Capítulo 8

— Hanif…

Ao ver que Hanif espremia o papel até convertê-lo em uma bola e logo jogava longe de si, com grande sobressalto Lucy passou o braço pelos ombros de Ameerah que se refugiou nas dobras de sua túnica.

— Hanif, era só um desenho. Ela é pequena, não pode compreender.

— Mas você sim. Sentou-se junto a ela e a incentivou a fazê-lo — replicou antes de precipitar-se para a porta —. Me deixe passar, Lucy.

— Aonde vai?

— Ao deserto. A um lugar tão vazio como eu. Um lugar onde o ar não cheira, onde a areia varre tudo, onde não há lembranças.

Em uns segundos se afastou pelo amplo corredor, a fina capa de cabelo de camelo que lhe cobria os ombros flutuando em torno de sua figura alta e magra.

Lucy tentou segui-lo.

— Isso não é certo. Suas lembranças sempre o acompanharão em qualquer lugar que esteja! — Gritou. Hanif continuou seu caminho como se não a ouvisse —. As boas e as más lembranças. Eles fazem parte de você, completam sua maneira de

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