CAPITULO 1

Stephanie 

   Finalmente formada, eu quase não acredito que finalmente eu conseguir realizar o meu sonho, o tão almejado diploma de Bacharel em Administração e de quebra ganhar um presente surpresa que é trabalhar para os Galanis, eles são tipo a supremacia do mercado de trabalho e embora eu tenha ganhado uma chance por ser amiga da namorada do dono não me sinto nem um pouco ofendida pois eu sei dos meus esforços e conheço o meu valor posso facilmente mostrar que fui uma boa aquisição para a empresa.

O único problema é que um dos donos o homem mais galinha dessa cidade cismou comigo, tudo bem que ele é um gostoso mas não vale a pena ser mais uma na sua enorme lista de conquistas e ainda tem o agravante que vamos trabalhar juntos ia ser tão constrangedor se eu caísse em seus encantos.

O namorado da minha amiga me pediu ajuda para fazer uma surpresa para ela e eu claro que ajudei prontamente, minha amiga merece ser feliz e Zeus parece ser um cara legal e que gosta muito dela torço muito por esse casal só sinto porque no andar da carruagem eu ficarei sozinha no apartamento que divido com ela a solidão não é nada legal, nessas horas um namorado até que faz falta, acho que vou adotar um cachorrinho para me fazer companhia.

A solidão e eu meio que somos amigas, eu cresci em um orfanato não conheci meus pais, não sei porque não me quiseram e não tive a sorte de ser adotada, mas uma das moças que trabalhava lá me ajudou quando eu tive que sair quando completei dezoito anos, pelo menos sair formada no ensino médio pois eles disponibilizam para aqueles que realmente tem interesse.

O nome dela dela era Guiomar, me arrumou um emprego de garçonete em uma boate do alto escalão onde trabalho até hoje, e então fiz vestibular, passei com bolsa integral para administração e dei duro para conseguir ir até o final. A faculdade me trouxe outro presente além do diploma trouxe a minha amiga/irmã Manuela e desde então somos inseparáveis.

Com a proposta de trabalhar na minha área vou pedir demissão na boate, agradecer o Rui pela oportunidade e ajuda durante todos esses anos e vou focar na minha carreira.  

Quando canso de correr em volta do quarteirão do meu prédio volto para meu apartamento, o final de semana passou voando e a Manu deve chegar hoje. Entro distraída com os fones de ouvido alto e me assusto quando sou puxada grosseiramente e jogada no sofá da sala e tudo acontece muito rápido e quando vou gritar por socorro recebo uma coronhada na cabeça e antes de apagar oro para que não me violentem e que seja apenas um assalto.

                                                                          ***

Acordo amarrada em uma cadeira com Manuela do meu lado no que parece ser um galpão abandonado e vejo seu ex namorado Pedro e um outro cabeludo que não conheço e estou em choque, não foi assalto nós fomos sequestradas.

Eles discutem e a cada tapa que minha amiga leva eu levo outro e minha cabeça já esta latejando, sinto uma dor absurda no meu braço.

O cabeludo que agora sei que se chama Steven conta o porque de estarmos aqui e ele é um doente, tudo por causa de uma vingança estupida direcionada ao Zeus. Ele ameaça violentar Manuela e Pedro não gosta, eles discutem e Pedro acaba com uma bala no meio da testa.

O choque pelo que acaba de acontecer na minha frente e as dores que sinto em todo o meu corpo faz com que eu fique no modo automático, somos levadas para um quartinho imundo nos fundos do galpão, minha amiga chorando e me pedindo perdão como se ela tivesse culpa de alguma coisa.

Em seguida tudo acontece muito rápido, muitos tiros e confusão do lado de fora mas de repente o tal Steven invade o quarto e pega Manuela para servir de escudo e eu não consigo fazer nada meu braço dói muito. Zeus invade o quarto e eles discutem um pouco até que Steven leva um tiro na cabeça e Manuela apaga, eu simplesmente desligo minha mente é muito trauma para uma dia só. 

Hades

Estou no saguão do hospital aguardando a alta da Stephanie, meu final de semana foi caótico não parei de pensar um segundo naquela mulher e juro que é só meu ego falando, não aceito ser outra coisa conheci ela um dia desses. Falei com meus irmãos que ia cuidar dela nesse período de recuperação do braço quebrado e gostaria de ressuscitar aquele infeliz só para ter o prazer de mata-lo novamente.

Fiquei angustiado e triste com o sequestro dela e por isso decidir que iria passar esse tempo com ela para ver se paro com essa fixação louca. E o mais estranho é que eu me ofereci de espontânea vontade para cuidar de uma mulher e só posso estar ficando doente, quando isso aconteceu? Nunca !

Caminho para o quarto dela a fim de dá a noticia que ela passará as próximas semanas comigo em Alpine na casa dos meus pais, e algo me diz que convence-la não será uma tarefa fácil embora não tenha escolha.

- Obrigado

Doutor estou sentindo apenas um incomodo - escuto ela falar com o médico assim que entro no quarto.

- Receitei alguns remédios que ajudarão a melhorar - ela diz solicito, solicito demais para o meu gosto - está liberada só peço que siga as orientações e logo estará novinha em folha - Te darei meu número pessoal para que entre em contato caso sinto algo.

- Não será necessário Doutor  - friso bem o Doutor para deixar claro sua posição - Eu cuidarei pessoalmente para que ela siga todas as orientações que não será necessário procura-lo, não é querida ? - questiono e beijo sua testa o que me causa um arrepio e ela me encara atônita sem palavras.

- Tudo bem, até mais Stephanie - ela diz me avaliando e se retira.

- Que história é essa que você vai cuidar do meu tratamento Hades - ela finalmente se pronuncia.

- Manuela está machucada - ela se alarma - Calma, nada com que deva se preocupar - a tranquilizo - E ela ficará com meu irmão ou seja você não pode ficar sozinha e sei que tudo será um pouco difícil por conta do braço então me ofereci para cuidar de você.

- Em troca de que ? - ela questiona de nariz em pé, pelo menos não negou ainda - você jamais faria algo dessa magnitude a troco de nada.

- Assim você me ofende florzinha - ela faz careta.

- Desembucha Hades - ela me encara.

- Olha eu não sei esta bem ? - ela não se convence - Eu passei o final de semana pensando em você o que é muito estranho e constrangedor - digo me lembrando do episódio com a mulher no motel - E como você não tem ninguém para te ajudar eu resolvi me candidatar e de quebra descobrir porque não te tiro da cabeça.

- Eu não vou transar com você - ela determina.

- Quem está falando de sexo aqui garota? - mulherzinha chata.

- Isso é só porque eu te disse não, é o maior galinha de Nova York não aceita um não e agora está doido querendo mostrar para si mesmo que consegue qualquer mulher o que sinto te dizer, comigo não vai rolar - ela diz cheia de convicção - e quando você cuidou de uma pessoa ?

- Pode apenas agradecer ? - pergunto ignorando todo o resto, ela não sabe que já cuidei dos meus irmãos quando aquele monstro do nosso progenitor os machucava.

- E quem disse que não tenho ninguém? - ela pergunta.

- Você tem ?

- Não - ela diz em um suspiro triste - Ainda assim não vou transar com você.

- Tudo bem detentora de todas as verdades e as certezas - digo debochado.

 Seguimos lado a lado para o meu carro no estacionamento no hospital e no caminho ela pede para ir em sua casa pegar alguns pertences, depois passo em uma farmácia para comprar seus remédios e em seguida partimos para Alpine.

- A casa é linda - ela diz quando entramos.

- Sim - concordo sem ter o que dizer - Vou te mostrar seus aposentos a casa está sem funcionários no momento então teremos que pedir comida.

- Posso cozinhar - se oferece.

- De jeito nenhum - digo.

- Não estou invalida.

- Me diga isso quando não estiver sobre efeito de remédios e a dor estiver te consumindo - coloco medo sem nenhum remorso - Seu quarto florzinha.

- Não me chama de florzinha - ela diz irritada.

- O meu é esse aqui da frente qualquer coisa é só bater - digo colocando sua mala em cima da cama - Se entrar sem bater pode acabar me vendo pelado gosto de andar livre.

- Não tem nada que eu já não tenha visto em algum lugar - diz tranquila.

- Não tão grande aposto - digo convicto.

- Se você diz - ela fala debochada, filha da puta - Mas se eu for lá vou bater não quero te constranger.

- Você vai engolir essas palavras com porra - digo bem próximo a seu rosto e a vejo engolir em seco - Vou pedir nosso jantar se quiser descansar ou tomar um banho tem tudo que precisa no banheiro - ela ainda está sem palavras me encarando. 

Satisfeito com a forma que a deixei sigo para meu quarto para tomar um longo banho gelado e pedir nosso jantar, aquela atrevida tem horários para remédio e se alimentar. Serão longas semanas e espero que quando passar eu esteja livre dessa fixação que estou tendo, talvez seja só desejo reprimido.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo