O vento frio da manhã cortava minha pele enquanto eu caminhava apressada pela rua, tentando ignorar a náusea crescente que revirava meu estômago. O mal-estar vinha e ia há dias, mas naquela manhã foi diferente. Mais forte. Mais intenso. Uma onda avassaladora de tontura me atingiu sem aviso, fazendo minhas pernas vacilarem.
Apoiei-me contra a parede de um prédio, respirando fundo, tentando recuperar o equilíbrio. Mas o mundo continuava a girar sem trégua. Minha visão se turvou por um instante, e um som agudo reverberou em meus ouvidos. Meu peito subia e descia de forma irregular, meu coração acelerado. Havia algo errado comigo, muito errado. Estava longe do hospital, mal havia percorrido um quarteirão de distância do apartamento.
Com as mãos trêmulas, procurei pelo celular na minha bolsa, e digitei o número de Eva com pressa. O toque pareceu durar uma eternidade até que sua voz soou do outro lado da linha, preocupada.
— Lin? O que aconteceu? Está tudo bem?
— Eu…