JADE
Fiquei ali, colada no Ravi, sentindo a tensão ainda pulsando no ar. Cada olhar da mãe dele era uma facada invisível, e a Estela... aquela sonsa, nem disfarçava mais a vontade de se meter onde não era chamada.
Ravi cravava a mão na minha cintura, firme, como se dissesse sem palavras: é minha. E mesmo sabendo que tudo aquilo era encenação... eu sentia. No toque, no jeito dele me puxar, no olhar quando ninguém via. Tinha mais coisa ali, mesmo que a gente fingisse que não.
A cena foi cortada pela velha maldita. E eu vi — nos olhos dela e da Estela — aquele fogo nojento queimando, ódio e inveja misturados. Estela tentou bancar a santinha, se aproximou do Ravi com aquela voz doce, forçada, mas ele foi rápido: me puxou firme pela cintura, me colando nele, me marcando bem na frente dela. Estela recuou, mordendo a própria raiva, e a Zaya me atravessou com aquele olhar venenoso.
Ravi não perdeu tempo e jogou na cara que Estela era uma interesseira. O clima pesou na hora. Eu fiquei tensa, m