Dante Pussent ainda bebê foi rechaçado pela mãe, uma jovem adolescente amargurada. O pai Nero Pussent, pelo pouco tempo que o trabalho permitia ficar com o filho, o tratou com carinho e respeito. O menino cresceu com muitas desventuras, por conta da coerção e mais tratos de uma péssima madrasta. Decidiu então voltar a sua terra Natal para descontar seu desalento, naquela que crê ser a única culpada por tudo o que passou. Por tudo que sofreu. Luna Taranto ė a irmã mais nova de Antonella, ao contrário da irmã, ela é uma moça doce, extrovertida e livre de preceitos antigos, só quer viver da melhor forma o que a vida tem a lhe oferecer. Sua família é dona de uma pequena vinícola artesanal em Nápoles. O caminho de Luna, está para se cruzar com Dante e com isso descobrir que o doce vinho do amor, é mais amargo que o fel da vida. Romance Dark
Leer másLuna TarantoTiros! E foi aqui perto. Por aqui não tem área de caça! Ainda arrumava uma pequena mochila, nada de valor, só muitas recordações. Mas ao ouvir o barulho da sirene policial sabia que algo não está a bem.Prontamente, subi até o terraço da casa e pude ver a patrulha entrar para o lado que dar a rua de Dante. Antonella que dava banho na mãe, ao ouvir a sirene saiu ao portão para verificar o que havia acontecido. Ela tenta me parar. Queria me perguntar se vi algo. Mas não havia visto nada.Eu só sabia que algo não estava bem.Sai em disparada sem dar atenção a Antonella a deixando no portão com suas dúvidas. A rua de Dante era próxima, mas parecia que estava correndo por uma eternidade. Ao apontar na rua, vejo a polícia parada na porta.
Dante PussentQuando fui em casa nesses dias que estive longe da província. Peguei o velho 38 de Nero Pussent. Pensei por diversas vezes:"Para que eu trouxe essa arma?"Diante do que acabo de fazer com minha... com minha... Com a Luna. Mereço uma bala no meio da minha testa. Uma coisa é eu ama-la. Esse sentimento não posso controlar. Outra coisa é mesmo sabendo que ela é minha... irmã, eu fazer o que fiz, transei com ela sabendo quem ela é.Sou um doente!Mas ao vê-la clamando por ser amada com seu belo corpo nu, o cheiro cítrico de uva a luz do dia sob videira. Não consegui resistir. Fui fraco em demasia.Sou um tremendo filho da puta!Ainda menti para ela, a enchi de esperança e vou fazer um puta esforço sobre humano para realmente não ir embora a levando daqui.Sou um doente, só por cogitar isso.
Luna TarantoNão creio, Dante está aqui a minha frente, mas seu olhar é frio, triste. Cadê aquela recepção ardente, calorosa!— Oi meu amor! Me ajuda a sair da tina? — ele assente e me segura no braço de forma estranha.Abduziram meu namorado! O Dante que conheço me pegaria pela cintura e me tiraria da tina já me chamando em um beijo maravilhoso. Esse mal encostou no meu braço, como se eu estivesse com peste.Fui lhe dar um beijo e ele se esquivou. Ali comecei a entender que as coisas não estavam bem, e que Dante, iria machucar meu coração.— Precisamos conversar — proferiu sem ao menos me olhar nos olhos.— Estou percebendo. Diga então.— É que...— respira como se pegasse força para continuar — é que... vou embora para o Brasil.— Vai?! Não tem vamos, é vai? — ainda não creio no que estão ouvindo — você vai, eu não. É i
Dante PussentO que mais me afasta dessa cidade, também é o que mais me aproxima. Não deveria ter voltado. O certo seria desaparecer. Sumir do mapa. Pois não tenho ideia de como enfrentar essa situação.Mas que espécie de homem seria?Seria o pior dos covardes. Não tenho alternativa, tenho que enfrentar toda essa merda de frente.Cheguei em casa, e quando ouviu o barulho do carro Lorenzo saiu de dentro um tanto exasperado. Quando constatou que realmente era eu, sua expressão relaxou. Foi como uma alívio para ele.Ele não é igual a mim. Passional do tipo que chora, mas ao me abraçar daquele jeito ao me ver, mostrou o quanto somos ligados.— Chega! Daqui a pouco vou achar que somos uns viadinhos.— Mas tu é viado — sempre filho da puta esse Lorenzo, ele sorri como se lembrasse de algo importante e vai direto ao telefone.<
Luna TarantoPassar uma noite inteira dentro de um hospital é uma barra, muito desconfortável. Logo após o médico passar, por tudo o que me disse, creio que minha mãe ficará bem. Medicamento, repouso e paz.Com o quadro de dona Gioconda estável resolvo ir em casa ver como estão as coisas por lá, tomar um banho e ver meu amor. Saber se ele e minha irmã conseguiram ao menos se entender.Dou um beijo em minha mãe que aperta os olhos e esboça um sorriso. Vou andando até o estacionamento entro dentro do jipe e escuto a batida no vidro. Meu pai. Destravo as portas e ele entra sentando no banco do carona.— Oi minha filha! — sorri como se nada tivesse acontecido. Esse velho não tem discernimento.— Fala logo o que quer — sou curta e grossa.— Calma minha filha, o papai foi até a capital resolver o problema da Antonella. E descobri tantas coisas que iremos sair da banca
Luna TarantoO quadro da minha mãe era estável, apesar dela não interagir. Segundo o médico o fato dela não interagir era mais de cunho emocional, a isquemia que sofreu foi pequena, com o tratamento adequado aos poucos ela irá se curar.Quem me preocupava mesmo naquele momento era Antonella. Atormentada, minha irmã falava sozinha e andava de um lado para o outro. Olhava para mim e chorava copiosamente. A notícia de Dante ser seu filho ao invés de melhorar o humor de Antonella, parece que a apavorou. Talvez Dante esteja certo.Ela o odeia.Mas o ódio dela não nos atingirá. Iremos ser felizes com ou sem o aval de Antonella. Minha mãe voltando para casa eu parto com Dante rumo a felicidade Estávamos indo para casa. Eu só vim tomar um banho e voltar para hospital, minha mãe vai ficar internada por alguns dias. Qu
Dante PussentDe todas as coisas que fiz na vida essa é a mais difícil. Já tomei meu antiácido, antes da gastrite nervosa me atacar. Lorenzo ficou em casa arrumando as coisas para a nossa partida e estou aqui na porta da...Como é difícil não xingá-la!Na porta desta senhora que me pariu. Luna abre a porta, seu sorriso estonteante faz eu me esquecer de qualquer fato ruim, ao menos por um breve momento.Dentro da casa dona Gioconda me recebe tão feliz quanto a Luna, pego a mão da minha avó e beijo. Logo, logo ela saberá que sou seu neto. Beijo também sua testa. E aquela doce senhora me abraça.— Vamos mãe! — Luna a arrasta — deixa o Dante e a Antonella conversarem.— Mas eles vão falar de você. Sou sua mãe. Quero ouvir.— Não vão falar só de mim mãe. Eles precisam conversar.Vejo Luna levar dona Gioconda, resolvo pedir mais privaci
Luna TarantoO bom de voltar para casa é ter as mulheres que mais amo por perto, minha mãe e irmã. A parte ruim, é não ter Dante Pussent e seus olhar de um imenso azul sobre a minha pele. Não ter seu toque forte, aveludado e preciso no meu corpo. Talvez neste momento esteja chateado comigo, mas ele não pode me fazer escolher entre minha família e ele.Sentei no sofá e de um lado Antonella do outro minha mãe. Me abracei as duas. Antonella por um momento tirou sua expressão carrancuda da face. Se levantou deu um beijo em minha testa pediu a benção a minha mãe, logo se recolhendo para dormir.No sofá somente dona Gioconda e eu. Ela dar um sorriso ladino e encosta minha cabeça em seu ombro.— Não liga para Antonella — afaga meus cabelos.— Do que a senhora está falando?— Já tinha aceitado que quando viesse em casa seria para pegar todas as suas coi