POV Niyati
Mas, junto com esse amor grandioso, eu vi também o amor que cresce devagar, que se reconstrói com delicadeza. O amor da minha mãe com Rafael era como um rio que se encontrava com o mar, um reencontro com a vida, uma esperança que voltava a florescer. Era um amor feito de cuidado, paciência, e uma leveza que minha mãe não conhecia há muito tempo. Eles não precisavam de grandes gestos para mostrar o quanto se importavam; um olhar, um toque no braço, uma palavra calma no meio da rotina já falava por eles. Eu via como eles construíam essa nova história sem pressa, respeitando as cicatrizes que cada um carregava.
E então tinha o amor do meu baldi Kabir e tia Saniya. Eles eram o exemplo do amor que nasce em meio à dor, e que se fortalece em cada dia vivido juntos. O jeito que eles se olhavam, com aquela calma e confiança que só vem de quem já enfrentou tempestades, parecia dizer que não importava o que viesse, eles enfrentariam tudo lado a lado. Lembro de quando eu era criança e