Meu coração disparou. As batidas ecoavam nos meus ouvidos como tambores de guerra. Não fazia sentido. Ela era uma RedBloom.
“Fenrir, cala a boca... isso tá errado”, rosnei mentalmente.
“Errado? O cheiro dela está gravado em mim agora. Nós somos dela!”
“Ela é o inimigo!”, gritei com ele, as mãos tremendo. “Você ficou louco?”
Mas Fenrir já estava rindo, aquela risada gutural que sempre surgia quando ele estava prestes a tomar o controle.
“Louco? Eu esperei uma eternidade por isso. Você devia se ajoelhar e agradecer.”
Senti minha pele queimar. Os músculos contraíram sem aviso, meu corpo inteiro tomado pela força dele. Fenrir empurrou — feroz, possessivo. Era diferente de qualquer outra transformação que já vivi. Ele não pediu. Ele tomou.
“Fenrir, não! Você não vai.”
Tarde demais.
Meus ossos se estalaram com violência, minhas unhas rasgaram a pele e viraram garras. O lobo branco explodiu de dentro de mim como um raio atravessando a escuridão. Pelo denso, olhos acesos, presas à mostra. Fen