NARRADO POR RAVI
O grande dia — parte 4
“Três tiros. Três pecados.” — Continuação
O corpo do desgraçado do charuto caiu que nem saco podre.
O sangue escorria pela boca que nunca mais ia se atrever a falar o nome da minha filha.
Mas o inferno ainda não tinha dado meia-noite.
Porque os outros dois… vieram pra cima.
O careca gritou algo em outro idioma e puxou uma faca da cintura. O do terno cinza tentou me acertar com uma marretada de coragem — e medo disfarçado de impulso.
Mal sabiam eles...
Juninho tava ali.
Não como sombra.
Como muralha.
O primeiro que se aproximou — o do terno — só teve tempo de erguer o braço. Juninho virou de lado, meteu a bota no joelho do cara com um estalo que parecia de osso quebrando em câmera lenta. O som seco, cirúrgico, lindo.
O careca tentou aproveitar a brecha. Viu Juninho virando pro outro e veio por trás, faca na mão.
Mas eu já tava em movimento.
Me abaixei, chutei a perna dele por baixo, ele tombou pra frente com o peso d