A escuridão na luz.
A escuridão na luz.
Por: Raphael Lucas
Prólogo: mentes sombrias.

O que é normal ou não varia de pessoa para pessoa. O que deve ou não ser feito às vezes é distorcido. Para aquelas pessoas, seria mais um dia comum. Eles que são assassinos, mas com o luxo de se chamarem de profissionais. Um grupo formado por 4 pessoas é contratado para dizimar uma família inteira. O grupo não tem um nome, mas os chamam de deuses da morte. Moravam em uma cidade chamada Helgale, em um bairro até pacífico e em uma casa que se vista de fora, pensariam estar abandonada. Recebem os contratos por cartas, para não serem rastreados.

Eles se reúnem na sala agora e observam o contrato. Eles são Adam Taylor, um homem de 40 anos, cabeludo e barbudo, este que o grupo vê como seu líder. Lívia Anne, uma jovem de cabelos negros e compridos. Yumi, uma japonesa boa com armas brancas e por último, Steve. Steve era o mais calado e distante do grupo. Ele tinha um cabelo um tanto grande, que ia até o queixo e tinha olheiras fundas. Os quatro analisam a carta do contratante, que diz:

´´ Eles moram na segunda casa, da direita para a esquerda, na rua clean reaver. São uma família de cinco. Não são tão boa gente quanto dizem por aí. Eles já me causaram muito problema. Matem todos, todos mesmo. Lhes pagarei 10.000 dólares por cada um. Aqui está um adiantamento. ``

Junto da carta havia 5.000 dólares em dinheiro. O contrato pareceu bem lucrativo para eles. Eles combinam de aceitar e ir até a casa naquela mesma noite. Adam disse para Steve e Lívia que fizessem um reconhecimento. Eles se vestem para sair, Lívia põe uma calça jeans e uma blusa preta com o número 69 na frente. A jovem gostava também de usar maquiagem nos olhos e um colar e brincos dourados. Steve apenas pôs uma calça e uma blusa preta. Os dois saíram discretamente do esconderijo e foram para as ruas.

Era um dia ensolarado e muitas pessoas andavam para lá e para cá. Steve e Lívia foram até o endereço da casa, para observar a família que teriam que eliminar. Eles encontram a casa e a observam do outro lado da rua. Para disfarçar, os jovens fingem estar namorando.

Steve observa a casa por cima do ombro de Lívia. Depois de um tempo, ele diz para Lívia que já era hora de irem. Eles voltam para o esconderijo. Chegando lá, Steve diz aos outros:

- São os pais, dois filhos mais velhos e uma garotinha, deve ter uns 10 anos.

- Uma criança? Posso ficar com ela – perguntou Lívia, com um sorriso no rosto.

Steve olhou para ela com desaprovação. Ela sorriu para ele e mexeu nos cabelos. Ele deixou a sala e foi para seu quarto. Cada um deles tinha um quarto pequeno, decorado ao seu gosto. O quarto de Steve era um tanto vazio, tendo apenas uma estante e um armário. O armário era onde ele guardava roupas, a estante tinha livros de poesia. Ele se sentou no chão e permaneceria ali até o anoitecer. Lívia também vai para o quarto dela. O quarto da garota era decorado com souvenirs de pessoas que ela tinha matado. Dentre estes itens, um relógio caro, um colar com a foto de uma jovem dama, um outro colar com um pingente de cruz e um vestido infantil branco.

Ela olhava para a coleção dela e se sentia orgulhosa de trabalhos passados. Ela então deita em sua cama e dorme. Algumas horas depois, a noite chega e os jovens saem de seus quartos. Os assassinos se reúnem na sala e começam a se preparar. Yumi pega sua katana e a prende na cintura. Ela veste uma camiseta preta com o número 4, um sobretudo e um cachecol vermelho. Ela se aproxima da porta e espera os outros terminarem de se preparar. Adam veste uma jaqueta jeans com espinhos no ombro e pega uma faca de sobrevivência. Ele se junta a Yumi. Lívia permanece com a mesma roupa que estava mais cedo e enrola uma corrente no braço direito. Ela se junta aos dois perto da porta. Steve veste um casaco preto e uma máscara de pano cobrindo a metade do rosto, com uma caveira desenhada. Ele pega um facão largo e prende nas costas, escondendo por dentro do casaco. Ele também pega uma pistola silenciada.

Depois de se prepararem, eles saem um de cada vez para manter a discrição. A família alegremente assistia TV na sala. Parece que assistiam um programa de comédia. Estavam todos sentados no sofá. As janelas da casa estavam abertas. Um som estranho veio do lado de fora da casa. Todos dentro ouviram. O pai pegou um taco de beisebol e foi checar o que era. Os dois filhos mais velhos ficaram com a mãe e a irmãzinha mais nova. Chegando do lado de fora, o pai achou tudo muito quieto e silencioso. Ele olhou em volta da casa, para ver se era algum animal revirando o lixo. Caminhando até lá, ele viu que não havia animal nenhum. Ele de repente sentiu algo frio em seu pescoço.

Ele levou a mão ao pescoço e sentiu algo que achou ser uma faca. Uma mão segurou o seu ombro e a faca foi puxada com força. O homem viu seu sangue voar pelos ares e caiu. A visão se tornou totalmente escura. Alguns minutos se passaram. O resto da família achou estranho o pai não ter voltado ainda. Um dos filhos mais velhos decidiu ir checar, mas antes de sair da casa, eles ouviram um outro som vindo da cozinha.

- O que foi isso? Veio da cozinha, não é – disse um dos irmãos mais velhos.

Ele se aproximou da cozinha e viu que tinha algo grande na pia. Ele foi até a pia e olhou o que tinha dentro. O resto da família ouviu um grito de pavor vindo da cozinha. Correram até lá e viram o rapaz estático, olhando para a pia. A mãe olhou para ver o que era e viu uma cabeça, a cabeça de seu marido. Ela gritou absurdamente alto e se desesperou. Ela cobriu o rosto da filha mais nova, para que ela não visse nada. Os outros dois jovens pegaram em mãos facas de cozinha e olhavam em volta sem saber o que fazer, esperando alguém que viesse fazer algum mal a eles.

O vidro da janela se rachou e sangue espirrou da cabeça de um dos irmãos mais velhos. Na testa dele, um ferimento redondo sangrando bastante e na janela um buraco também redondo. Alguém havia atirado do lado de fora. O filho mais velho que ainda está vivo pega a mãe pelo braço e a puxa para os quartos. A mãe puxa a filha mais nova junto dela. O rapaz põe a mãe e a irmãzinha dentro de seu quarto. Elas vão para o canto do quarto e ficam abaixadas no canto da parede. Uma lâmina então cruza o peito do rapaz. Era uma katana. A lâmina é puxada, o corpo dele cai no chão. A mãe e a filha gritam de pavor enquanto Yumi olha para elas da porta do quarto.

- Agora é minha vez! – Diz uma voz vinda do corredor, falando com Yumi.

Lívia aparece na porta do quarto, com a corrente enrolada no punho. Ela se aproxima da mulher e da criança e puxa a mãe da garotinha pelos cabelos. A menina, assustada e com o coração batendo rápido como nunca, observa a mãe ser arrastada e grita:

- NÃO! Para, deixe ela em paz. Para... para...

Lívia pisca para a garotinha e continua arrastando a mulher. Ela arrasta a mulher até o corredor. A garotinha ouve um som de algo pesado batendo com força. Ao mesmo tempo, ela também ouvia o som da corrente. A mãe dela gritava como se estivesse sentindo dor, mas depois parou. Lívia voltou para o quarto e a corrente enrolada no pulso dela estava manchada de vermelho. Logo depois que ela entra no quarto, Adam e Steve também entram. Eles cercam a garotinha, que tremia de medo.

Adam pega no chão um brinquedo, com um adesivo branco escrito o nome ´´ Melanie``. Ele deduz que era o nome da garotinha. Ele diz:

- Melanie, não é nada pessoal. Você é uma criança, eu não queria fazer isso.

Melanie dá um berro, mas parece não estar olhando para eles. Ela estava olhando para algo atrás deles. Eles se viraram e viram o rapaz que tinha levado o tiro na cabeça... de pé! Ele andava com certa dificuldade e gemia. Os olhos dele estavam totalmente brancos. Todos se espantam. Aquilo não parecia um tipo de milagre, realmente parecia que ele estava morto. Steve pegou a pistola e deu um tiro no peito do cadáver ambulante. O tiro pareceu ter o feito sentir dor, mas sua única reação foi parar de andar por alguns segundos. Ele continuou andando logo depois. Yumi desembainhou a katana e cortou a cabeça do cadáver. A cabeça e o corpo caíram no chão e agora ele parecia estar morto.

Mesmo assim, o braço esquerdo do corpo ainda se movia, balançando e batendo no chão. O outro jovem com o buraco de katana no peito veio logo em seguida, com o mesmo aspecto. Olhos brancos e gemendo. Melanie se levantou e correu para fora do quarto, gritando. O outro cadáver se aproximava lentamente dos assassinos. Adam diz:

- Isso é um zumbi?

- Parece que sim. Mas isso não existe! – disse Lívia, andando para trás, se afastando da criatura.

Steve golpeou a cabeça do zumbi com o facão. Ele caiu no chão e enquanto se contorcia, os assassinos correram para fora do quarto. Eles saíram da casa e viram muitas pessoas na rua e em frente às suas casas. Todos pareciam assustados e desesperados. Um veículo veio, atropelou algumas pessoas e bateu. As pessoas tentavam de alguma forma se ajudar. Os assassinos estavam confusos e apavorados como todo mundo, mas aproveitam a distração das pessoas para irem embora sem serem vistos. Eles correm para longe, deixando para trás aquela cena de terror que causaram e a que vivenciaram.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo