O bar

Depois de sair como meus dois cães eu voltei pra casa me arrumar, marquei de encontrar meu pai na empresa. Tomei um banho demorado e confesso que nem no banho consegui tirar aquela garota da minha cabeça, aquela boca dela, quantos planos tenho pra aquela boca, só de pensar eu fiquei muito excitado. Ótimo vou ter que me aliviar sozinho, enquanto eu penso na minha menina.

Peguei minha moto e fui pra empresa, chegando lá a recepcionista pediu pra eu esperar um pouco, meu pai teve uma reunião urgente de última hora, oque me fez ficar lá sentado. A recepcionista se chama Angela, não é feia, mas não é bonita também. Ela é aquele tipo de pessoa com energia ruim, sem escrúpulos, deve ter um metro e setenta, ruiva, e com um corpo avantajado, porém uma alma ruim, a presença dela cada vez mais fazia eu me sentir pesado, depois de revirar na cadeira sem parar resolvi me levantar e sair dali.

- Diz pro meu pai que vou na frente e o espero lá! - Falei já saindo, não suportava mais ficar perto daquela mulher, acho que já sei qual vai ser minha primeira demissão nesta empresa.

Depois de acelerar um pouco já estava na frente do bar, mandei a localização pro meu pai e decidi entrar, tirei meu capacete, desci da moto e fui entrando no bar. Uma moça veio me atender, muito simpática e bonita.

-Boa noite! Posso te ajudar?

- Claro, me traz um copo de wisk por favor, to aguardando uma pessoa.- “Mas que porra” ! Ouvi alguém gritando e olhei, por trás da garçonete que me atendia,estava a minha menina! Não acredito que depois de tanto procurar e pensar nela ela tá aqui. Bem na minha frente, eu comecei a sorrir pra ela, e pelo visto ela não esperava me ver, eu vou levar essa menina pra mim. Custe o que custar. Ela vai ser minha.

- Desculpa! - A garçonete que eu ainda nem sei o nome me pediu sorrindo – É fim de noite, ela tá um pouco cansada, bom o senhor disse que esperava outra pessoa, vou te levar até uma mesa.

-Não se preocupe, vou ficar no bar – eu disse procurando minha menina e vi que ela saiu correndo, e entrou em uma porta. - A moça que tava meio que xingando, ela tá bem? Aconteceu alguma coisa?

- Não, é fim de noite, a Maria tá um pouco cansada, não repare nela por favor!! - Maria, então esse é o nome dela? Combina muito. Me peguei sorrindo feito um idiota pensando nela.

A minha menina sumiu, me levantei e comecei a rodar o bar, era um lugar descontraído e divertido, tinha música ambiente, luzes por toda a parte, nas mesas tinham numeração que ião até o número 80, muitas mesas eu pensei comigo mesmo, andei de um lado pro outro procurando por ela, mas não a encontrei, resolvi voltar pro bar e continuar tomando minha bebida até eu ter a brilhante ideia de pegar meu celular e pesquisar por ela, claro não vai ser fácil porém ao menos agora sei o nome dela. Maria, minha Maria. Achei vários perfis com o nome Maria e comecei olhar um por um, sem pressa, claro seria melhor ter o sobrenome e tudo mas já é um grande avanço pra mim saber o nome. Meu celular tocou e era meu pai:

- Alô, pai?

- Dan não vou mais, tá muito tarde filho e eu to muito mas muito cansado, não precisa me esperar, se quiser podemos marcar em outro dia, tudo bem?

- Claro pai sem problemas, deixa pra próxima – Afinal algo me diz que vou vir muitas vezes aqui ainda, eu pensei comigo mesmo. Me despedi do meu pai e resolvi encerrar essa pesquisa em casa, afinal já tem horas que eu to aqui e ela sumiu, com certeza já foi embora e olhando em volta notei que tinha apenas eu e mais três pessoas no bar, as mesas já estão recolhidas e tem alguém limpando o chão. Hora de ir pra casa.

Maria

Entrei no banheiro dos funcionários e fiquei lá, deve ter se passado horas porque a Ana veio me procurar desesperada, eu não estava pronta pra encarar ele e eu nem sei o por que meu Deus.

Contei tudo pra Ana aos poucos, falei que era ele. Que ele era o cara do parque e que ele não saia mais da minha cabeça, contei que eu gelei quando vi ele e que não sabia onde enfiar minha cara principalmente por ter gritado daquele jeito, contei também o'que eu senti com o simples olhar dele, com o sorriso, contei das reações estranhas que eu senti, contei tudo.

- Posso saber oque você achou tão engraçado? - A Ana tava rindo feito uma louca e isso tava me incomodando por que no fim das contas eu to desesperada e ela é minha melhor amiga né?! Ela precisa me apoiar e não rir da minha cara!

- Ai amiga, isso é tão simples de entender.

- Se é tão simples então por que você não me explica?

- Claro que explico kkkkkk, você é tão bobinha e inocente nesse assunto, kkkk – A Ana não parava de rir e eu já estava p**a com isso.

- Se você não falar eu vou embora e te deixo pra trás.

Ainda estávamos sentadas no chão do banheiro, esperando para ter certeza de que ele não estaria mais lá quando sairmos.

- Esqueceu que você vai pra minha casa?

- Justo, Bom vai falar ou não? O'Que é tão simples assim que eu não consigo entender?

- Maria, você tá APAIXONADA!

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