CAPÍTULO 3

O primeiro a acordar na manhã seguinte foi, ineditamente, Maximus. Estava apenas de roupa íntima, seus cabelos loiros desarrumados. Foi até a varanda do quarto, apoiando os cotovelos no parapeito, a brisa agradável por conta da movimentação do navio e o sutil balançar fez seu pensamento vagar.

Conheceu Henrique quando veio ao Brasil por meio de um intercâmbio. Estudou por seis meses na mesma escola, aprendendo a se comunicar mais efetivamente em português, e morava em uma república administrada por uma senhora gentil, Da. Mariana, que tinha regras rígidas com horários, higiene e limpeza e permanência de visitantes.

No primeiro dia já tinha identificado Henrique e os dois se tornaram inseparáveis em menos de uma semana. E quase na mesma velocidade se tornaram namorados em segredo, mantendo isso até perto do final do intercâmbio, quando Maximus decidiu continuar no Brasil na casa de um primo de segundo grau de seu pai que, coincidentemente, morava no mesmo bairro que seu namorado.

Na primeira parada do cruzeiro, em Fakarava, fizeram um passeio guiado de quadriciclo, passaram por vielas típicas, uma loja que produzia suas próprias bijuterias feitas com as pérolas coletadas no atol, Henrique comprou dois braceletes para eles e dois conjuntos para presentear as mães. Ao final desse passeio, deram um mergulho rápido e retornaram ao navio.

Depois de mais um dia inteiro no mar, seria uma sequência de passeios em quatro destinos diferentes: Omoa, Atuona, Hapatoni e Taiohae.

No primeiro, o passeio foi uma caminhada para conhecer os petróglifos em Omoa. Para chegar ao local passaram por locais íngremes por dentro de uma rica floresta, tiraram toneladas de fotos. Finalizando essa ilha com mergulho na baía, os dois possuíam certificado avançado e puderam vislumbrar as belezas de Fatu Hiva.

Tanto em Atuona quanto em Hapatoni, os dois dias subsequentes, se limitaram a ficar no navio, nadando apenas na área designada próximo do cruzeiro e aproveitaram um pouco das piscinas e bares dos decks superiores.

Na quarta e última ilha das Marquesas: Nuku Hiva, o passeio foi até o Vale Taipivai. Com uma vista belíssima da Baía Controlleur, e posterior almoço no Chez Yvonne, do outro lado da ilhota, onde comeram a melhor lagosta de suas vidas.

Dois dias direto no mar se seguiram. Dois dias de carinho, amor e muito sexo. Saíam do quarto apenas para almoçar, jantar e no segundo dia para curtir uma boate improvisada onde dançaram até sentir dores nos pés.

O resto da viagem foi todo dentro das ilhas principais, fizeram curso de mergulho em Huahine, Aquabike em Bora Bora, a continuação do curso de mergulho em Taha’a e em Moorea – onde também fizeram uma expedição para observar os golfinhos, verdadeira obsessão de Maximus, e fecharam o dia com o jantar especial em um veleiro ao pôr-do-sol.

Já nos dois últimos dias, retornando a Papeete, fizeram um dia de SPA com direito a tudo que podiam imaginar: limpeza de pele, massagens e banhos especiais no navio. Não fizeram questão fazer visitações ou excursões nesses dois dias, pois ficariam ainda quatro dias a mais hospedados em um resort local.

Na noite da véspera do desembarque, Henrique foi até a cidade para comprar algumas coisas e retornou perto do horário do jantar, não sem antes passar no concierge do navio para fazer uns pedidos.

- Demorou! – Maximus reclamou quando Henry abriu a porta da cabine com algumas sacolas. – Comprou bastante, hein!

- Estava procurando algumas coisas para hoje... tenho um presente muito especial para você, mas somente depois do jantar.

- Vai fazer eu esperar mesmo?

- Claro, a espera vai valer a pena, acredite.

Foram jantar no L’Etoile, o restaurante principal da embarcação. Não conversaram muito, mas houve muitas trocas de olhares. Henrique percebeu o quanto tinham se bronzeado nos últimos dias. Os Deuses sorriram para eles nessa viagem, não houve um único dia que não fizesse sol o dia inteiro, céu estrelado à noite e brisa agradável sempre, mesmo quando o navio estava ancorado.

Henry admirava seu marido com uma ternura contagiante. Cada movimento, cada expressão. Os olhos azuis, o cabelo ainda mais claro e a pele avermelhada por conta do sol. O jeito que ele arrumava os cabelos e sorria revelando seus dentes perfeitamente alinhados e as covinhas nas bochechas. A sexy barba por fazer e a aliança em seu dedo.

- Que foi?

- Estava aqui admirando você. – Mack sorriu.

- Cuidado, meu marido é ciumento.

- Será que ele é mais ciumento que o meu?

- Ah! Quer dizer que o senhor também é casado? – O garçom chegou com as sobremesas.

- Pois é. A gente podia dar uma fugida até meu quarto depois da sobremesa, o que acha?

- Não sei, e se seu marido chegar?

- Gosto de viver perigosamente.

- Aventureiro, hein? – Henrique aproveitou a comprida toalha da mesa, tirou o sapato e deslizou seu pé desde o tornozelo até a virilha de Maximus, bem vagarosamente, sentiu o pênis de seu marido se manifestar. – Está brincando com fogo, rapaz.

- Quero ver você se levantar nesse estado. – Henry riu dando a última garfada em seu petit gateau de baunilha, se levantou. – Te espero no quarto 7002.

- Me aguarde. – sussurrou Mack.

Quando finalmente pôde se levantar da mesa sem levantar qualquer tipo de suspeita, Maximus se apressou subindo do deck 5 ao 7 pelas escadas de dois em dois degraus e correu o longo corredor inteiro até a cabine deles.

Ao cruzar a porta e fechá-la atrás dela notou que tudo estava à meia luz, e o caminho para o quarto tinha as roupas que Henrique estava usando espalhadas até chegar no quarto, onde ele o aguardava vestindo um roupão de linho semi-transparente, revelando seu corpo e segurava uma caixa branca com um laço de presente de cetim vermelho bem feito.

- Seu presente. – anunciou Henry. Maximus abriu a caixa e dentro viu um pequeno vidro de lubrificante e um bilhete que dizia: “Quero sentir o que você sente. Quero ser seu por inteiro. Te amo. Seu Gabe.”

O rosto de Maximus se iluminou.

- Tem certeza? – Henry fez apenas uma cara do tipo “O que você acha?”. Fez menção de tirar a roupa, mas foi interrompido.

Nunca tinham invertido os papéis no sexo. Henrique sempre foi o ativo e Maximus o passivo. Não desta vez. Henry já havia decidido antes mesmo do casamento que durante a lua-de-mel iria realizar essa fantasia de ambos de longa data.

- Deixa isso comigo.

Henrique se aproximou sensualmente, usava um perfume diferente que Maximus tinha gostado na boutique do navio. Desabotoou lentamente a blusa florida do marido, acariciando seu peitoral, dando beijinhos em vários locais aleatórios.

- Te amo, meu Maxie. Sou seu para todo o sempre. – sussurrou para o marido que estava completamente absorto com as carícias.

Abriu o cinto, a calça. Mack só ajudou tirando o sapato e sentou-se na beirada da cama, Henrique retirou lentamente a calça e a roupa íntima do marido ao mesmo tempo, beijando suas coxas, joelho, pernas e pés ao final.

Refez o caminho para cima, deslizando seu corpo por cima dele, ainda de roupão até seus rostos ficarem no mesmo nível. Henry olhou bem no fundo dos olhos de Maximus, mordendo o canto da boca sensualmente e acariciando seus cabelos sedosos. Ficou alguns minutos assim.

Mack apenas fazia carinhos pelas costas, braços, pescoço e lateral do corpo, por cima do linho.

Iniciaram um beijo doce, provocante, sensual, leve e despretensioso, como se estivessem apenas namorando sem intenções sexuais, mas os corpos já faziam movimentos bem diferentes.

Trocaram de posição, Maximus intensificou o beijo e os movimentos. Agarrou sua cintura, ainda sem abrir o roupão. Mordiscava, sugava e beijava os diversos pontos do pescoço de Henrique mais sensíveis provocando ondas e mais ondas de arrepio por todo corpo dele.

Henry adorava sentir todo o peso de seu marido em cima dele. Virou-se de bruços, deixando o caminho aberto para o presente prometido. Maximus o fez ficar de quatro, o lubrificou e a si mesmo e iniciou a penetração lentamente.

A respiração de Henrique ficou totalmente descompassada, assim como seus batimentos cardíacos. Retirou o roupão com a ajuda do marido, que passou a fazer carícias de forma que seus corpos ficassem juntos, unidos em um só. O abraçou pelo peito e o ergueu ficando ambos fazendo movimentos ritmados de joelhos na cama.

O suor dos corpos começou a escorrer, a velocidade e a força aumentando gradativamente. Até que mudaram para a posição mais tradicional, com as pernas levantadas.

Enquanto a velocidade aumentava, Mack abraçou Henry e se beijaram intensamente até que gozou dentro dele soltando um gemido alto. Estava ofegante, quase sem fôlego, mas ainda tinha forças para fazer seu marido atingir o clímax também. Continuou se movendo dentro dele e ao mesmo tempo o masturbando até que percebeu pela forma que o corpo de Henrique começou a se contorcer que estava próximo de explodir.

Essa nova visão fez com que instantaneamente ele mesmo estivesse prestes a gozar junto com Henrique.

Se deixou cair por cima de seu marido, ainda completamente encaixado nele, com a cabeça em seu peito.

- Uau... – sussurrou Henrique. – Isso foi...

- Mágico.

Se olharam por alguns instantes, admirando um ao outro. Sorriram. E repetiram tudo outra vez.

Acordaram no meio da madrugada famintos. Fizeram sexo até na varanda. Tomaram banho juntos, colocaram roupas leves e foram até o restaurante no deck superior que ficava aberto 24 horas.

- Como foi para você? – perguntou Mack.

- Primeiro você me diz, o presente foi para você?

- Adorei. Foi como se estivéssemos descobrindo tudo de novo juntos. É um território inexplorado. – beijou a mão da aliança de Henrique. – E para você?

- Difícil dizer o contrário, né? Basta olhar o resultado final. Já que só você foi o ativo hoje. Desconfio que o senhor andou praticando antes... – fez uma cara exagerada de desconfiado para o marido.

- E-eu?! Claro que não! – respondeu nervoso e ainda mais vermelho.

- Eu sei, seu bobo. Relaxa. Ainda precisa comer muito feijão com arroz, mas eu daria uma nota 7,5.

- Oi?! – Henrique gargalhou.

- Tá bom... 8,5.

- Posso conviver com isso... já estou louco para praticar de novo.

- Confesso que eu também.

- O que deu em você para fazer isso agora?

- Eu já estava decidido a fazer quando você aceitou se casar comigo. Na verdade, o plano inicial era pedir sua mão no mesmo dia, mas acho que foi muito melhor fazer assim.

- Amei o presente.

- Que bom! O presente foi para você, mas acho que os dois saíram ganhando.

- Se você diz... eu sei que eu ganhei, posso dizer agora que não sou apenas passivo, sou versátil. – riram.

- E prefere o que?

- Qualquer posição, desde que seja com você. – se beijaram sob a luz da lua.

Logo após o desembarque do cruzeiro, centenas de fotos depois, foram direto para o outro lado do porto para pegar outro transporte para mudar de ilha. Ficariam hospedados nos quatro dias seguintes em um resort spa em Bora-Bora, em um bangalô sobre a água.

Foram recepcionados por funcionários nativos, e após o check-in um carrinho os levou até a suíte. O local era paradisíaco, água cristalina, decoração rústica, porém elegante. Assim como no cruzeiro, haviam preparado um kit de boas-vindas e parabenizando pelo casamento, com biscoitos finos, bebidas refrescantes, frutas, espumante, morangos cobertos de chocolate, pétalas de flores espalhadas por cima da cama, e um bilhete escrito à mão pelo gerente do hotel.

Uma cesta com hidratantes, repelentes, e outros itens de higiene e beleza também foi colocado no banheiro.

Levaram as malas até o closet, trocaram rapidamente de roupa retornaram ao prédio principal do resort para conhecer melhor o restaurante e as amenidades.

As diversas praias tinham piscina com água natural, bares molhados, redes, inúmeras espreguiçadeiras e havia ainda um spa com diversos serviços.

Aproveitaram para tirar algumas fotos que se tornariam icônicas. Algumas delas, Henrique já tinha decidido fazer uma composição de quadros para colocarem no quarto deles na casa nova em New Casterside.

Compraram um cadeado personalizado com os seus nomes e colocaram no Jardim Secreto do Amor, em uma árvore com uma vista maravilhosa. Jantaram com uma apresentação artística e caminharam de volta para o bangalô.

Foram quatro dias que passaram num piscar de olhos. Aproveitaram cada canto do bangalô, tanto dentro, quanto fora. Pareciam dois adolescentes com hormônios em fúria, mesmo em seus trinta e muito poucos anos cada um.

Passaram os vinte dias de viagem incomunicáveis com o resto do planeta. Não sabiam como estavam todos. A única coisa que faziam era m****r uma mensagem no final do dia para suas mães dizendo que estava tudo bem e desligavam os celulares logo em seguida.

- Tem certeza de que precisamos voltar? – reclamou Henrique na fila do check-in da companhia aérea no aeroporto de Papeete, debruçado nas malas empilhadas no carrinho.

- Concordo. Deixar esse paraíso vai ser difícil.

- Corrigindo: está sendo.

- O bom é que até mesmo voltando agora, não será para a mesma realidade, vamos para uma nova realidade. Nova cidade, novos trabalhos, novos ares.

- Isso era pra servir de consolo?

Maximus riu.

- Acho que estou tentando mais me enganar que você.

- Estou com a mesma impressão. Mas foi ótimo ter esses dias só para nós e ainda ter mais dez dias para nos ambientarmos na nova cidade.

- Você ainda terá um pouco mais de tempo, né?

- Espero que não muito, meu consultório precisa estar pronto logo, detesto deixar tudo nas suas costas.

- Com K-San supervisionando as coisas provavelmente já vai estar quase pronto quando chegarmos. – Henrique sorriu.

- Verdade, ele é enjoado com isso.

- E só pra deixar bem claro, Sr. Lopes Fuller... – segurou o rosto de Henry com as duas mãos fixando os olhares. – você não deixa nada nas minhas costas, o resultado do meu trabalho e do seu é em benefício de ambos. É nossa vida, não minha, não sua.

- Eu sei, meu Maxie. Só digo isso porque vamos passar por uma temporada bem apertada por um tempo.

- Se parar para pensar friamente, não... olha só: já compramos a nossa casa por um preço bem abaixo do mercado e já está praticamente toda mobiliada com a ajuda, você conseguiu também o seu escritório em um local promissor e perto de casa, o que é melhor ainda, já temos a verba separada para comprar os nossos carros, Pan e Youko já estão com Kaito esperando por nós... e qualquer emergência temos meus pais para nos ajudar.

- Okay, okay... me convenceu. Acho que é só um friozinho na barriga. Você ainda teve a experiência de morar fora do seu país de origem, eu estou tendo isso só agora. Estou largando um trabalho mais ou menos estável, meu consultório com meus pacientes regulares.

- Eu sei, meu amor. – abraçou Henrique com ternura e falou no ouvido dele. – Caso você não se adapte, a gente sempre tem a opção de voltar pro Brasil. Afinal, eu tenho como pedir a transferência de volta mesmo.

Algumas horas depois estavam em solo americano aguardando a conexão para Chicago, onde Kaito estaria esperando por eles para levá-los para New Casterside. Henrique dormiu o voo todo. Só quando saíram no desembarque em Los Angeles para mudar de terminal foi que religaram seus celulares.

- Oi mãe.

[Henry, meu amor! Quanta saudade! Como foi a viagem?]

- Ainda está sendo, né? Acabamos de desembarcar na Califórnia e estamos indo para o outro terminal para pegar o voo para Chicago. Devemos estar chegando em casa à noite.

[Que bom. Conseguiu tirar um pouco do branco escritório?]

- Mãe, por favor. Sabe que eu não suporto sol, mas sim. É até bem difícil não pegar sol no Taiti, sabe.

[Muito engraçadinho. Conseguiram ao menos curtir? Lembro quando fui com seu pai eu amei praticamente tudo. Sabe que foi a única viagem que fiz com ele que ele realmente se desligou do trabalho?]

- Você deve ter entupido Dr. Lopes de atividades em todos os dias.

[É a melhor tática.] – ela riu solto.

- Taiti é mágico. Se pudesse não voltava de lá nunca mais.

[Você fala isso sempre depois da última viagem, já perdeu a credibilidade. E como está meu genro predileto?]

- Mamãe, não tem nem como ele não ser seu genro predileto... é seu único genro. – os dois riram. Olhou para Mack que estava falando com seu pai. – Está ótimo, ainda mais lindo. Acho que se tornar marido oficialmente caiu muito bem nele.

[E você, como está se sentindo?]

- Estou nas nuvens. Eu sei que aparentemente não muda nada entre nós dois, exceto pelas alianças nos dedos. Mas na prática, só de saber que temos todos os direitos garantidos isso me deixa mais tranquilo e realizado. Fora isso, me sinto um pouco cansado, mas depois disso tudo não como não estar, não é?

[Pois é, mas o que aquece meu coração é saber que vocês estão tão felizes.]

- Papai está por aí?

[Não, está no consultório ainda.]

- Ligo para ele amanhã então, provavelmente chegaremos muito tarde. Diga a ele que eu o amo.

[Digo sim, meu anjo. Tenta descansar no voo para Chicago também e manda uma mensagem assim que encontrar com Kaito.]

- Pode deixar. Te amo, mamãe.

[Também, meu amor.]

- Cara! Até que enfim! – Kaito e Henrique se abraçaram na saída do desembarque no aeroporto de Chicago.

- Eu deveria estar preocupado com essa saudação esfuziante? – observou Mack.

- Com o que? – Henrique perguntou, mas já sabendo que se tratava apenas da provocação de sempre.

- Como estão nossos filhos?

- E eu aqui pensando que você estivesse preocupado com o amor platônico que seu marido sente por mim. – retornou a provocação. – Nah, Pantalaimon e Kurama Youko estão lindos e maravilhosos como sempre. É só saudade de vocês.

- Oooh! Que fofo. Pelo amor de Deus, crianças. Vamos logo para o carro, estou arrasado de cansado, quero só chegar em casa e me deitar.

Pegaram a estrada para New Casterside, com o amigo do casal na direção. Mack contando como foi a viagem animadamente e seu marido cochilando no banco de trás durante a hora e pouquinho de viagem.

A cidade de New Casterside parecia uma cidade fantasma. Também pudera, chegaram já passava de duas da manhã. Henrique ainda não conhecia sua casa nova em pessoa, somente por fotos e filmagens feitas tanto por Kaito quanto por Mack.

Era uma linda residência estilo vitoriano em um dos maiores e melhores condomínios da cidade. Ficava em uma das ruas sem saída que tinha comunicação por trilhas para a reserva florestal. Era toda cinza chumbo com detalhes nos entornos das janelas, portas, colunas, parapeitos e grades brancas. A varanda frontal tinha um balanço e nos fundos havia um deck suspenso com uma mesa redonda e duas espreguiçadeiras.

A garagem tripla seguia o mesmo estilo.

Possuía três quartos, sendo uma suíte master com sala de banho, reforma feita por Maximus, um dos quartos foi transformado em escritório para ele e o outro um estúdio/escritório para Henry. Ainda tinha um sótão e um porão que se estendia por todo o perímetro da construção.

O grande quintal tinha grama sintética e um enorme carvalho branco de tronco bem alto, árvore típica da região, na parte dos fundos. Na frente da casa, o jardim com arbustos de hortênsias e grama natural, tinha ainda um caminho de pedras de superfície lisa, porém formas irregulares que levavam à varanda frontal.

Pantalaimon, um gato sem raça definida de pelos muito longos de coloração chocolate e canela e olhos cinzas; e o pastor branco suíço – Kurama Youko – já estavam no quintal dos fundos.

- Vem cá. – Maximus se aproximou de Henrique e o pegou no colo.

- MAXIE! – Mesmo sob protesto deixou ser pego. Entrou com pé direito em casa e se beijaram antes de ser posto no chão novamente. – Você é maluco.

- É para dar sorte. – Mack colocou as malas para dentro com a ajuda de Kaito. – Obrigado, K-San, mais tarde a gente se fala com mais calma.

- Só mais uma coisa, dei uma abastecida na geladeira e na despensa de vocês e as crianças já estão alimentadas. Então, descansem bem.

- Cara, você é demais.

- Eu sei. – deu uma piscadela para Maximus. – Me liguem se precisar de alguma coisa.

- Pode deixar. – Ao chegar no quarto, Henrique já estava deitado, de roupa e tudo, por cima das cobertas, dormindo pesado. – Meu marido é lindo demais.

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