Ponto de Vista de Angel.
A dor, uma dor latejante e surda, foi a primeira a se manifestar, acompanhada do incessante bipar. Eu gemi, tentando abrir os olhos. Abri-os com dificuldade e pisquei para captar os contornos embaçados ao meu redor.
Havia uma luz quente sobre mim, enquanto o restante do quarto mergulhava na escuridão. NÃO! Eu não estava de volta àquele lugar.
Minha respiração ficou áspera e o bipar se tornou ainda mais estridente. Uma mão agarrou a minha. Olhei para o rosto e as palavras proferidas soavam como se eu estivesse debaixo d'água.
— Shhh, Princesa. Estou com você.
Pisquei e minha visão começou a se esclarecer enquanto eu contemplava seus traços: seu cabelo escuro, seus olhos verde‐jade, os contornos que tanto se assemelhavam aos meus.
— Mamãe.
Minha garganta estava dolorida e arranhada, e minha voz rouca mal conseguia pronunciar a palavra enquanto a primeira lágrima caía. Ela conteve um soluço e assentiu com a cabeça. Vi as lágrimas cintilarem em seus olhos enquant