Em primeiro lugar: Ao meu Deus, pelo dom da leitura e escrita....
Aos meus familiares, em especial aos meus pais, irmão e meu esposo. Mesmo ele (o maridão) sabendo que não é fácil aguentar os meus surtos com os personagens, ele sempre está ao meu lado, me apoiando e amparando.
Cada leitor que me dá a oportunidade de entrar em sua casa, em sua vida com os meus livros. Saibam que eu agradeço pelo simples fato de cada um existir, pois sem vocês, eu não seria nada!
Agradeço de coração, as meninas do grupo Help literário... Hoje se eu faço o sucesso na Amazon, é graças a elas, que me apoiaram, me empurraram para Amazon.
Agradeço de coração a Adriana Borges minha mãe Literária, que puxa a minha orelha e não me deixa desistir....
A minha beta (além de ser prima) ela é mais que uma beta/revisora, ela é um anjo Te amo Ketulin Daiane....
Agradeço as minhas capistas AnaBatman e Gysa Rocha que são as melhores em capas e banners.... Sou grata pela ajuda,
Nem por um segundo Lucy se deixou enganar pelo vago resplendor verde que via diante de seus olhos. Era só uma miragem. Tinha lido tudo o que tinha alcançado em suas mãos sobre o deserto de Ramal Hamrah e as miragens. Tal como pensava, em uns minutos a visão se desvaneceu diante dela. Mas nem sequer uma miragem era suficiente para distrair a sua precipitada carreira através das areias do deserto, decidida a enfrentar o homem que a tinha traído. Depois de lançar um olhar ao sistema de navegação por satélite, ajustou a direção e logo se obrigou a relaxar as mãos obstinadas ao volante. Aparte das montanhas, mais altas e claras nesse lugar longe da costa, não havia nada mais que ver. Não havia vegetação, e
O quarto era fresco e confortável. A luz se filtrava através de cristais brilhantes como joias em tons lápis-lazúli, vermelho e esmeralda. A Lucy pareceu que se encontrava em uma gruta no fundo do mar, em uma cama muito confortável.Voltou a dormir e, quando despertou de novo, a luz era mais brilhante e as cores ainda estavam ali. Embora logo que podia abrir os olhos, distinguiu as lentejoulas de faiscantes cores sobre o lençol branco.Embora formoso, era estranho, e Lucy tentou sentar-se na cama para olhar a seu redor. Mas um golpe de dor em todo o corpo, embora mais intenso em uma mão e no ombro, deixou-a imobilizada. E foi então quando ouviu a voz que já lhe era familiar.— Não se mova, Lucy Forrester. Aqui está a salvo.A salvo? O que tinha ocorrido? Onde estava?Lucy se esforçou por levantar a cabeça e olhar a alta figura inclinada sob
Lucy rejeitou os calmantes que lhe ofereceu. Apesar da negativa, Hanif pôs na mesinha duas cápsulas junto a um copo de água se por acaso mudasse de ideia. Antes de retirar-se do quarto deixou uma campainha para que chamasse em caso de necessidade. Lucy teve que admitir que estava exausta e não só por causa de seu estado físico.Sofria de insônia desde que lhe tinha chegado as contas do segundo cartão de crédito. Quando lhe chegou o do primeiro cartão imaginou que se tratava de um engano, enviou um correio eletrônico para Steve e lhe assegurou que se encarregaria de esclarecer o problema. Mas o segundo cartão, dois dias mais tarde, terminou por convencer de que o engano só tinha sido dele.Precisava pensar, decidir o que ia fazer e quanto devia contar a Hanif Al-Khatib. Não queria lhe causar problemas, mas tampouco gostava de comparecer perante as autoridades, porque o teria que fazer quando ele se inteirasse da verdade.Através de Internet se inf
— Lucy? — Chamou Hanif e ela se obrigou a olhá-lo —. Comeu bem? — Perguntou. Incapaz de responder ela assentiu com a cabeça —. Então lavarei o seu cabelo.— Talvez a babá de Ameerah pudesse me ajudar.— A babá de Ameerah?— Eu a vi ontem quando procurava a sua filha.— Agora compreendo — murmurou com um fulgor perigoso no olhar —. Você pensa que menti ao dizer que não havia mulheres em minha casa? — Perguntou. O silêncio de Lucy foi eloquente —. Por que teria que fazê-lo?Muito envergonhada para olhá-lo, simplesmente negou com a cabeça. Por cima da mesa, Hanif levantou seu queixo com um dedo obrigando-a a encontrar seu olhar.Lucy não moveu um músculo quando os olhos do homem se fixaram em que a bata que levava sobre a camisola se abriu um pouco sem que ela se dessa conta.— Pensa que sou um depredador que arrasta à vítima a sua guarida para dar um festim a gosto?— Não! — Negou ela, embora suas palavras contradiziam a forma em que sua
A babá de Ameerah se deteve na soleira da porta.— Perdão, sayyidah. Procuro à menina.— Se a vir, tocarei a campainha — disse Lucy ao mesmo tempo em que levava um dedo aos lábios e indicava o esconderijo de Ameerah.Com um sorriso, a mulher assentiu com a cabeça e desapareceu.Então Lucy se agachou para olhar por debaixo do canapé.— Já pode sair Ameerah.A menina colocou a cabeça para fora, olhou a seu redor, logo deu a Lucy um grande sorriso e então se sentou a seu lado.— Lucy — disse tocando a sua mão.— Ameerah — respondeu Lucy ao mesmo tempo em que lhe acariciava a bochecha.Ambas sorriram e a menina indicou a jarra de água.— May.Lucy encheu um copo e o estendeu.—Tqfaddali. Sirva-se.Com uma risada a menina o levou aos lábios e quando acabou desceu do assento, pôs o copo na mesa e correu para a porta.— Shukran, Lucy.— Afwan, Ameerah. M
Lucy percebeu sua presença antes de vê-lo, mas se esforçou por não levantar a vista e manteve a atenção em Ameerah.Aborrecida de estar sozinha, com uma babá que já não podia acompanhá-la em suas correrias infantis, a pequena tinha procurado sua companhia. Lucy compreendia perfeitamente, porque ela também tinha sido uma menina solitária. Desejava dirigir-se a Hanif e convidá-lo a jogar com elas, mas sabia que ele tinha decidido prescindir dessa menina que, com seus olhos e cabelos escuros e seu sorriso luminoso, representava tudo o que ele tinha perdido.Não era só a tristeza que o mantinha enclausurado em Rawdah Al-Arusah, também era a ira e um pouco de culpa porque, incapaz de salvar à mãe, não podia achar um espaço em seu coração para a filha pela qual Noor tinha sacrificado sua vida.— Está com fome? — Perguntou Lucy ao mesmo tempo em que a sentava em seu colo e lhe esfregava o ventre —. O que você gostaria de comer? Frango? Queijo de cabra? — Sugeriu. Com uma
Hanif não podia acreditar que Lucy fora permitir que esse homem se saísse bem com a sua herança. As lembranças a tinham deixado tremendo e ele a estreitou contra seu corpo para lhe dar calor. Havia dito a Zahir que precisamente por ter lhe salvado a vida era responsável por ela. Entretanto, o que sentia era algo mais profundo que o dever. No momento em que a viu no carro derrubado, sua atitude tinha sido bastante mais pessoal.Tinha-lhe salvado a vida e a partir de sua confissão desejava lhe salvar… o coração.— Antes de empreender qualquer ação deve consultar um advogado, Lucy.— Temo que não se possa fazer nada.— Sempre se pode fazer algo.— Falei com as empresas dos cartões de crédito e expliquei o acontecido. Disseram-me que eu assinei os formulários enviados por eles, assim o que podia dizer? Tinham pagado de boa fé. Não cometeram nenhum engano, Hanif. Era minha responsabilidade ter lido com atenção o que ia assinar.— Você confiou em Mason
— Hanif…Ao ver que Hanif espremia o papel até convertê-lo em uma bola e logo jogava longe de si, com grande sobressalto Lucy passou o braço pelos ombros de Ameerah que se refugiou nas dobras de sua túnica.— Hanif, era só um desenho. Ela é pequena, não pode compreender.— Mas você sim. Sentou-se junto a ela e a incentivou a fazê-lo — replicou antes de precipitar-se para a porta —. Me deixe passar, Lucy.— Aonde vai?— Ao deserto. A um lugar tão vazio como eu. Um lugar onde o ar não cheira, onde a areia varre tudo, onde não há lembranças.Em uns segundos se afastou pelo amplo corredor, a fina capa de cabelo de camelo que lhe cobria os ombros flutuando em torno de sua figura alta e magra.Lucy tentou segui-lo.— Isso não é certo. Suas lembranças sempre o acompanharão em qualquer lugar que esteja! — Gritou. Hanif continuou seu caminho como se não a ouvisse —. As boas e as más lembranças. Eles fazem parte de você, completam sua maneira de