Allan, percebendo ser encarado por Bella, beija Lorena como se quisesse engoli-la de tanta voracidade. A mão dele passa por toda extensão do corpo da morena, que arfa de desejo.
Tal cena embrulha o estômago de Bella.
- Vamos sair daqui ... - Malu puxa a amiga para longe dali.
- Você está prendendo choro? - Ryan encara a ruiva confuso.
- Eu... – Suspira. - É uma longa história. – Se sentia uma grande e completa idiota.
Ela não sabia explicar bem o que se passava dentro dela. Ciúmes? Visível. No entanto, vivia a se repreender repetindo diversas vezes a mesma frase: “ eu não posso gostar dele”.
Os jovens continuavam o trajeto.
- Oi. – Bella cumprimenta a senhora que lhe ofereceu água há umas semanas atrás.
- Olá. - Sorri. – Aceitam um suco? – Pergunta gentil.
Era costumeiro Dona Joana oferecer algo para quem se deslocava até a comunidade para fazer o bem.
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- Tô indo pra boca. – Allan pega sua HK21 e põe em seu ombro.- Me acompanha hoje? – A mãe aparece na sala com os cabelos desgrenhados e uma vassoura em mãos. - Não sei, vou pedir ao Repolho. Joana encara o filho de modo insistente.- Eu quero que você me acompanhe. - Aonde? – Allan pergunta impaciente. - Esteja aqui ás 18 horas. - Dá as costas para o filho.O rapaz balança a cabeça e sai em direção a moto. Em questão de poucos minutos chega até a boca. - Fala chefe. - Zelão e os demais cumprimentam o dono do morro. Ele se limita a fazer um beleza com as mãos, e entra na sala onde Hulk e Repolho estão a sua espera. - Hoje tem descarregamento do bagulho, fiquem atentos! - Se senta na cadeira e coloca os pés na mesa.- Não vai com a gente? - Repolho pergunta.- Hoje não rola. – Allan puxa um cigarro.
- Onde tu vai mãe? – Allan a ignora por completo e encara Joana de modo irritado.- Aqui. - Aponta para a igreja.- Tá de fuleragem com minha fuça? - Dispara grosso.- Olha como fala, ainda sou sua mãe. - Repreende-o.- Isso é treta tua né ? – Fuzila Bella com os olhos.- Allan Stuart, por favor!! – Pede - Vou entrando. - Se afasta demonstrando impaciência com o filho.- Só me faltava essa, nunca que vou entrar aí. - Diz com desdém.- Duvido que já tenha pisado em algum lugar melhor do que esse. – Bella dá de ombros.- Garanto que sim. - Diz por trás, perto de seu ouvido, fazendo-a se arrepiar. Allan passa a sua frente e lhe lança um sorriso debochado.Na mesma med
O despertador soa de modo estridente. Bella tem vontade de joga-lo na parede, no entanto se lembra que o objeto alarmante é seu celular. Ela se levanta, prontamente se arruma e pega a mochila. - Bom dia filha. – O pai analisa a jovem ao entrar na cozinha. - Até mais tarde. - Pega sua maleta, deposita um beijo suave na testa da filha e se retira. A caçula dos Lira encontrava-se com um mau humor, que era descontado na comida. A ansiedade a corroía, esperava terminar o ensino médio o mais rápido possível. Encarou os ponteiros do relógio; tinha apenas vinte minutos para chegar à escola. Apressada, toma o último gole do iogurte de morango, puxa a mochila e sai de casa. A rua está silenciosa, ninguém passa ali no momento...exceto o ônibus que deveria pegar. Bella coloca a mão no rosto, frustrada ao perder o transporte. Respira fundo, se vendo obrigada a ir caminhando. Tem a leve impressão de estar sendo seguida por um
Allan coloca Bella dentro de um carro preto diferente do dia anterior, e manda um comando ao Repolho. A ruivinha acaba pousando a cabeça sobre o ombro do chefe: que de modo natural afaga seus cabelos. - Tua mãe vai explanar geral. – Hulk balança a cabeça, insatisfeito com a situação. - O que tu sugere? - Allan rebate. – Ela vai ter que ficar lá até a gente melhorar o nosso plano. Bella fica quieta durante todo o trajeto; apenas ouvindo as conversa desconexa deles. Não entendia metade das gírias e expressões que usavam naquele momento. O carro para em frente a casa de Allan; eles esperam não haver ninguém por ali, para fazê-la entrar sem ser vista. - Anda Isabella! - Allan estende a mão em sua direção. Com as pernas pesadas, coloca um pé para fora... Allan impaciente com a lerdeza da patricinha: pega ela no colo, bufando e caminhando rapidamente. - Já passei um rádio pro Re
Bella havia acordado bem melhor naquela manhã; os remédios fizeram rápido efeito. A ruiva escovava os dentes quando Allan de modo grosseiro parecia espancar a porta.- Tu morreu aí dentro? – Seu tom era alto.- Já estou saindo. – Começou a enxaguar a boca.Cruzou os braços e revirou os olhos.- Está me atrasando. - Resmunga.Minutos depois, Bella abre a porta e o vê escorado na parede com o semblante emburrado. Ele entra no banheiro e sem falar nada bate a porta.- Bom dia! - Joana faz sinal para que vá até a cozinha.- Bom dia... - A voz de Bella sai arrastada.- Você toma café puro? – Joana ergue a sobrancelha.- Sim. Na verdade amo café.- Que bom.
Allan deixou que vasculhassem a comunidade para tentar encontrar Bella. Isaque pediu para conversar com o rapaz a sós. O traficante levou o senhor para a casa de Hulk.- Fala aí! – Allan cruza os braços e inclina a cabeça.Isaque se assenta. Enlaça os dedos e encara Allan com o cansaço visível pelas olheiras que estavam abaixo de seus olhos.- Eu não sou idiota a ponto de achar que minha filha está aqui. – O homem engole a seco. – Esses policias não passam de conchavos seus, não é mesmo? Caso não fossem, já estaria preso por outros crimes...- Realmente a dama não está aqui. – O dono do morro deu de ombros indiferente. – E se o senhor sabe disso, por que toda essa palhaçada?O pai de Isabella respirou fundo. Não demonstrava temor em momento algum.- Quanto voc&
Um belo dia ensolarado iniciava-se. Bella entra na cozinha; no mesmo instante Allan e Repolho, que falavam entre cochichos, se ajeitam na cadeira e trocam de assunto. - Bom dia. – A ruiva com os cabelos trançados se sentou em frente ao dono do morro. - E aí?! – Repolho ergueu uma sobrancelha como cumprimento e voltou a bebericar o café. Allan se limitou a conversar. Ficou pensativo enquanto sua prisioneira comia tudo o que via pela frente. - Vou resolver umas tretas por aí. - Repolho se levanta e faz um gesto com as mão para Allan, que balança a cabeça positivamente. Ele passa as mãos pelos cabelos loiros. Respira fundo e encara a menina a sua frente. - Está muito calor!! – Umedece os lábios. – Pega uma praia comigo? Bella mordiscou a torrada recheada com geleia de framboesa. - Parece até filme... um s
- Eu vim passar algumas tretas pro chefe. – O rapaz responde rude.Ele não escondia o quanto desgostava de Isabella.- Não poderia ligar? – Ergue a sobrancelha estranhando. Como se tivesse um pisca alerta na cabeça dizendo que algo estava errado.- Algum problema com minha presença?- Não, nenhum. – Engole a seco e caminha para a cozinha.O rapaz lhe transmitia medo.Enquanto despejava água no copo, sentiu o cheiro de Allan preencher a cozinha. As costas dela esquentaram quando ele segurou sua cintura e afundou o rosto em seu pescoço.- Tudo bem? – O hálito quente bateu contra a pele macia da ruiva, que fica arrepiada de modo instantâneo.- Tudo. – Disse bebendo água.- Sem sono?- Sim. – Respondeu virando-se pra e