Amanda tomou um gole de seu café gelado sem açúcar. O amargor combinava com o momento. Sentada à janela do aeroporto, observava o embarque agitado ao seu redor com uma expressão serena demais para quem estava prestes a recomeçar a vida.
Depois de meses em silêncio, suportando o esquecimento e reconstruindo a imagem que tanto prezava, ela finalmente se sentia em controle de novo. Os pais, talvez envergonhados com o escândalo da festa, decidiram que enviá-la a Chicago seria a solução ideal. “Um recomeço,” disseram eles. “Longe dos olhos, longe dos julgamentos.”
Amanda sorriu para si mesma. Recomeço? Talvez. Mas não da forma que esperavam.
Ela fingira concordar com a mudança. Aceitara o apartamento pago, o curso novo, o silêncio temporário. Mas tudo fazia parte de algo maior. Em Chicago, longe das fofocas e dos olhares que a atravessavam como lâminas, ela poderia traçar seus passos com precisão.
Sarah havia vencido uma batalha. Mas Amanda ainda planejava vencer a guerra.
No fundo, ela sa