A mansão estava mergulhada em penumbra quando Narelle chegou. O corredor principal, ladeado por colunas de pedra, parecia ainda mais frio do que na noite em que ela partira. Cada passo ecoava como um lembrete de tudo o que haviam construído — e tudo que agora parecia prestes a ruir.
Ela largou a bolsa sobre uma poltrona e respirou fundo, tentando ignorar a dor que latejava em cada músculo. Ainda podia sentir Kael nela. O cheiro dele, o peso dele, como se tivesse sido gravada por dentro e por fora.
Você já está vingada. Está livre.
Mas liberdade, ela sabia, era uma palavra que os machos sempre usavam quando queriam chamar de escolha o que era apenas submissão.
O estalo da porta da frente anunciou a chegada dele. Rhaek entrou sem pressa, e o cheiro de seu lobo inundou o salão antes mesmo que ela ousasse erguer os olhos. Ele vinha marcado pela luta: a camisa rasgada no ombro, o corte seco no lábio. Mas nada disso doeu tanto quanto o silêncio que caiu quando ele a viu.
Primeiro, os olhos d