Capítulo 3 - O segundo confronto

“Só sei que nada sei”

Sócrates

A escuridão o envolvia, tentou desesperadamente respirar sem sucesso, todos os músculos de seu corpo estavam imóveis, estagnado, não conseguia locomover um dedo sequer, única coisa que sentia era um frio que o cobria, sabia que estava em um campo vibracional que os demônios se alimentavam com todas suas forças putrefatas, aquele ser estava com as energias sendo drenadas, se continuasse mais um curto tempo como àquele envolta daquele campo enérgico diabólico seria mais uma sombra desse ser das trevas, o que mais atormentava era saber que a vida dele dependia da existência de seus parceiros, falecendo ali seus companheiros padeciam, o espírito dele era um portal que todos dependiam para voltar as suas origens.

Aquele local de súbito desconhecido aos aventureiros, que decidiram desbravar o cosmo, com a evolução da alma pela limpeza dos pensamentos, os sete que estavam naquele planeta sabiam que a volta para Terra dependia do seu amigo.

O caminho solitário que resolvera seguir, pois em perigo todo o grupo, aquela irracionalidade egoísta, estava na tentativa desesperada de puxar ar aos pulmões, mais uma vez em vão, ele não poderia desistir, tentava concentrar energia, mas eram estranhamente drenadas, todas suas tentativas era em vão, o sentimento de inutilidade o constrangia perante o grupo nessa oportunidade ímpar.

O caminho surreal que prosseguia, declarava a sensação de impureza em sua evolução como líder espiritual, não constatava nos altos das soluções que tomara a insensatez de prosseguir até o centro daquela força cósmica que faziam os vultos rodarem ao seu redor, glorificando a existência de um local devotado aos anseios da carne, queria resolver esse mistério, o grupo optou por uma tática, ele se afastou dos que o seguiam, decidindo caminhar sozinho para o mistério que o acorrentava.

Muito provável ter pensado na força de todos juntos, mas deveriam percorrer outros caminhos até chegar ao ponto final, decidiu tomar um atalho, só para colher informações, gostaria que fosse tudo fundamental na aventura transcendental que estava vivenciando.

Lembranças recorrentes latejavam em sua consciência, quando tudo era mistério, quando não possuía respostas às dúvidas vorazes que o consumia, aquela floresta que fora transportado ainda criança, indo parar em uma selva densa, o desespero havia o controlado, sempre soube que estava sujeito às sensações desastrosas, energias ruins o atormentava imensamente, o lapso aconteceu quando sentia suas últimas forças desvair.

Não saberia como continuar, se render era a única opção, a procurar as respostas que precisava, fez surgir no centro de toda negritude da consciência, outra lembrança desdenhou em sua mente, momentos antes de ter caído nessa força que o drenava. Estava à espreita, cauteloso, quando sentiu um sarcasmo satânico aproximando do seu sentido auditivo, presumindo ser apenas mais uma das sombras que havia destruído momentos antes, procurava a fonte inicial da propagação que enfrentava incansavelmente.

Ao perceber do que se tratava aquele sarcasmo, era tarde demais, uma legião de vultos estavam em sua volta, rindo alto, e desferindo golpes de aguilhão, tentou em vão reagir, quando sentiu a falta de quem realmente precisava estar por perto, seus leais parceiros, essa sensação de ausência só fez abrir a brecha dimensional-temporal-espacial em sua Aura, para o ritual que iria fazer dele mais um entre tantos que servia as vontades do senhor das trevas.

- Você sem seus companheiros é um nada.

Ouviu a esmo, questionou.

- Qual seria a sua real função nesse mundo?

O esmo que o absorvia, levando a um moinho de indecisões.

Realmente ele já havia controlando essas incertezas em sua vibração, desde cedo à vida lhe propôs desafios, ao qual soluções apareciam com a profundeza das suas lucubrações.

A metamorfose dele prosseguia, linhas começaram a envolver o colocando em uma crisálida.

Aquela sensação que remontava a primeira aventura no campo cósmico surgiu de forma involuntária, ele não tinha resposta para o que acontecia, assim como ele não tinha solução para se livrar do casulo que o envolvia.

A incerteza do início, e a certeza do fim, se uniam a cada instante, ser um deles era tudo que não queria e não poderia acontecera, as linhas já envolviam da cintura abaixo, quando tentou desferir o golpe de piedade, não um golpe que atingiria aquela legião faminta por forças espirituais, mas um golpe que atingisse a mente de quem pudesse ouvir a mensagem, concentrou toda sua energia, emitindo um – SOCORRO. Não saberia dizer se a mensagem chegou aos receptores que intencionou, mas sentiu se propagar no infinito do universo.

Aguardava a providência divina, para consumir ou libertar daquele fardo.

O restante do grupo unido corria desesperadamente ao encontro daquela ultima faísca de energia ao local onde fora emitida, todos concentrados, não podiam padecer nesse lugar hostil.

Mas os outros seis mesmo unidos sentiam o laço que uniam aos seus corpos na terra se desfazendo, a negatividade começara a dominá-los.

Quando as linhas estavam em volta do pescoço, ele conseguiu ver a criatura que deveria derrotar aquele ser horripilante vindo diretamente da horda de Lúcifer, tarde demais, a imagem dele ficara em uma consciência que absorvia a última essência de seus valores.

O desespero dominava as entranhas de todos. Essa não seria a metida racional para resolver a questão, não poderiam se abater, mas o portal não iria ser aberto novamente, o espirito iria separar do corpo, ocasionando a vagar na inexistência da existência.

A energia cósmica que cobriu o primeiro aumentou repentinamente atingindo o restante do grupo, eles não seriam aptos a enfrentar aquela fúria toda, naquele instante, as sombras mais uma vez iniciara o ritual para conversão dos nobres retirantes, o final da aventura se desenhava de forma trágica, os seis ficaram paralisados, assombrosamente, aquela legião de sombras se uniu, eram muitos, lutar com dezenas era aceitável, mas aquilo já estava foram do alcance, realmente a força que os uniu em rumo do desconhecido, abreviara para um mistério na metáfora, o além o aguardava, os corpos que estavam na terra, em êxtase espiritual, sentia a temperatura aumentar, o elo entre os dois planos, sentira que seus corpos na Terra, estava sendo dominados pela escuridão, a envergadura espiritual que projetava, estavam se perdendo, vagaria eternamente sem ter um desfeche para as mortes que aguardavam a todos.

As energias dos seis estavam indo embora, realmente suas emoções não estavam equilibradas para aquele momento, deviam purgar todos, atingir a santidade se quisesse ter uma oportunidade, eles não iriam esperar no Seol, pois em suas pesquisas empíricas tinham assumido os riscos, de projetar sua aura a outro local, todos aceitaram a ideia, o restante fora consumido rapidamente por aquela força sombria.

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