Capítulo 4

Já estava a dois dias nessa casa e estava sendo um puro tédio sem ter nada para fazer a não ser assistir TV. Também faziam dos dias que não via o rosto do homem que me trouxe aqui e o único rosto que via era de uma mulher que me trazia as minhas refeições.

Quando percebo que a porta vai ser aberta abro um sorriso imaginando que seria a mulher que me trás comida, mas para minha infelicidade não era ela.

__ Feliz em me vê? - O homem que se não fosse um bandido seria perfeito.

__ Você não imagina o quanto. - Respondo irônica.

__ Que bom, fico feliz em saber. - Ele devolve no mesmo tom.

__ Você não tem nada para fazer não, em vez de me incomodar com a sua presença irritante? - pergunto sem muita paciência.

__ Você acha mesmo que eu viria te ver se não fosse para falar nada? Me poupe né garota, pensei que fosse mais esperta.

Não sabia exatamente o porquê mais aquelas palavras acabou me chateando. Pois suas palavras me fizeram me sentir uma pessoa insignificante e eu odiava me sentir assim e logo quando você é do signo de câncer, piora tudo.

__ Então diz logo o que você tem para me falar. - Falo.

__ Resolvi te dar um passe livre pela casa já que ela é afastada da cidade e ninguém mora por perto, sem contar que é cheia de seguranças.

__ Para quê tantos seguranças? Medo de que as famílias que você destruiu venham se vingar de você? - pergunto.

__ Não mecho com pessoas inocentes, então acho bom que você controle sua língua caso não queira ser a primeira!

Fico em silêncio ao perceber que ele não estava para brincadeiras e se tem algo que irei ter que aprender é a controlar minha língua aqui caso eu não queira ser morta.

__ Poderei fazer tudo que eu quiser na casa? - pergunto.

__ Faça de conta que é sua. Mas respeite minha privacidade e não quero você próxima a mim.

__ Medo de se apaixonar? - pergunto irônica.

__ Sem chance!  Nunca me apaixonaria por você. Você não faz o meu tipo e já amo alguém que isso fique bem claro.

Não sei quem tem mais bost* na cabeça: se é eu ou ele. Eu porque falo as coisas sem pensar e ele porque acredita nas minhas heresias.

Saio do quarto e caminho pelo um longo corredor cheio de portas suponho que seja os quartos. Desço uma escada e depois de caminha um pouco vejo uma sala com uma enorme porta, a abro e vejo uma enorme biblioteca repleta de livros.

Sento em uma das poltronas que ali havia e começo a lê alguns livros e me sentia como se estivesse em um mundo mágico, pois sempre amei ler bons romances entre outros.

E cada romance que que eu lia lembrava do Sr. sapo.

Se antes era difícil encontrar você, digamos que agora está impossível.

Não sabia exatamente o porque de está pensando constantemente no Sr. sapo, mas ele simplesmente não saía da minha cabeça.

E nunca nem um homem me fez sentir essa sensação que ele me fez sentir. Para mim era algo novo e meu coração anseia em o encontrar.

Saio dos meus pensamentos quando a porta de repente é aberta.

__ O que está fazendo aqui? Já era para está dormindo. - Ele fala autoritário como sempre.

__ Você disse que eu poderia ficar onde eu quisesse. Aliás qual o seu nome? - pergunto.

__ Para que isso importa? - Ele pergunta indiferente.

__ Porque toda vez que você fala comigo não sei como te chamar , simples assim. - Respondo.

__ Nicolas. - Ele responde baixo.

Será que tudo nesse sei lá o que tinha que ser bonito?

__ O meu é ... - Sou interrompida pois ele não me deixa falar.

__ Eu sei mais coisa sobre você do que você pode imaginar Laura. - Ele fala com um sorriso sarcástico.

Confesso que isso me assustou um pouco, como ele sabia meu nome?

__ Me faz um favor? - pergunto tentando ser dócil coisa que eu não era.

__ Não é do meu feitio fazer favores. - Ele diz sentado na poltrona com um livro.

__ Me deixa avisar a minha família que estou bem, por favor? - Suplico a ele.

__ Eles sabem disso. Agora lembre-se que disse que não queria você próxima a mim. - Ele fala calmo.

__ posso saber porquê? - pergunto com deboche.

__ Sua presença me irrita. - Ele diz me olhando sério.

__ Seu idiota, mafioso, bandido covarde. - Grito tudo que estava entalado na minha garganta.

me apronto para sair dali.

Mais sou puxada pelo braço e empurrada na parede por ele.

Que agora segura meu braço com força enquanto levanta uma mão, acredito que para me bater mas logo em seguida abaixa, e o seu olhar me causava medo.

__ Minha paciência tem limite Laura, e acho bom você não brincar com ela, pois não sou um bandido qualquer como você me chama mas sim o filho do capo, pronto para assumir esse cargo em breve.

__ Você está me machucando. - Falo quase em um sussurro enquanto as lágrimas caíam.

__ Que isso não se repita pois não gosto de machucar mulheres. Agora some da minha frente. - Ele diz exalando fúria.

Se uma coisa que não tinha e agora tenho era medo desse ser que o odeio com todas minhas forças. Olho para o meu pulso e vejo que ficou roxo com leves marcas de unhas onde ele pressionou.

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