Depois de quase um mês viajando, Rangel foi até a casa de Tayanara no mesmo dia em que voltou ao Brasil, ele já tinha desistido de tentar ligar e enviar mensagens, depois de semanas sendo ignorado.
Ele estacionou o carro, ajeitou um pequeno buque de flores amarelas, em suas mãos e respirou fundo, preparando-se para encontrá-la e pedir desculpas, ele queria conversar, saber como ela gastou o dinheiro, sugerir que ela fosse passar o fim de semana com ele, tomar um vinho e deixar rolar, o que desse vontade.
Bateu chamou no portão e esperou, bateu palmas e nada. Tentou mais uma vez. Observou total silêncio, não tinha nada no varal, diferente de antes.
Olhou ao redor, tentando entender o que estava acontecendo, até que uma vizinha apareceu na porta da casa ao lado, observando-o com um olhar pesado.
— Tá procurando a Tayanara? — perguntou, cruzando os braços.
Rangel assentiu.
— Sim. Sabe se ela está aí? Ou foi trabalhar?
A mulher soltou um suspiro triste antes de responder.
— Não. El