Victor não pareceu nem um pouco incomodado com o fato de eu ter encerrado a explicação. Pelo contrário — ficou ali, do meu lado, como se aquele fosse o lugar dele, e não demonstrava a menor pressa em sair. Ele recostou-se na cadeira, cruzou os braços com elegância e me observou com um sorriso que parecia querer desvendar mais do que eu estava disposta a mostrar.
— Sabe, Charlotte… — começou com um tom casual demais — você realmente gosta de trabalhar aqui, né?
Continuei digitando, conferindo algumas informações nos relatórios pendentes, sem lhe dar o olhar que ele claramente esperava.
— Gosto. Aprendo todos os dias. E gosto do ambiente — respondi, firme.