Capítulo 04.

Já fazem três semanas que venho a escola e ainda não vi Mahatma em nenhum grupo. Que tipo de estudante não tem companhia na hora de recreio, ou melhor que tipo de estudante passa o recreio dormindo na sala de aulas? O intervalo foi feito obviamente para não ficar dentro da sala.

 Estamos no refeitório comendo e jogando papo fora

- que tal uma aposta! - diz Elves 

- que aposta? - Mário 

- quem consegue ficar com a estressadinha primeiro - Elves 

- tá falando da Mahatma? - Bartolomeu 

- exato! - Elves

- topo! - todos. Sim, é muito fácil nos concordamos com esse tipo de brincadeira, gostamos de acção e adrenalina. Gostamos de desafios. E porque não, enfrentar um dos maiores desafios do momento. Conquistar a amizade de Mahatma Pans.

Estávamos entretidos, ao mesmo tempo eufóricos,fazendo planos de como abordariamos o nosso alvo, até que entra Mahatma no refeitório 

- essa é a minha decha! - diz Elves se levantando e indo ter com ela

- quanto vocês apostam que ele não consegue a convidar para sair? - digo sorrindo convecido.

- entre nós Elves é o que menos fica aparecendo, eu acho que ele consegue - Mário 

- ele tem razão! - Bartolomeu 

- okay! Fiquemos se eu ganhar vocês seram meus cachorrinhos uma  semana - digo 

- vai a merda Witsel - Mário e Bartolomeu 

Enquanto na conversa alheira é isso que acontece 

- Olá. - Elves diz parando a frente dela 

- sai da frente - Mahatma

- não precisa ser rude só quero falar consigo - Elves 

- não estou interessada, desaparece! - Mahatma

Elves fica irritado e sai,  nos caímos na gargalhada 

- eu bem que disse! Essa garota é diferente - digo 

- ainda temos tempo quem será o próximo? - Mário 

- eu vou! - Bartolomeu 

- onde ela está? - Elves 

- foi para o jardim! Vamos- digo.

 Se parece infantil é porque é, somos adolescentes e o importante é a diversão, saímos do refeitório a seguindo tentando fazer o mínimo barulho para que ela não notasse... essa garota só pode ser doída, está com fones nos ouvidos comendo e em cima da árvore, em cima de uma árvore! Repito em cima de uma árvore. Não é uma arvorezinha é uma ÁRVORE. Uma grande, rebusta árvore de cerejeira.

- só para que saibam, estou fora dessa aposta essa garota não b**e bem da cabeça - murmura Mário. Eu já disse que Mário e muito certinho? Ou que por causa de apanhar da irmã ele tem medo de enfrentar mulheres? A irmã dele não é um monstro talvez só um demônio, ela é facha preta em Takundo, as vezes tenho pena do meu amigo.

 Ficamos encostados perto da porta que dá acesso ao jardim a observando.

- vou nessa! - diz Bartolomeu confiante e sai 

- mas um que falhará miseravelmente - zou da cara deles 

- hei Mahatma! - grita Bartolomeu ela da um suspiro tirando os fones, vira o pescoço para o encarar 

- o que foi? -Mahatma

- porque se faz de diferente da outras garotas? - Bartolomeu fala e Mahatma sorri cínica. Bartolomeu é um ogro humano não sabe chegar numa garota sem ser rude antes, não o culpo ele é assim desde que o conheço

- eu não me faço de diferente eu sou diferente,  se te encomoda morra! 

- você age como se fosse a única no mundo, mas escuta aqui pelo que descobri você não é mas que ninguém aqui, deveria se por no seu lugar - Bartolomeu 

Mahatma gargalha e salta da árvore "aquela altura "

- essa miúda é maluca - susssura Mário 

- o que estão fazendo? - fala Karen se aproximando eu a puxo e fecho sua boca, ela se debate a solto - droga Witsel 

- fica quieta - digo 

- o que estão fazendo - ela me encara e vê que estou olhando para o jardim - essa garota 

- já que você falou de mim deixa-me falar de vós, vocês são pirralhos mimados que querem e tem tudo que vossos paizinhos ricos vos dão, gente mimada me irrita. E se você tem algum problema com o meu jeito de ser o problema e totalmente seu eu não vou mudar quem sou só porque você não gosta, está me entendendo?

- você...

- você nada. Se não tem mais nada para fazer da vida e pensa em me importunar você vai se dar mal. Tem muito lixo nós corredores você pode apanhar do que ficar testando minha paciência.

Ela vem em nossa direção, mais como Bartolomeu estamos tão chocados com as palavras dela que nem se movemos quando nos passa paro no meio do corredor 

- melhor pararem com essa aposta ninguém vai conseguir nada comigo.

- o que tá acontecendo aqui?- Karen. Eu olho para Mário que depois olha para mim, olhamos para Elves que devolve o olhar- não vão me responder?

Até a vontade que tinha de gargalhar se foi, essa garota tem algum tipo de bola de cristal?

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