que agora corria em sua direção - sorria calorosa, amava ver o sorriso banguela de sua menina.

A garota corria de volta para casa passeando pelas ruas da Alcatéia. Todos sorriam amáveis para a criança adorável.

— Já vou, mamãe! — a pequena Angel respondeu a mãe, abaixando para pegar sua bolinha roxa e logo em seguida, corria desengonçada com as perninhas curtas para casa.

Edward, o irmão mais velho, esperava a menininha na porta como sempre fazia, um sorriso caloroso dançava nos lábios carnudos. 

— Ora só o que temos aqui, uma menininha suja! — resmungou sorridente pegando a garotinha no colo e fazendo cosquinhas. A gargalhada gostosa de Angel ecoou pela casa, abraçando o irmão sem se importar com a reclamação do outro ao sujar suas roupas também.

— Dwa, quero jogar bola com você e com Boo — bateu palminhas fazendo o mais velho rir.

— Então vamos achar o Boo! — sorriu colocando a menininha sobre seus ombros, gemendo dolorido quando a pequena agarrou seus cabelos e os puxou.

— Dwa! — resmungou bicuda balançando as perninhas — O ratinho puxou o bebelo do humano para ele andar, você também tem que andar quando eu puxo seu bebelo!

— Mas, Angi — manhou dolorido — Eu não sou um humano, sou lobo! E você também não é um rato! Para de puxar meu cabelo.

 Uma risada alta tirou a atenção da discussão dos dois e quando viram quem era, bufaram emburrados.

Alto, forte, de cabelos negros assim como seus pais, os olhos vermelhos se destacavam no rosto bonito Matthew.

— Boo! —  Angel gritou pulando do colo do mais velho seguindo para o colo do outro sem se importar com a provável queda que teria se o irmão não a tivesse pegado. Eles nunca deixariam Angel cair.

 Quando a viu deu um sorriso caloroso. Matthew gostava quando Angi a chamava de Boo, era um apelido brega que tinha recebido de Angel quando era mais nova. O motivo para ser Boo era simples, o gêmeo mais novo sempre brincava de esconde-esconde com a pequena, cobrindo o rosto com as mãos e as separando e dizendo um "Boo!". E assim ficou.

— Veja só! Se não é o meu anjinho — sorriu sentindo o coração inflar de amor e carinho, abraçou a pequena saltitante em seu colo com todo cuidado do mundo, como se carregasse a joia mais preciosa e frágil do universo.

— Boo, vamos jogar bola? — perguntou manhosa, tocando o queixo marcado do outro com as mãozinhas suaves.

 Boiola como sempre, Matthew nem negou, apenas tentou acompanhar os passos da irmãzinha.

Mas infelizmente aquela partida de bola não seria possível.

O som estridente do sino de alarme da vila tocou ecoando entre as casas da alcateia, todos os lobos saíram, algumas mulheres recolhiam seus filhos e corriam para o abrigo acompanhadas dos idosos e alguns guardas.

— A alcateia está sendo invadida! — o vigia passou correndo pela frente da casa da família do Alfa. O semblante de Matthew escureceu ao ouvir o homem gritar, mas sua feição mudou quando o viu cair em silêncio quando uma adaga de prata perfurou seu coração.  

Angel assistia tudo acontecer diante de seus olhos lentamente.

Seu irmão mais velho Edward correndo na linha de frente, atacando ferozmente aqueles que estravam em seu caminho, se transformando em um enorme lobo negro de pelos vibrantes e olhos avermelhados.

Um rosnado alto e dolorido ecoou e foi ouvido por cada lobo daquela vila, um arrepio sombrio passou por todos eles. A sensação de perda tomou conta dos corações de todos, abrindo brechas para o ataque inimigo intensificar. 

 O Alfa havia morrido.

O Alfa Yankee Trindad havia sido assassinado por Robert Kassio. O maldito homem era alfa da alcateia dos Kassios.

Angel abraçou o pescoço de Matthew com mais força, o mesmo apertava contra si. O coração partiu em pedaços pela perda do alfa e por ter perdido seu pai. Suas mãos tremiam, mas ele teve que se manter firme para segurar o corpo pequeno da irmã.

Angel só via borrões negros, o que era aquilo? O que aconteceu com aqueles que caíram um após o outro? Por que tinham lobos estranhos rindo e pisando nos seus conhecidos? Era aquilo que os adultos chamavam de guerra? 

Por que uma criança daquela idade tinha que passar por isso?

 — MAMÃE! —  gritou ao ver a única loba diferente da alcateia cair no chão, a bela loba com a pelagem rara branca sendo manchada pouco a pouco pelo líquido vermelho — Boo!? A mamãe! O papai!

 Sem o Alfa e a Luna, a alcateia se enfraqueceu. Assim funcionava, o pilar, a grande sustentação de uma alcateia partia da vida do seu Alfa e de sua Luna, a ligação dos dois poderes principais com o restante era forte. A alcateia era como uma grande família, o Alfa e a Luna eram seus líderes. A alcateia havia perdido seus pilares, o final já era previsto: a queda.

Matthew sabendo no que aquilo iria dar, suspirou trêmulo, seu lobo choramingava em seu interior, mas nada poderia ser feito. Sua única preocupação estava bem ali em seu colo, assustada — Vai ficar tudo bem anjinho, nós iremos vencer!

Foram as últimas palavras de Matthew antes de entrar em transformação e deixar Angel em um arbusto. 

Angi — a voz grossa e suave do lobo negro com olhos carmesim entraram nos ouvidos da pequena que chorou ao ouvir o ganido do irmão, fechou os olhos com força querendo que tudo aquilo fosse um pesadelo e quando acordasse seria acalentada pelos braços dos seus pais e teria os mimos dos seus irmãos. Matthew resmungou tocando o rosto da pequena com o focinho úmido — Angi, olhe para o seu Boo! 

Angel abriu seus olhos vagarosamente, encontrando as orbes calorosas do irmão. A boca do lobo se abriu como um sorriso e a voz risonha de Matthew ecoou em sua cabeça.

Lembra da nossa brincadeira, Angi? — o lobo deitou, escondendo os olhos com as patas, não queria que Angel visse suas patas tremendo, por isso tencionou os músculos — Cadê o Thew? Boo!!

Destampou o rosto vendo os olhos vermelhos do seu anjinho por conta do choro.

Agora é a sua vez, meu amor, vamos brincar e você vai se esconder aqui e quando tudo terminar, o Boo virá te buscar. O que acha?

A garotinha assentiu, se escondendo melhor no arbusto e com as mãos, tapou o rostinho vermelho. 

Olhando a menininha uma última vez, Matthew correu entre os corpos e guerreiros, atacando sem piedade os inimigos, ignorando a vontade de chorar, de ter o seu luto, de acalentar sua irmã. Matthew lutou até seu último suspiro.

E na escuridão, ignorando o pedido do seu irmão,  só se via aqueles olhos vermelhos chorando ao ver o massacre de sua alcateia.  

— Mamãe... Papai —  caiu no choro novamente vendo o corpo deles no chão, ainda mantinha o rosto coberto, mesmo assistindo tudo pelas frestas dos dedinhos. Quando resolveu fechar os seus olhos novamente, sentiu algo dilatando dentro de si.

— Ah! — o soluço saiu cortado, a dor dilacerando o corpinho de dentro para fora, apavorada e com os olhos arregalados, a pequena abaixou seu olhar para baixo e gritou ao ver a ponta de uma lança atravessada em seu abdômen. As mãos agarraram a ponta da estaca cheia de sangue. Desorientada demais para sentir presenças se aproximando.

 — O que temos aqui! —  foi o que ouviu antes de perder a consciência. Mas no subconsciente da pequena só se passava uma frase, a qual havia escutado dos velhos lobos da alcateia a um tempo atrás, uma conversa entre eles e os lobos adolescentes. Eles diziam sobre a história dos lobos, dos deuses e sobre seus instintos, sobre a verdade por trás de suas vidas.

"Nossas vidas passam com um sopro, passam rápido demais e sabem o porquê? Porque somos guerreiros, está no nosso sangue há gerações. Então chegará o momento na vida de vocês…

Onde terão que escolher entre duas opções para continuar…

Matar ou morrer."

E antes mesmo de entender o que aquilo significava, Angel já vivia aquela realidade e sem poder escolher entre as duas opções.

Morreu.

                  (...)

       Mesmo não tendo chance de escolher na primeira vez, a segunda ela já tinha certeza, morrer não era uma opção. 

                  (...) 

Acordou sentindo os olhos molhados, mais uma vez sendo presa por lembranças como aquelas, que sempre voltavam mesmo sem a sua permissão.  

— Aquilo tudo foi culpa minha! — falou alto tentando parar de chorar, uma tentativa em vão. 

 Um barulho no andar debaixo fez Angel se levantar rapidamente, imediatamente suas lágrimas cessaram e seu rosto endureceu.

Mas que diabos, pensou. Correndo desajeitada pelo susto, entrou em seu closet agarrando seu bastão e uma adaga. Conferindo suas armas uma última vez, ela fitou o nada, respirou fundo e tentou se concentrar. Ao abrir os olhos, se prestassem bem a atenção, podiam ver o fundo vermelho de suas íris encobertas pelas lentes azuis.

Suspirou e sorriu em seguida. Quem seria o idiota suficiente para invadir minha casa desse jeito? Resmungou antes de se disfarçar nas sombras, um dos poderes da alcateia das sombras. Angel podia transitar pelas sombras sem ser sentida, vista ou tocada, era um vão criado entre o espaço e ali, ela podia se esconder facilmente.

E dali, via tudo, o mesmo homem que a encarava no bar naquela noite. Os mesmo olhos que a fez esquecer de tudo a sua volta por um segundo. Mas caiu na real quando viu ele quebrando suas coisas.

— Willian Toledo! — disse com um sorriso claramente forçado, disfarçando sua irritação ao ver seu vaso japonês quebrado no chão. Filho da puta, ganhei o vaso do padrinho e esse desgraçado quebrou! Saiu das sombras ficando visível para o alfa, o homem se assustou com a aparição repentina, mas não deixou a mulher perceber o seu vacilo, rapidamente se transformando em humano a fazendo recair.

 Porra! O homem era lindo pra caralho! Fez ela até se esquecer do vaso centenário do seu padrinho.

"Oh, pelos deuses, para tudo! Que homem lindo, senhor!"

A voz de Trevas soou animada demais para o gosto de Angel, a mulher revirou os olhos, voltando-se para o homem que a matava com o olhar.

— Quem diabos é você? Já que sabe meu nome! — Willian estava curioso, a bela mulher a sua frente era um poço de mistérios, e ele se via querendo desvendar todos —  O que estou pensando? Tenho que matá-la. 

Parou um segundo para processar os seus pensamentos sobre Angel que assistia a cena mais confusa do que o alfa em si.  

Mortt estava inquieto dentro de si, algo na garota fazia o lobo querer ela por perto a todo instante, ser dele, somente dele.

Angel se diverte com a confusão interna de Willian. O homem parecia guerrear com algo dentro dele mesmo e tinha momento que ele sussurrava irritado, xingava ou então franzia as sobrancelhas indignado com alguma coisa.

Ela o conhecia, todos na verdade conheciam o todo poderoso, chefe da alcateia Toledo.

Os Toledos eram a alcateia do fogo. Assim como os lobos das Sombras foram abençoados pelos deuses Trevis e Luna. Os lobos daquela alcateia haviam recebido a bênção do deus fogo, por isso a pelagem avermelhada, mas a família líder dos Toledo tinha pelagem cinza como brasa.

— Então... O que vieram fazer em minha humilde residência? — Angel perguntou irônica sem se importar com sete lobos que haviam entrado abruptamente pela porta e se jogou no sofá. Totalmente despreocupada.

— Petulante — Willian resmungou em um rosnado baixo, revirando os olhos. Angel apenas se divertia cada vez mais.

— Ainda não me respondeu Alfa Toledo — Angel não economizou no seu tom desprezível ao falar o sobrenome de Willian. E o homem percebeu o tom de nojo na voz da outra.

Realmente Angel odiava todas as alcateias, nenhuma delas ajudou a conter o ataque dos Kassios. Não que as outras tivessem a obrigação de ajudá-los, mas o rancor nasceu e cresceu sem  ao menos perceber.

— Saíam! — Willian se irritou ao ouvir seu sobrenome sair com tanto desprezo da boca de Angel. Aquilo feriu seu orgulho como lobo e como era o Alfa, acabava carregando o orgulho dos seus antepassados. 

— Mas Alfa… — um lobo tentou contrariar, porém recebeu um rosnado, desaprovando sua atitude. Encolheu-se, com o rabo entre as pernas.

—  SAÍAM! — gritou exaltado quando não viu seus lobos se mexer.

Todos saíram, contando com Michelangelo, que estava curioso pela reação do Alfa. Nunca viu seu amigo agindo daquele jeito.

— Isso vai dar merda — murmurou baixinho e seguiu em frente, guiando os outros lobos para fora. A porta foi fechada em um baque e na casa, apenas restaram Angel e Willian.

Willian andou lentamente até a mulher, a mesma estava com um sorriso torto dançando nos lábios.

— O que te deu na cabeça? — o alfa tentou ao máximo se controlar, mas foi impossível vendo aquela maldita mulher sorrindo como se ele fosse um palhaço e estivesse fazendo graça — Matou um ômega que residia nos meus territórios.

— Corrigindo... Um Traidor — Angel fechou os olhos se inclinando no sofá sem se importar com Willian a sua frente — E outra, ele era um ômega, sabe muito bem que mesmo estando em suas terras ele era um lobo solitário, não cometi nenhum crime contra você, nervosinho.

— Raphaell não era um traidor! — gritou irritado, segurando o pescoço de Angel, a mesma nem ligou.

 — Ele era um traidor! — empurrou o homem para longe. A marca vermelha que ficou em seu pescoço lhe irritou.

 — Eu vou te matar! — Willian já seguiu para cima de Angel, que se protegeu revidando golpes altos e baixos como uma lutadora profissional.

 Em um piscar de olhos, Willian havia sido jogado no chão, preso pelas pernas e braços de Angel, a mesma ficou sentada sobre o colo do homem e sorriu, inclinando seu corpo para perto, o suficiente para o alfa sentir seu aroma - surpreendentemente - doce em suas narinas e os lábios da mulher roçarem sua orelha esquerda. Arrepiou-se quando ela sussurrou baixinho em seu ouvido.

— Agora você vai saber o porquê me chamam de Guerreira Negra.

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