Capítulo 5

Capítulo 5: Zayan Lawrence...

Após uma exaustiva viagem, voltei a Nova York. Passei uma temporada em Londres, ocupando a cabeça com reuniões e eventos da empresa.

Sou Zayan Lawrence, 33 anos, divorciado. Um homem que sempre buscou a excelência em tudo o que faz.

Desde muito jovem, aprendi que o sucesso não vem fácil, é preciso trabalhar duro, sacrificar e ter foco. Como CEO da maior empresa automobilística de Nova York, herança da família Lawrence, dedico a minha vida ao trabalho.

Acredito firmemente que cada conquista é resultado de esforço e determinação. Isso me fez alcançar grandes alturas na carreira, mas também me deixou com uma reputação de arrogante. As pessoas não conseguem ver além da minha fachada confiante.

A empresa está sempre no top 10, estou em primeiro lugar, graças ao meu esforço, determinação e dedicação. Sou focado e exigente, trabalho com os melhores e valorizo cada funcionário.

Minha vida pessoal, no entanto, é um campo de batalha. Após o abandono da minha esposa, percebi que o amor é uma armadilha que nos destrói com impacto avassalador. Ela não lidou bem ao descobrir o meu passado, deixou claro que tinha nojo de mim.

O relacionamento que eu tinha se desfez e isso me deixou cético sobre a possibilidade de amar novamente. Prefiro manter as coisas em um nível prático e racional, evitando qualquer envolvimento que possa me deixar vulnerável.

Sou pai de duas lindas meninas, Isadora e Isabella. Elas são a luz da minha vida, mas confesso que a relação é complicada. A maioria do meu tempo é consumida pelo trabalho e, embora eu tente ser um bom pai, muitas vezes sinto que estou ausente. Tento compensar isso com presentes ou pequenas surpresas quando as visito, mas sei que elas precisam de mais do que isso, precisam que eu esteja presente.

Viajo frequentemente a trabalho, o que só aumenta a distância entre nós. Cada viagem é uma oportunidade de crescimento profissional, mas, ao mesmo tempo, me lembra do tempo que perco com elas. Recentemente, tomei a decisão de mudar isso. Quero ser um pai mais presente e ativo na vida delas. Aprender a priorizar momentos simples, como um jantar em família ou uma tarde no parque, sei que esses momentos significam muito mais do que qualquer conquista profissional. Não só para mim, mas também para o desenvolvimento delas.

Isadora é a mais travessa, Isabella é o oposto e tímida.

A vida não deu muito tempo para me reorganizar. A notícia da morte misteriosa do meu tio me atingiu como um raio. Voltar para a Flórida foi inevitável. Voltar para a matriz, para reassumir meu lugar como CEO, é um dever que carrego, mas que agora está manchado pela necessidade de entender o que aconteceu com ele. Há muitas pontas soltas, muitas perguntas que precisam ser respondidas.

Sou um homem complexo, forte fisicamente, mas lutando contra inseguranças. Às vezes me pergunto se conseguirei encontrar um equilíbrio entre ser um líder eficaz e um pai amoroso. No entanto, uma coisa é certa... estou determinado a fazer o melhor para minhas filhas e espero conseguir. Não gostei de saber que o meu pai deixou Daphne colocá-las num internato.

Na mansão dos meus pais fui recebido por beijos e abraços carinhosos e carregados de saudades, das minhas meninas. Com elas em meus braços, percebo o quanto estava com saudades.

Entrei em transe com uma jovem mulher de cabelos castanhos escuros, com um olhar intenso trabalhando na mansão.

O uniforme de arrumadeira acentua sua cintura fina. Ela tem um visual natural e elegante, com maquiagem discreta. Sua expressão é confiante e sorridente diante das meninas, transmitindo uma sensação de alegria e autoconfiança, porém, percebo que há uma profunda tristeza em seu olhar.

Imediatamente sou atraído pela beleza daquela jovem. Seu olhar parece me prender, coisa estranha isso.

A sua beleza desperta uma sensação diferente, algo que transcende a mera atração física.

Desviei o olhar e cheguei a ser indelicado, me recordo do sermão do meu pai e Daphne, após eu levar a última babá das meninas para a cama. Fui um canalha eu sei, mas cheguei bêbado em casa, ela se ofereceu e acabou acontecendo.

Após o almoço, fiquei com as meninas em seus quartos assistindo um desenho, até que adormeceram.

Desci e meu pai me chamou para conversar no escritório com sua esposa.

Nos acomodamos nas respectivas cadeiras e ele diz:

— Se vai falar o que estou pensando, isso está fora de cogitacão Calebe! — exclamou sua esposa.

— Ela é ideal, Daphne!

— Posso saber ao que se referem?

— Acredito que essa moça que a sua mãe contratou como arrumadeira se encaixaria perfeitamente para ser babá das meninas! Viram como ela conseguiu fazer as meninas comerem e antes do almoço, flagrei as minhas netas brincando com ela e nunca vi elas gargalhando tanto!

— Não! Essa menina é jovem demais para tal responsabilidade! — exclamou Daphne.

— Para começar, Daphne não é a minha mãe e depois talvez não seja má ideia! Não quero que as minhas filhas continuem num internato!

— Eu quero a melhor educação para as minhas netas!

Meu pai insistiu mais um pouco, mas ela estava irredutível e ele não insistiu.

— Você decidi, filho!

Massageio as têmporas e respondo:

— Tenho preocupações demais com a empresa e se Daphne acredita que ela não é adequada, confio nela! — respondo não querendo mais discutir.

Ela sorri vitoriosa e meu pai me olha com indignação e repreensão.

— Mas no internato, elas não ficam mais!

Fiquei mexido, porém, acredito que talvez Daphne saiba o que é melhor para as minhas filhas. Fiquei atraído por aquela moça e temo acabar não resistindo.

Ela nos deixou a sós...

— Precisa parar de dar tanta autoridade para a Daphne, quando se trata das suas filhas! Quando arrumar uma boa esposa, ela não vai se agradar com as intromissões da sua mãe!

— Não pretende me casar, então tanto faz! E ela não é a minha mãe!

— O que mudou, Zayan? Sempre considerou Daphne como a sua mãe e...

— Eu cresci e as coisas mudaram... só isso!

— Okay! Voltando ao assunto de suas filhas! Daphne sempre foi ótima, mas elas precisam de uma figura feminina mais presente...

— Não quero mais falar disso! Peça para Daphne procurar uma babá que ela ache adequada!

— Você quem sabe! — diz dando de ombros.

Tratamos dos assuntos da empresa o deixei a par de tudo e fui para o meu apartamento descansar.

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