Vermelho
Vermelho
Por: Franciele Viana
Capítulo 1

—Eu não vou conseguir major... Dói muito, eu prefiro a morte.

—Não repita isso.... Rápido, levem ele. —O sangue de mais um soldado estava impregnando em mim, a cada dia era isso que eu vivia.

A guerra está no homem assim como ele está na guerra, quando eu me alistei a dez anos para proteger o meu país eu era um jovem inconsequente. Depois de tudo o que eu vi e vivi, hoje o meu pensamento é outro, eu quero uma família, não que eu não morreria pra defender o meu país, mas eu também quero ter um filho, ter uma mulher em casa.

Se isso quer dizer que eu tenho que abandonar, o que eu tanto amo... eu vou!

Acordo em um sobressalto, desde que eu fui liberado, o acordo é que eu trabalharei na área burocrática eu não quero largar assim tão fácil, ainda preciso de um tempo.

Talvez eu faça segurança privada. Mas por hora eu só quero rever a minha família, que tem dois anos que não venho a São Petersburgo.

O voo é fretado, eles delegaram outro conterrâneo que estava para ser condecorado major, ele irá assumir, eu tive que lhe passar um treinamento, não é bem assim eu informei a minha saída a três meses e tive que ficar um tempo de molho, até agora.

Assim que o jato pousa trazendo não só a mim como outros que já não tinham condição de ficar no estado islâmico, não fomos simples alistamento se não poderíamos sair enquanto tivesse risco de guerra, mas o trato é que se houver teremos que voltar querendo ou não.

Vejo a minha mãe me esperando e algumas esposas e mães dos outros, eu queria isso uma esposa, talvez uma filha correndo para os meus braços. Minha mãe se aproxima com lágrima nos olhos eu corro pra abraçá-la, ela não imagina como eu sofri longe dela, e eu também não imagino o quanto ela sofre e o meu pai também.

—A Will olha só pra você, meu Deus. —Provavelmente se refere a barba grande e os cabelos raspado, ou talvez ao cheiro forte por ter ficado vários dias sem tomar banho.

—Mãe, olha só pra senhora. —Ela parece mais magra, sei que isso é batente por minha causa apesar dos anos ela nunca se acostumou.

—Eu nem acredito Will, finalmente meu menino é tão bom te ter em casa dessa vez não preciso me preocupar com a sua ida. —Fala ainda chorando agarrada a mim. Não sei se conto que se houver risco de um confronto não tenho escolha a não ser voltar, deixo essa ideia pra lá ao ver brilhar uma alegria em seus olhos. —Vamos tem um pessoal querendo te ver, aliás não te víamos a dois anos William Kline. —Fala em tom repreensivo eu gargalho, olho na direção do pessoal e aceno com a cabeça, os mesmos repetem o gesto.

A não ser pelas palmeiras maiores a casa dos meus pais continuam do mesmo jeito de antes, o mesmo lugar que eu cresci, que eu vivi até os meus vinte e três anos.

A casa tem um cheiro de almoço de domingo e não estranho quando vejo os meus amigos todos em casa, era de se esperar algo assim. Meu pai não segura a emoção ao me ver, Christopher Kline não costuma ser muito emotivo mas a certas coisas que balançam o coração do meu velho pai, como a dona Angelina por exemplo, apesar dos anos de caso são muito apaixonados é isso que eu quero pra mim.

—Então vamos ter que te levar pra perder a virgindade de novo? —Pergunta Dough divertido.

—Cara ele nem chegou direito, seja menos babaca Dough. —Simon rebate a pergunta.

—Não é de tudo uma mentira. —Comento rindo e eles me acompanham. —Mas eu preciso descansar hoje. —Falo, eles entendem que quando eu chego preciso dormir um dia inteiro, e dessa vez não é diferente.

Assim que todos saem eu vou para o meu antigo quarto, eu tenho a minha casa um apartamento a umas duas quadras daqui só que eu preciso desses dias em casa, preciso do calor da minha família.

Da minha janela eu vejo a casa dos Peterson, somos vizinhos desde sempre, toda vez que eu vinha via a Sarah o Trey conversava muito com eles, sei que eles tem uma filha quando eu fui ela era um bebê e ainda deve ser, ela é muito mais nova do que eu deve estar no ensino médio.

Quando acordo é por volta de meio-dia, eu tomo um banho e desço, por incrível que pareça os pesadelos não me acompanham quando eu estou nessa casa, aqui eu durmo tranquilo por isso a minha decisão de dormir aqui esses dias.

—Querido que bom que acordou. —Minha mãe fala assim que chego à cozinha.

—Bom dia mãe. —Beijo o alto da sua cabeça, ela fica no meu peito em altura—Cadê o pai?

—Ele está com o Trey, está tá tão feliz que você voltou pra gente. —Sorrio. —Vou colocar sua comida. - Avisa, eu só concordo com a cabeça.

Quando termino resolvo ir em busca do meu pai já sei o seu destino, e resolvi que vou convidá-los a uma partida de golfe. Toca a campainha dos Peterson, Sarah me atende e com o sorriso largo e feliz me saúda, ela é uma bela mulher, mas jovem deve ter destruído corações.

—Ah meu Deus, olha só você Will, entre.

—Como vai Sarah, vim ver o meu pai e Trey. —Ela me indica a sala em que se encontram, meu pai e Trey se animam em marcar a partida, eu só os observo, até que uma movimentação no alto de escada me chama atenção.

Perco o fôlego e engulo em seco ao ver as belas pernas torneadas, o corpo esguio e delicioso que desponta lá em cima e a lista de maravilha não para a boca é lindo os olhos então é o paraíso, meu corpo reage aquela mulher. Eu a quero na minha cama, em baixo, em cima de mim tanto faz como ela desejar, eu só quero sentir o seu corpo, seus lábios em volta meu pau, quero ser aprisionado entre suas pernas, e tudo mais que ela quiser, ela passa a língua pelos lábios, eu desejo o mesmo.

—Anne, filha. —A voz de Trey me tira do transe... Espera, filha? Então é ela a filha deles, não me parece em nada o bebê que eu imaginei, ela parece uma mulher deliciosamente fatal para mim, ela nos encara, me encara morde os lábios e anda em nossa direção

—Papai, senhor Kline, olá! —Cumprimenta a cada um de um jeito.

—Querida esse é William, filho do Christopher, não se lembra, não é? —Ela faz uma cara de pensativa, que me soa muito sexy.

—Não papai..., mas é um prazer conhecê-lo. —Ela aperta a minha mão e o seu cheiro penetra em mim, ela é deliciosa, meu pau se agita, ela torna morder os lábios.

—O prazer vai ser todo meu. —Digo com malícia, que ela parece entender, fica vermelha e isso me excita mais ainda. Ela se despede pois diz estar atrasada no hospital onde é voluntária, descubro que ela tem vinte e dois anos, o que me frustra um pouco, e dez anos mais nova do que eu, mas parece ser mais velha com aquele corpo esculpido a mão.

Não vou me alegrar a esse fato eu vou ter ela, nem que seja uma única vez, nem que eu tenha que armar pra isso acontecer....

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