Cap.3: Preparativos para o Emprego

 

 

 

  

          Lucas:   

     Muito embora Luiza não tenha aceitado sair comigo – nem mesmo sendo só para tomamos um café juntos – quando nos conhecemos, estava empolgado e feliz, por ter tido a oportunidade, na segunda vez na qual nos vimos, de conhecê-la melhor. Tenho que admitir: Ela é extremamente linda, mesmo usando uma Bota Ortopédica no seu pé direito. Pelo que notei, ela é formal por educação mesmo e, também, devido à sua timidez. O que deixa Luiza ainda mais linda, é o fato de ela ser sempre bem alegre e ter um sorriso meigo de cativar qualquer pessoa que a vê.  

     Já, na primeira vez, a qual vi Luiza, havia dado o meu cartão de contatos para ela e não recebi nenhuma ligação e/ou mensagem dela. É a primeira garota a qual faz isso comigo, e isso mexeu muito comigo. Além de recusar o convite para irmos tomar um simples café, não “pegou no meu pé”, ou seja, não entrou em contato comigo, mesmo tendo o meu cartão de contato (pessoal). Percebi assim, que eu quem precisava tomar uma iniciativa. Então, na segunda vez em que a encontrei, me permiti, e diretamente, a pedir o número do contato dela, e a contatei pelo meu contato pessoal e não pelo contato profissional. 

 

          Luiza:  

No dia seguinte, como havia sido solicitado no formulário de requerimento do processo admissional, compareci ao laboratório indicado pela própria empresa e realizei todos os exames de coleta de sangue e urina, os quais ficariam todos prontos na sexta-feira daquela mesma semana. Sendo assim, já avisei Juliana ‐ a Assistente de Recursos Humanos, a quem, no dia anterior, entrou em contato comigo via W******p para agendar a minha entrevista com o gerente da empresa e, desde então, já deixei salvo o contato dela. A partir de então, tudo o que eu precisava ‐e tivesse relacionado com a empresa e o meu emprego‐, recorria todas as minhas dúvidas e trocava informações com Juliana. E conseguiram agendar a consulta com o médico do trabalho para o último horário de sexta-feira mesmo ‐ 16 h.

     Após terminar de realizar todos aqueles exames do laboratório, para levar ao médico da empresa juntamente com as outras demais documentações, também fui ao Caixa Econômico Federal e abri uma conta-corrente e, seguidamente, fui numa pequena papelaria e fiz duas fotos 3x4, que também eram parte dos documentos da lista solicitada pela empresa e tirei cópia de todos os necessários documentos já deixando todos organizados em uma pasta para serem entregues.  

     Enfim, quando acabei os preparativos para o meu emprego ‐ e estava aliviada por já estar tudo pronto e certo, peguei o meu ‘smartphone’ e digitei uma mensagem para Lucas...  

SMS: 'Bom dia! Só para te contar, consulta com o médico do trabalho será sexta-feira às 16 (h). Quanto ao restante da papelada, tudo organizado para entregar.' 

Brevemente, Lucas já retornou a mensagem:  

SMS: 'Bom dia! Ótimo… 

Mal posso esperar para te ver novamente.’  

  

 

  

Tentei passar despercebida e ir direto ao Médico Trabalhista. Lucas estava em pé, na frente do balcão da recepção principal do local e preenchendo alguns formulários. No exato momento no qual eu estava passando, ele tira sua atenção dos papéis onde escrevia e, olha para o lado. Me pegou! Me aproximei.  

   — Desculpa, não queria te atrapalhar.  

Ele soltou a caneta, colocou a mão na cintura e deu um riso torto.  

   — Se quer mesmo se desculpar, vá comer um lanche comigo após sua consulta. Ele propôs.        

Me pareceu provocador, mas admito que gostei.  

   — Pode ser... Concordei.   

   — Quando descer, me encontre ali na sala de espera. Pediu, ele.   

   — Vou indo... Volte ao que estava fazendo.  

No Médico do Trabalho, tudo ocorreu como o esperado. Recebi o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). E, depois, já passei ao RH e entreguei toda a documentação. Estava admitida, enfim.  

 

          Lucas:  

     Quis provocar Luiza, já que ela fica dando uma de “difícil”. Se ela estiver querendo joguinhos, mexeu com a pessoa certa. Daqui um pouco, vai ter que lanchar comigo. Estava na sala de espera da recepção principal, sentado no sofá e analisando alguns papéis, quando vi Luiza vindo em minha direção.  

   — Estou te atrapalhando? Perguntou, ela.   

   — De jeito nenhum! Deu tudo certo?  

Então, ela começou a me contar como foi a sua consulta e me mostrou os papéis.  

   — Parabéns! Exclamei, colocando a minha mão em suas costas para guiá-la à Lanchonete e pude sentir ela se arrepiar. 

 

          Luiza:  

     Na Lanchonete ‘Canto na Lua' deste mesmo local, Lucas puxou uma cadeira e segurou-a para eu me sentar ‐ depois de ter me guiado até aqui com seu suave toque em minhas costas ‐ e, após, pedimos dois hambúrguer e dois sucos naturais de Laranja.  

   — Então, quais são os seus passatempos? Ele perguntou.   

   — Assistir filmes e séries, ler livros, escutar músicas... E os seus?  

   — Também. Não gosta de sair?   

    — Para ser sincera, adoro passear e viajar. Com exceção, ir em baile ‘funk’, baladas e ‘boates’. Esclareci.  

   — Eu também. Gosto de almoçar, jantar e tomar café fora. Gosto de ir ao cinema, parques, praças para tomar chimarrão e fazer piquenique, á praia, conhecer um novo e diferente lugar... Falou, ele.  

   — Tudo o mesmo de que também gosto. Mas, festas somente se for ‘show’ ou de eventos especiais como, por exemplo, aniversários e casamentos. Continuei.   

E conversamos sobre os nossos gostos para livros, músicas, filmes e séries mais em detalhes. Sobre lugares dos quais conhecemos.  

   — Temos muito em comum. Concluiu, ele.  

   — Verdade! Eu exclamei.  

E sinceramente, era mesmo verdade... Não gostamos de livros de ficção e, sim, de livros que proporcionam algum tipo de conhecimento ao leitor; para filmes, eu e Lucas também temos o mesmo gosto, inclusive não gostamos de filmes de terror por ter um "Fim" sempre semelhante e "sem graça" na nossa opinião; apenas para gostos musicais, que nós já temos a nossa pequena diferença e é, pelo fato de ele gostar do estilo musical de 'Tradição Gaucha', e eu apreciar também algumas músicas internacionais tais como: Tarja, Freddie Mercury, a banda Épica as quais ele, por sua vez, detesta... E, quanto aos lugares aos quais frequentamos, eu já conheci todas as praias de mar do estado do Rio Grande do Sul, praticamente. Enquanto Lucas só conhece Florianópolis (SC) e as cidades afins, e por toda a Serra Gaúcha.  

— E você, não gostaria de conhecer alguma praia de nosso estado? Ah! Esqueça... Praias são todas iguais. Comentei.  

Foi bem agora que Lucas colocou a sua mão sobre a minha, que estava apoiada na mesa. Meu corpo se arrepiou e, dessa vez, por inteiro.  

— Na verdade, não. Disse ele, me olhando nos olhos. — Fazendo toda a diferença é como e com quem estamos no momento. Sempre fui em praias com a minha família ou com amigos e, não faria sentido pegar a estrada e ir conhecer uma nova praia do nada, e solitário. Se for assim, vou a alguma praia na qual já conheço. O mesmo vale para lanchonetes, o que quero dizer é: o que vale é a companhia. Continuou.  

— Entendi! Foi só o que consegui dizer, acompanhado de um sorriso tímido.

Continua...

  

  

  

  

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