Noite tenebrosa (parte dois)

Cristina era uma das meninas que trabalhavam no comercio do sexo na casa, apesar de ser muito bonita ela era petulantes, implicante e especialmente, sentia um certo prazer em perturbar a vida de Jessica. Olhou com olhos maliciosos enquanto a garota fazia a limpeza do vinho no meio do salão. Depois de terminar estava recolhendo os materiais de limpeza para ir embora quando ouviu os cochichos de Cristina com Daniel Álvaro.

“Jessica, guarde os utensilio de limpeza e volte aqui.”

O tom de comando do homem assustou muita gente na sala, apenas Jessica parecia calma. Heloisa, a gerente, tentou  ajudar Jessica.

“Senhor Álvaro, nós só temos duas funcionárias fazendo o trabalho que ela faz. Por isso gostaria de pedir que a deixe continuar com seus afazeres.”

As palavras da gerente passaram como nada para o cliente.

“Por isso mesmo ela deve ir  voltar logo aqui. Para poder voltar mais rápido aos afazeres cotidianos.”

Com essas palavras a gerente piscou os olhos sem saber o que fazer.  Jessica com um esfregão em uma mão e um balde na outra. Ela apenas abaixou a cabeça e baixou a cabeça, e os olhos, esconder todo o ódio que sentia no coração por saber que aquele homem a queria humilhar. Ao contrário do dono, o senhor Jonsom, a senhorita Heloisa jamais faria qualquer pessoa se prejudicar por um cliente. Assim, Jessica percebeu como ela estava nervosa tentando achar um meio de tirá-la daquela situação. O seu desconforto era palpável na grande sala. As pessoas que estavam na varanda vieram até o local para ver o que Daniel iria aprontar. Jessica tomou uma decisão. Não iria deixar a gerente se constranger por ela.

“Já volto.”

Quando respondeu seus olhos olhavam diretamente nos de Daniel. Não havia um pingo de medo neles. O que aquele homem poderia fazer para prejudicá-la mais do que já fez. Seus olhos de ódio ainda a perseguia nos seus pesadelos. Ela não iria tem medo caso as pessoas percebessem suas fraquezas, elas  aproveitariam disso para fazer sua vida ficar pior do que a morte.

Se retirou até o local que guardou o material de limpeza, passou as mãos na roupa cinza, de toque áspero e sem forma que vestia agora. Respirou duas ou três vezes profundamente para se acalmar e foi de volta ao salão. O status das pessoas naquela sala não era baixo, por isso entre garçonetes, Damas da noite e outros trabalhadores do bar quase que era o dobro dos clientes. Nessa noite, além da gerente, um especialista de vinho, dez garçonetes, barmen e seguranças exclusivos para atendê-los. Todos olhavam para a atitude de Jessica diante do rico empresário.

Sua atitude aparentemente humilde era negada pela postura ereta e o olhar firme da garota, essa postura não se pareceria com a atitude de uma faxineira que estava prestes a se meter em encrencas.  

 Daniel estava impressionado com a aparência e a postura daquela mulher. A três anos ela havia matado sua namorada, e o julgamento por seu crime ainda nem tinha sido julgado. Assim, enquanto Adriana apodrecia embaixo da terra, ela estava livre para andar por aí.

“Senhor, estou aqui. O que o senhor deseja?”

Falou olhando dentro dos olhos do homem. A raiva encheu o espirito do homem, quem aquela mulher persa que é? Só uma faxineira de uma boate.

“Propor uma brincadeira.”

 A voz cínica sorriu. Os outros homens que se encontraram na sala se aproximaram um pouco mais. Henrique não entendia o que se passava no ambiente, mas, os outros sabia o que exatamente estava acontecendo naquela sala. Uma vingança!

“Com tanta garota aqui na sala pronta a atender todos os seus desejos, por que logo eu seria o alvo de sua proposta.”

Um fogo  queimava dentro dela! Apesar de sentir um certo pânico antes quando entro na sala o viu agora estava calma como se não fosse com ela o desejo de suprimi-la.  Nesse momento, todos queria desesperadamente que algo desse errado. Alguém cinicamente levou os dedos aos lábios e assobiou alegremente.

"Teremos um bom show aqui."

  "Cala a boca, não me perturbe assistindo ao show."

Zombava o mesmo homem que assobiou. O ar na sala ficou de repente alegre, apenas aquele homem com olhos de um castanho dourado olhando para ela como um lobo faminto de sangue, parecia que a qualquer momento a despedaçaria ela com todos vendo e  lugares. Sua voz perigosa disse zombando dela.

“Há muito tempo que não vemos. Por que você não diz, olá para os velhos amigos?

Nesse momento ela não sentia medo em seu coração, suas mãos em punho ajudavam a manter a calma. Os olhos do homem devoravam cada detalhe da mulher, sua aparência, seus movimentos. Daniel semicerrou os olhos e olhou para Jessica. Se ele não a tivesse visto em hoje, ele continuaria pensado que ela estava no hospital. Ela, para ele, mudou muito. Só seu espirito continuava o mesmo, que não gostaria de quebrar a crista de uma pessoa petulante. Quando a garota que passou a noite tentando chamar a atenção dele a noite inteira sugeriu que ele fizesse uma brincadeira leve. Logo aquilo o deixou aminado como nunca.

Ele ergueu o dedo, apontou para uma garrafa de vinho sobre a mesa próximo a eles, com olhos zombadores.

“Por você não bebe um copo conosco? Contanto que você possa beber um copo desse excelente todo vinho, concordarei com seu pedido, para partir.”

 A garota lembrou de um tempo que havia dito querer tomar um único copo daquele vinho, famoso e caro. Ela riu da ironia da vida. Olhando nos olhos do homem ela ficou no mesmo lugar sem fazer um único movimento.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo