A manhã seguinte amanheceu com um céu cinzento, carregado como os ânimos dentro da mansão Miller. Maxwell percorria o corredor em silêncio, mas seu semblante denunciava o turbilhão interno que enfrentava. A conversa que escutei na noite anterior entre Andrew e Laura, os gestos sutis, os olhares... Tudo o deixava inquieto. Mais ainda, a forma como Bridget parecia balançada, mesmo tentando manter firmeza. Ele a amava. E estava perdendo espaço.
No saguão principal, Maxwell cruzou com Andrew. O olhar de ambos se encontrou por um segundo, carregado de tensão.
— Precisamos conversar — disse Andrew, de voz baixa, mas firme.
— Agora? — retrucou Maxwell, erguendo uma sobrancelha.
— Antes que as coisas piorem.
Foram para a biblioteca, onde a porta se fechou atrás deles com um estalo seco.
— Eu sei o que está acontecendo entre você e a Bridget — começou Andrew, direto.
Maxwell cruzou os braços.
— E o que exatamente você acha que está acontecendo?
— Eu vi os olhares, os toques... e ouvi você dize