CAPÍTULO 4


Cristiano.

Chego em casa depois de correr três km.

Sábado e domingo são os únicos dias que não trabalho, então acabo sempre fazendo algo que eu gosto.

E correr é uma dessas coisas.

Tiro minha blusa e deixo no sofá.

Meu corpo está completamente suado.

Corro até a área externa da minha casa e pulo na piscina.

Eu moro aqui a quase três anos, só entrei nessa piscina cinco vezes.

Nado por uns dez minutos e saio novamente da piscina.

Tiro minha bermuda e me seco.

Entro em casa com a toalha amarrada na cintura.

Paro ao ver minha empregada limpando os armários superiores.

Quem deixa essa mulher trabalhar desse jeito?

P**a que pariu.

Alguém só pode estar querendo me tirar do sério.

As pernas da mulher estão quase a mostra.

Um palmo a mais seu eu veria seu bumbum.

Talvez isso não fosse ruim.

Ela se vira na escada, mas parece assustar ao meu ver.

Levanto uma sobrancelha.

Mas que porra ela fez no cabelo.

O cabelo dele está liso?

- oque houve com seu cabelo?!- digo a analisando.

Ela leva uma mão até o cabelo e me encara.

- eu fiz escova!- ela diz.

Cerro os olhos.

- por que?- pergunto deixando escapar.

Mas por que caralhos eu estou querendo saber do cabelo da minha empregada.

A água da piscina deve ter feito mal pro meu cérebro.

Ela me encara sem jeito.

- meu cabelo fica estranho quando está natural!- ela diz.

Balanço a cabeça.

Eu particularmente acho natural bem melhor.

Fica mais gostosa pra ser sincero.

- se você diz!- digo.

Passo por ela e vou para o meu quarto.

Tomo um banho e visto uma roupa casual.

Meu celular vibra chamando minha atenção.

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Júlio.

Estou próximo a sua casa e preciso falar com você, posso dar uma passada ai, irmão?

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Respondo rapidamente e guardo o celular.

Desço as escadas sentindo um cheiro de comida.

Entro na cozinha.

- eu não quero falar com você, você me humilhou falando do meu cabelo e você só pensa em você!- ouço Bruna dizer.

Me encosto na porta e cruzo os braços.

- você só pensa em você, você notou que sempre quando fazemos amor você chega lá... Depois vira as costas e nem pensa em mim!- ela diz.

Levanto uma sobrancelha.

-

exatamente, eu não...- ela começa falar, se vira, mas para ao me ver ali.

Ela não meche um membro do corpo.

Ela tira o telefone do ouvido.

- eu acabei de chegar!- minto.

Entro na cozinha.

- michael, depois a gente se fala... Depois!- ela diz.

Viro pra ela.

Ela guarda o telefone.

Ela me encara totalmente sem graça.

A coitada parece ter vergonha de tudo.

Também, pelo jeito o namorado dela não a faz sentir como uma mulher.

Qual a graça de transar pra não fazer a mulher gozar?

- o senhor está com fome?- ela pergunta desviando o olhar do meu.

Suspiro.

- sim!- digo.

Ela se vira pra mim novamente.

- quer que eu ponha a mesa?- ela pergunta.

Balanço a cabeça.

- vou comer aqui!- digo.

Ela me encara por alguns segundos, mas concorda com a cabeça.

Sento e a analiso.

Ela parece estar nervosa por eu estar ali.

Ela anda de um lado para o outro, mas não me encara em momento nenhum.

Em um momento, ela se vira para o fogão e começa mexer em alguma coisa.

Não consigo não olhar para o seu bumbum.

Isso é sacanagem comigo.

Parece que a rose só a escolheu pra me tirar do sério.

Que homem aguenta uma mulher gostosa andando de um lado para o outro na sua própria casa?

Eu odeio transar com minhas funcionárias, isso nunca acontece, a não ser que eu esteja com muito tesão.

Ela se abaixa para pegar alguma coisa no forno.

Meu membro fica duro na hora.

Sua bunda fica quase de fora.

- p**a que pariu!- digo mais alto do que eu queria.

Minha voz saiu grossa e firme.

Ela se levanta e me encara.

- oque aconteceu?- ela pergunta com os olhos arregalados.

Balanço a cabeça.

- quem te deu esse uniforme?- pergunto.

Eu vou matar quem fez isso.

Ela me encara.

Tento esconder minha ereção que alguma forma.

Ela levanta uma sobrancelha.

- a rose, mas tem algum problema com meu uniforme?- ela pergunta.

Afirmo com a cabeça.

- muitos homens trabalham aqui, ficou muito... Curto!- digo.

Ela me encara.

- eu sei, mas eu não sabia se podia trocar!- ela diz juntando as mãos.

Balanço​ a cabeça.

- vou m****r a governanta providenciar algo novo!- digo.

Ela concorda com a cabeça.

- me desculpe, eu não queria causar grandes problemas!- ela diz.

Você causou um grande problema em mim.

Pode ter certeza.

Balanço a cabeça.

- tudo bem...- digo.

Logo o almoço ficou pronto.

Ela me serviu e ficou próximo a pia.

- o senhor tem namorada?- ela pergunta me surpreendendo.

Paro de comer e a encaro.

Ela parece ter se arrependido de ter dito aquilo.

- não!- digo.

Ela da um sorriso sem graça.

- é porque aqui é tão grande, deve ser ruim morar aqui sozinho!- ela diz.

Ela está tentando puxar assunto de alguma forma.

- é normal!- digo sem prolongar.

O barulho da campanhia toca e ela vai atender rapidamente.

Balanço a cabeça e respiro fundo.

Ela volta.

- senhor, um homem chamado Júlio está ai!- ela diz.

Concordo com a cabeça.

- mande o vir até​ aqui!- digo.

Ela concorda com a cabeça.

Continuo comendo.

A comida dessa mulher é tão boa.

Nem a rose cozinhava assim.

- cheguei em uma hora boa!- Júlio diz entrando.

Me levanto e o cumprimento.

- como está, irmão?- digo.

Ele senta e eu volto a sentar também.

- queria conversar um pouco com você!- ele diz.

Afirmo com a cabeça.

Viro para Bruna.

- coloque um prato para o meu amigo!- digo.

Ela assente com a cabeça.

- sim senhor!- ela diz.

Ela o serve rapidamente e deixa a cozinha.

- quem é ela?- ele pergunta assim que ela sai.

Balanço a cabeça.

- a empregada!- digo sem render.

Ele levanta a cabeça e se apoia na cadeira.

- tu ta comendo a empregada?- ele pergunta.

Reviro os olhos.

- ela tem namorado!- digo.

Ele da uma risada.

- desde quando a mulher ser comprometida te impediu de transar?!- ele diz.

Dou uma risada e balanço a cabeça.

- abre o olho, a mulher é gostosa e tu não aguenta vê mulher!- ele diz.

Me reencosto na cadeira.

- se preocupa não, o dia que eu transar com essa mulher você pode cortar meu pinto!- digo.

Ele da risada e concorda com a cabeça.

- oque você queria falar?- pergunto.

Ele suspira.

Balanço a cabeça.

- já sei que tem mulher no meio!- digo.

Ele me encara.

- Joana está na cidade, ela me procurou e você sabe, eu sou apaixonado por aquela mulher!- ele diz.

Balanço a cabeça.

- se você veio aqui pra me pedir concelhos românticos...- digo.

Ele da risada e balança a cabeça.

- você acha mesmo que nunca vai se apaixonar?!- ele diz.

O encaro sério.

- você acha mesmo que eu vou me apaixonar?!- digo.

Ele suspira.

- oque você sente por essa Joana é tesão, fode com ela que tudo vai passar!- digo.

Ele se levanta sério.

- não da pra falar nada sério contigo, né?!- ele diz.

Dou risada.

- você queria oque? Que eu te desse concelhos românticos?!- digo.

Ele balança a cabeça.

- eu vou pra casa, minha mãe tem concelhos melhores que os seus!- ele diz.

Dou uma gargalhada.

- um concelho, se tu continuar com essa história de amor vai acabar se fudendo!- digo.

Ele cerra os olhos.

- cara, você já está ficando velho, tem que começar a pensar em casar e ter filhos!- ele diz.

Me levanto rapidamente.

- eu nem gosto de criança!- digo.

Ele da uma risada e balança a cabeça.

- um dia você ainda vai sentir oque eu estou sentindo, nesse dia eu vou rir da sua cara!- ele diz.

Caminho até a geladeira e pego uma lata de cerveja.

- vou sim...- digo rindo.

O Júlio é um homem movido a sentimentos.

É meu amigo amigo, mas é um idiota.

Desde que o conheço ele é doido por uma mulher.

Fala em casar, ter filhos e acha que eu sou obrigado a pensar nisso também.

Sempre fomos muito diferentes.

Ele logo foi embora, quando a assunto é relacionamento nossos pensamentos são totalmente diferentes.

Meu velho amigo é um homem iludido, ele acha realmente que um dia irei me apaixonar...


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