4 - Conversando melhor

Alguns minutos depois de me converncer que quero viver com ela, mesmo ainda tendo muitas dúvidas sobre isso, vejo Alfa Hugo, o pai de Helen e meu irmão se aproximam.

"_Desculpa interromper" meu irmão diz "_Espero que pelo menos tenha dado tempo de vocês entrarem em consenso" eu aceno que sim e ele sorri aliviado, Helen se levanta e abraça seu pai que está com os olhos marejados, eles conversam um pouco e Alfa Hugo diz a ela que eles podem conversar melhor mais tarde, ela precisa ir para a casa da matilha com as coisas dela, ela acena que sim e me olha, dou um sorriso de lado e vejo meu irmão me olhar intrigado "_Quando foi que você começou a mexer os braços desse jeito?" é ai que me dou conta que estou com os braços cruzados, coisa que eu não conseguia fazer antes, por causa da prata na coluna, fico pasmo, mas tento não pensar nisso agora, ele sorri malicioso e diz "_Parece que seu vínculo está ajudando na cura" ele zomba a reviro os olhos para ele, nos despedimos e fico ansioso para estar perto dela novamente.

Voltamos já na hora do jantar para a casa da matilha, meu cuidador me ajuda me dando banho e me pondo na cama, espero ansioso, mas ninguém me diz nada se a Helen veio para a casa da matilha, ouço batidas na porta, e saio dos meus pensamentos "_Entre" eu falo e a porta se abre com a Helen em um lindo vestido longo verde esmeralda e cabelos soltos entrando no quarto, a admiro por alguns minutos, ela pega uma cadeira, e põe ao lado da cama para conversarmos.

"_Tudo bem?" ela me pergunta e eu aceno que sim "_Você está linda" eu digo e a vejo corar, levanto minha mão para ela me dar a dela e assim que nossos dedos se encontram, faíscas de eletricidade percorrem todo o meu corpo, vejo que ela se arrepiou toda, e dou um sorriso de lado, ela me pergunta:" como foi que vc se acidentou?" e a conto, ela parece não ficar intimidada pela cadeira de rodas, o que me frustra, porque não quero mesmo que ela me veja como um coitado que só precisa de cuidados, ela nota que estou perdido em pensamentos e me pede para compartilhar com ela, mas fico calado, guardo para mim isso. "Me conte mais sobre você", e ela diz: "Bom, eu não tem muito o que dizer, somos só meu pai e eu, desde que minha mãe morreu e nós trabalhamos na fazenda juntos. "_Mas você sabe que terá que voltar comigo para a minha matilha certo?" pergunto tentando sentir dúvidas em sua voz "_Eu sei que uma hora iria acontecer" ela me responde convicta, sem vacilar, e me pergunto como posso estar fazendo isso com ela, ela é tão linda e jovem, decido perguntar "_Você tem certeza sobre isso? Você pode desistir também, uma vida inteira com uma pessoa deficiente não é fácil, e você pode se arrepender" ela acena em negação e diz "_Eu acredito na Deusa, e se ela me destinou a você foi por um motivo, eu não vou desistir tão fácil, e sua cadeira de rodas realmente não me incomoda", mas meu humor muda quando sinto que a fralda está suja, fico muito envergonhado e reajo da pior forma possivel, tiro minha mão da dela e vejo sua testa franzir confusa, "_Bom, nós já conversamos demais por um dia, você deve estar cansada, então, vou deixar que durma em seu quarto" ela me olha confusa e com tristeza, mas acena e se levanta me dando boa noite, não respondo e entro no link mental com meu cuidador para vir me trocar, fico furioso comigo por não conseguir nem controlar meu esfincter, é ridículo isso, e logo agora perto dela isso acontecer, sei que não deveria reagir assim, mas é mais forte que eu, após me trocar, meu cuidador me deita para dormir.

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