Narrado por Vinícius Vasconcelos
Acordar na minha própria casa já era difícil. Mas acordar passando mal e com o intestino querendo fazer acrobacia olímpica... era pedir demais pra um homem só.
O cheiro... misericórdia. Eu mesmo não tava aguentando.
— Nossa, meu filho... que cara é essa? E esse cheiro? Meu Deus!
Claro, né? Quem mais ia aparecer do nada senão minha mãe, Carmem. Com aquele nariz empinado de general e a língua afiada como navalha.
— Mãe... eu não tô bem...
Ela fingiu preocupação. Mas eu conheço aquele olhar. Quando ela ergue a sobrancelha daquele jeito, é porque vem bomba.
— O que foi?
— Não sei... minha barriga tá doendo demais... E pra piorar... a Sara ouviu meus peidos!
Se vergonha matasse, eu já tava sendo velado na sala de jantar. E claro que a véia desgraçada caiu na gargalhada.
— Kkkkk por isso que encontrei ela descendo as escadas sorrindo agora pouco!
Enterra eu, Senhor...
— Ela tava sorrindo de mim... Meu Deus, mãe... que vergonha...
E como se não bastasse, Carm